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O Marketing Digital e Suas Aplicações

Por:   •  16/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  10.070 Palavras (41 Páginas)  •  304 Visualizações

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A comunicação, o marketing, e a publicidade em geral estão cada vez mais disputadas em seus variados segmentos de mercado. A facilidade de se conectar com o público de forma rápida e em múltiplas plataformas, sites, aplicativos e redes sociais está cada vez mais fácil e ao alcance de todos, o que gera uma tempestade de anúncios aos olhos do consumidor, muitas vezes o saturando da navegação em redes sociais, como o Facebook.

Com a evolução da tecnologia digital nos últimos dez anos tem-se aumentado cada vez mais a forma de se conduzir e de se fazer marketing. Atualmente podemos observar uma maior diversidade de anunciantes. Qualquer empresa, pequena, média, grande ou multinacional pode anunciar em mídias digitais, possuindo as mesmas ferramentas em mesmo nível, claro, o que tornará a campanha um sucesso ou um desastre, são diversos fatores de comunicação e segmentação, além do poder financeiro.

Em um passado não tão distante, empresas menores não tinham capacidade de anunciarem em massa. A mídia paga em jornais, revistas e televisão eram e de certo modo continuam caras e apenas acessíveis para grandes empresas que investem milhões e milhões em publicidade.  Segundo um estudo realizado pelo Google que analisou a publicidade exercida em 56 casos em 8 países europeus, entre os anos de 2013 e 2016, o Youtube gera maior retorno do que a televisão em 77%, sendo ele, o Youtube, uma mídia acessível a todos. É possível gravar um vídeo de bom nível e o publica-lo sem nenhum custo na internet.

Trazendo para um panorama atual, as pequenas empresas já representam um quarto do Produto Interno Bruto brasileiro (PIB) e chegam a soma de 9 milhões de marcas espalhadas no mercado, segundo levantamento do Sebrae de Mato Grosso no ano de 2014.

O marketing digital trouxe uma revolução para estes pequenos empresários, uma nova forma de alcançar seu público e de aumentar seu negócio, sua rentabilidade e concorrer de maneira mais uniforme em alguns segmentos de mercado como: Saúde e Beleza, Varejo e Lazer.

Além da globalização da publicidade em plataformas digitais outro fenômeno trouxe mais igualdade competitiva entre as grandes potencias empresariais e os pequenos empresários, o mercado da educação. Impossível de se negar o crescimento deste mercado, antes tão fechado em grandes centros de ensino. Os investimentos públicos e privados têm crescido muito nos últimos anos. O Plano Nacional da Educação (PNE) pretende destinar até 10% do PIB ao setor. Com a educação a distância os valores de graduações como administração sofreram uma grande baixa, tornando o acesso à educação mais tangível a população em geral, proporcionando maior nível de entendimento para pequenas empresas que investem em gestão, através de seus empresários.

A implantação do sistema de gestão de qualidade nas micro e pequenas tem crescido no mercado. Essa ferramenta provida da administração é de grande valia aos empresários. Pequenas rotinas em comunicação, compra e venda podem acarretar em economia de tempo e principalmente de capital.

Segundo Drucker (1986, p. 85) “um empreendedor não significa automaticamente um empresário e nem empresário empreendedor”. Portanto é preciso avaliar o cenário, aprimorar o microempreendedor com técnicas de gestão e liderança para aprimorar o marketing de seu negócio. No Brasil, metade das micros e pequenas empresas não chegam ao segundo ano de atividade, segundo o Sebrae. Mesmo com a criação do Simples Nacional, que melhorou um pouco o cenário tributário e econômico dessa faixa empresarial, a taxa de mortalidade se mantém elevada, em torno de 50%.

O que é comunicação?

Primeiramente antes de se entrarmos no assunto em si, podemos deliberar sobre um problema muito comum enfrentado por empresas de todos os tamanhos e em todas as partes do globo e de qualquer segmento, a comunicação. Administradores, empresários e colaboradores cansam-se de ouvir e realizar reclamações apontando a comunicação como um dos principais gargalos de suas empresas. Segundo Caravantes (2012, p. 196) “A comunicação está para a organização assim como a corrente sanguínea está para o corpo humano. ”, portanto para que não haja um colapso organizacional a empresa precisa de uma rotina eficiente de comunicação. Trazendo para um panorama de uma microempresa ou pequena empresa, teoricamente esse processo é mais fácil, já que o número de funcionários e setores é muito menor e restrito geralmente ao mesmo plano físico, porém é necessário universalizar a comunicação e quebrar alguns paradigmas para que ela seja realmente eficiente.

CHIAVENATO (2002), afirma que.  

“Hoje, a tendência é fazer com que todas as pessoas, em todos os níveis da organização, sejam os administradores – e não simplesmente os executores – de suas tarefas. Além de executar as tarefas, cada pessoa deve conscientizar de que ele deve ser o elemento de diagnóstico e de solução de problemas para obter uma melhoria contínua de seu trabalho dentro da organização. E é assim que crescem e se solidificam as organizações bem-sucedidas. ”

O processo de comunicação interna e também externa precisam estar alinhadas com perfeccionismo, um processo mal concebido pode acarretar em prejuízos financeiros, podendo comprometer diretamente o fluxo de caixa da empresa.  O processo se dá de forma simples, porém é preciso organização. É de suma importância que se defina o tema e o meio da conversa e que a mesma gere um retorno, feedback, ou seja, ao se estabelecer um diálogo é preciso garantir que o receptor, além de receber e entender a mensagem, claramente e sem ruídos, a responda da mesma maneira. Segundo BUENO (2003, p. 49), a partir de 1990, a comunicação organizacional se desenvolveu a tal ponto que passou a ser vista de forma estratégica para as empresas, ou seja, se tornou peça “chave” para os negócios.

Comunicação para pequenas empresas

O principal pilar para uma comunicação eficiente em pequena ou microempresa é a clareza e as ferramentas de rotina utilizadas no dia-a-dia. É necessário profissionalizar a comunicação através da clareza, que nada mais é do que o alinhamento daquilo que se pretende expressar com aquilo que tem de ser entendido. Podemos ver três pilares organizacionais da comunicação:

  1. Estabelecer um canal único para comunicações (Geralmente esse canal é uma intranet. Trazendo para um universo do pequeno empresário a comunicação pode ser realizada de maneira única e uniforme através de e-mail ou WhatsApp em último caso).
  2. Outra medida que pode ser tomada é a criação de murais eletrônicos onde os colaboradores expõe suas atividades. Diversos softwares como o Wrike fazem esse processo acontecer, assim todos sabem o que seu colega está fazendo em tempo real.
  3. Os processos da empresa devem estar claros, através de manuais, digitais ou impressos e treinamentos constantes para alinhamento das rotinas e atendimento do consumidor final, é preciso ter rotinas definidas e padronizadas, desde como se preencher uma planilha até como atender ao telefonema ou esclarecer a dúvida de um cliente.

A partir destes pilares a organização terá uma comunicação eficiente para o meio interno e externo. Conforme Ogden (2002), quando os consumidores recebem mensagens diferentes, ou pior, conflitantes, não é fácil para eles escolherem em qual acreditar. Com isso deixa o consumidor em duvidas vindo a custar para a empresa. Por isso o processo de comunicação pode acarretar em mudança negativa e prejuízos a empresa, podendo ser fatal aos pequenos empresários.

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