O Plano de Marketing
Por: Lara Batalha • 17/4/2022 • Trabalho acadêmico • 7.070 Palavras (29 Páginas) • 164 Visualizações
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plano de marketing
Americanas S.A.
Agosto/2021
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Elaborado por: Lara Marques Batalha
Disciplina: Marketing
Turma: 0721-1_28
Introdução
Não é novidade que estamos inseridos em uma sociedade que se transforma rapidamente. A era da inteligência artificial e do data analytics já estava levando ao surgimento de novos modelos de negócios e um novo tipo de empresa e embora tenha se acreditado que a sociedade teria tempo para refletir e se adaptar a essa nova era, a pandemia da COVID-19 acelerou este processo e as organizações em todo o mundo têm sido obrigadas a se digitalizarem o mais rápido possível.¹
Para sobreviver e se manterem competitivas, as organizações precisam avaliar suas estratégias e posicionamento de mercado, adaptar seus processos à nova era e às novas medidas de distanciamento social. O plano de marketing é uma ferramenta de gestão utilizada para planejar e documentar as estratégias empresariais que serão adotadas para que a empresa se mantenha competitiva, comunique com o mercado e direcione seus esforços para os objetivos traçados.
O presente trabalho contemplará um plano de marketing para a empresa Americanas S.A., resultado da fusão entre as operações das Lojas Americanas e B2W Digital, aprovada em Assembleia Geral Extraordinária das companhias em 10 de junho de 2021².
No dia 13 de agosto de 2021, a empresa realizou a primeira divulgação de seus resultados como nova companhia via teleconferência e apresentou o modelo estratégico que conectará as diferentes iniciativas que serão adotadas com base em três horizontes de crescimento, potencializando o alcance da organização.
Tendo em vista os novos objetivos da empresa gigante que nasce, serão apresentadas a análise ambiental da empresa, a pesquisa do mercado em que ela está inserida, uma análise competitiva e uma proposta de comunicação de marketing.
Desenvolvimento
- SUMÁRIO EXECUTIVO
Americanas S.A. nasce gigante no dia 10 de junho de 2021 com R$ 40 bi em Gross Merchandise Value (GMV)², com a fusão das Lojas Americanas e B2W Digital, detentora das marcas Americanas.com, Submarino, Shoptime e SouBarato. A nova companhia tem o objetivo de combinar 100% suas operações online e offline e acelerar a evolução dos negócios, oferecendo uma plataforma de inovação tecnológica omnichannel capaz de maximizar a experiência dos clientes e levar a sua operação a um novo patamar.
A empresa brasileira é uma das principais redes varejistas do país e conta com um time de mais de 34 mil associados, 49 milhões de clientes ativos, um sortimento de 111 milhões de itens, 3 milhões de parceiros e 2,5 milhões de m² de área distribuídos entre 2.155 lojas físicas, 24 centros de distribuição e 204 unidades operacionais de logística³.
- DESCRITIVO
- HISTÓRIA DA EMPRESA
A inauguração da primeira Lojas Americanas aconteceu em 1929 na cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, pelos americanos John Lee, Glen Matson, James Marshall e Batson Boger. Em 1940 a empresa abriu seu capital na bolsa de valores e em 1982 os sócios Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sucupira assumiram o controle da empresa.
As operações do e-commerce se iniciaram em 1999 com a criação do site americanas.com e neste mesmo ano a empresa inaugurou o seu primeiro centro de distribuição em Itapevi, no estado de São Paulo.
Em 2003 foi inaugurado um novo modelo de lojas físicas compactas, com sortimento selecionado, mesmo padrão de qualidade e preços diferenciados, a Americanas Express, como parte do plano de expansão da companhia.
Em 2005 a companhia adquiriu a Shoptime e em 2006 criou a B2W Digital com a fusão da americanas.com e Submarino.
Em 2007 a empresa adquiriu a BWU, detentora da marca Blockbuster e adicionou 127 lojas à rede.
Em 2011 lançou o SouBarato, outlet da marca, em 2013 iniciou as operações de marketplace em seus sites e em 2014 comprou a transportadora Direct Express, especializada em entregas de e-commerce.
Em 2017 a companhia realizou a aquisição de mais de 10 empresas de logística e tecnologia e em 2018 foram criadas a IF – Inovação e Futuro e a LET’s, empresas de inovação e logística criadas para criar negócios disruptivos e gerir os ativos de logística e distribuição da companhia de maneira integrada, respectivamente. Neste mesmo ano foi criada também a Ame Digital, fintech de pagamentos e serviços financeiros.
Em 2021 a empresa completou 92 anos de história. No dia 10 de junho votou em Assembleia Geral Extraordinária e anunciou ao mercado a fusão das Lojas Americanas e B2W Digital, dando início a uma nova empresa, a Americanas S.A. Em 12 de agosto anunciou a compra do hortifruti Natural da Terra, a maior rede varejista especializada em alimentos frescos do Brasil, reforçando o crescimento orgânico que a companhia tem obtido investindo em novos negócios e marcas ao longo dos anos para melhorar a vida das pessoas.
- O VAREJO NO BRASIL
O varejo, segundo Kotler (2012), inclui todas as atividades referentes à venda de bens e serviços ao consumidor final e a principal segmentação do varejo em diversos países é feita em três grupos: varejo de bens de consumo em geral, varejo de carros e combustíveis e varejo de serviços. No Brasil, o IBGE realiza a segmentação do mercado em varejo restrito e varejo ampliado em sua Pesquisa Nacional do Comércio. O último inclui as concessionárias de veículos e lojas de material de construção além do varejo restrito. 5
As atividades da Americanas S.A. se enquadram como varejo restrito e varejo de bens de consumo em geral nas classificações brasileira e mundial, respectivamente e com o objetivo de oferecer tudo, a qualquer hora e em qualquer lugar, a companhia tem operações no varejo físico e digital com um amplo sortimento desde produtos alimentícios, a eletrodomésticos, eletrônicos, artigos de saúde e higiene e os mais variados artigos de uso pessoal e doméstico.
Segundo o ranking do IBEVAR (Instituto Brasileiro de Varejo e Mercado de Consumo) que lista as maiores empresas por faturamento, o Carrefour ocupou o primeiro lugar com receita de 74,7 bilhões e crescimento de 20,14% com relação a 2019, seguido pelo Grupo Pão de Açúcar com alta de 78,3%, equivalente a um faturamento de 55,7 bilhões.6 O Magazine Luiza ocupou o terceiro lugar com receita de 36,1 bilhões e crescimento de 48,16%, além de ter subido duas posições no ranking quando comparada a 2019 e ultrapassando dois concorrentes: a Via Varejo e o Grupo Big.7 Por outro lado, a Lojas Americanas, antes da fusão com a B2W Digital, subiu do 6º para o 5º lugar nos dois últimos rankings e apresentou receita de 25,4 bilhões, com crescimento de 14,75% com relação a 2019.
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