Obtenção De Vantagem Competitiva E Criação De Valor Através De Alianças Estratégicas.
Exames: Obtenção De Vantagem Competitiva E Criação De Valor Através De Alianças Estratégicas.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: William.web • 20/5/2014 • 1.079 Palavras (5 Páginas) • 465 Visualizações
OBTENÇÃO DE VANTAGEM COMPETITIVA E CRIAÇÃO DE VALOR ATRAVÉS DE ALIANÇAS ESTRATÉGICAS
Development of competitive advantage and value creation through strategic alliance
Luiz Antônio Gouveia de Oliveira; Paulo César de Sousa Batista
RESUMO
O presente artigo tem por objetivo analisar como as alianças estratégicas contribuem para que as empresas obtenham vantagens competitivas sustentáveis ao longo do tempo, além de discorrer sobre sua lógica de criação de valor. As alianças estratégicas são arranjos que passaram a ser mais presente no ambiente empresarial, a partir dos anos 80, devido à necessidade de resposta das empresas às grandes transformações associadas à globalização da economia mundial, às inovações tecnológicas, à oligopolização dos mercados e ao acirramento da competição no ambiente empresarial. O artigo é um estudo exploratório baseado na revisão da mais relevante literatura sobre o assunto. Ele apresenta inicialmente uma retrospectiva histórica que permeia a evolução do conceito de aliança até os dias atuais. Em seguida, na secção 1, a questão da vantagem competitiva é discutida sob o enfoque da teoria de Michael Porter. A secção 2, por sua vez, trata da criação de valor pelas alianças a partir da concepção teórica de Yves Doz e Gary Hamel, professores, respectivamente, do European Institute of Business Administration – INSEAD – e da London Business School. Por fim, apresenta-se na conclusão um resumo analítico das duas abordagens e os aspectos convergentes das mesmas.
Palavras-chave: Estratégia competitiva, aliança estratégia e estratégias.
ABSTRACT
This article aims at analyzing the contribution of strategic alliance to the development of firm’s sustainable competitive advantage. It also deals with the value creation process. Strategic alliance is defined as organizational arrangements more frequently used in the business environment during the eighties, due to firm’s necessity to answer to technological innovation, markert oligopolization and higher competition. Methodologically, the article is an exploratory study. It reviews the most relevant theoretical literature on the subject. The article presents initially a historical view of the subject up to the nowadays concepts. Following, in the second section, the competitive advantage is discussed under the view of Michael Porter. Then, section 2 deals with the effect of strategic alliance on value creation, through the theoretical contribution of Yves Doz and Garel Hamel, professors of the European Institute of Business Administration - INSEAD and the London Business School. The paper’s final remarks stress the convergent aspects of the two approaches.
Keywords: Competitive strategy, strategic alliance, strategies.
1 INTRODUÇÃO
As pesquisas sobre redes inter-organizacionais – aí incluídas as alianças estratégicas – são relativamente recentes. Esses arranjos organizacionais começaram a ser objeto de estudo a partir de meados da década de 70, na Europa, e a partir da década de 80, nos Estados Unidos (CRAVENS, PIERCY e SHIPP, 1996).
De acordo com CHANDLER (In: FAULKNER, 1995: 01), historicamente, pode-se situar o fenômeno das alianças estratégicas a partir da terceira onda do processo de mudança econômica do Ocidente, desde a Segunda Guerra Mundial, na década de 40.
A primeira onda, no pós-guerra, foi caracterizada pela rigidez organizacional herdada do período da guerra e pelo protecionismo das economias saqueadas durante aquele período.Na segunda onda, a partir dos anos 50, observa-se um substancial crescimento das multinacionais e das organizações multi-divisionais, onde todos os processos organizacionais (produção, vendas, distribuição) eram realizados internamente à empresa. Esta fase caracterizou-se pelo crescimento da inflexibilidade, pela diminuição da velocidade de resposta ao mercado e pela lentidão do fluxo de informações dentro das empresas.
A terceira onda ocorreu no final da década de 70 e durante os anos 80. Durante esse período, houve um crescimento do número de empreendimentos financiados pelos fundos de capital de risco e iniciou-se a onda de terceirização das atividades-meio das empresas. O intenso crescimento das alianças estratégicas durante essa fase correspondeu – pelo menos em parte – a uma resposta a essas mudanças do mercado.
O que se observou ao longo dessas décadas é que o mundo passou por um processo de rápidas e drásticas mudanças, imprimindo uma dinamicidade jamais vista nas relações socioeconômicas de grupos sociais, empresas e países. No centro dessa turbulência está um fluxo de novas tecnologias e mercados consumidores cada vez mais exigentes e diversificados
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