Origens Da Crise Econômica Mundial
Dissertações: Origens Da Crise Econômica Mundial. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: MariTrindade • 22/10/2013 • 2.512 Palavras (11 Páginas) • 593 Visualizações
Resumo
O trabalho a seguir abordará uma pesquisa sobre a crise econômica mundial de 2008, seu início, e seus impactos no setor automotivo americano, brasileiro e os reflexos em uma das maiores montadoras do mundo – a General Motors.
Introdução
A crise econômica mundial de 2008 foi um dos principais fatos dos últimos tempos. A crise que se iniciou no setor imobiliário dos Estados Unidos tomou uma proporção tão grande, a ponto de atingir diversos setores da economia mundial e quase derrubar “gigantes” dos setores automobilísticos, aéreo, bancários, etc.
A seguir será apresentado um estudo de caso da história, impactos sofridos e estratégias de recuperação adotadas pela General Motors frente à crise econômica.
1. Origens da Crise Econômica Mundial
Após a crise das empresas de comércio virtual em 2001, o mercado imobiliário dos Estados Unidos passou por uma acelerada fase de expansão. Com o propósito de baratear os empréstimos e financiamentos e consequentemente encorajar consumidores e empresas a voltarem a consumir, o Federal Reserve (Banco Central americano), começou a reduzir as taxas de juros.
Aproveitando-se do momento favorável, com taxas de juros mais baixas, o setor imobiliário passou a atrair consumidores com o crescimento da demanda por imóveis. As taxas de juros chegaram a 1% ao ano.
Em 2005 o crescimento do setor imobiliário já estava avançado. A compra de uma ou mais casas passou a ser um ótimo negócio tanto para quem queria conquistar a casa própria, quanto para quem queria investir. Houve um crescimento também na busca por novas hipotecas. Usava-se o dinheiro do financiamento para quitação de dívidas e consumo.
Na época foram descobertas um nicho ainda não explorado pelas companhias hipotecárias – o de clientes do setor “subprime”, que geralmente são caracterizados pela baixa renda, histórico de inadimplência e com dificuldade de comprovação de renda. O setor “subprime” representa maior risco de inadimplência dentre as outras categorias de crédito. E por ser de maior risco, as taxas de retorno são bem mais altas.
Pela promessa de altos retornos, gestores de fundos e bancos foram atraídos e compraram os títulos “subprime” das companhias hipotecárias, permitindo assim, o empréstimo de uma nova quantia em dinheiro, antes mesmo do pagamento do primeiro empréstimo. Interessado no alto retorno envolvido com esse tipo de papel, outro gestor comprava o título adquirido pelo primeiro, e assim por diante. Assim, foi gerada uma cadeia de venda de títulos.
Porem há uma contrapartida – se o tomador não consegue pagar sua dívida inicial, um ciclo de não-recebimento é formado por parte dos compradores dos títulos. Consequentemente, o medo de emprestar e comprar os “subprime” domina todo o mercado, gerando assim, uma crise de liquidez (retração de crédito).
Após atingir um pico na valorização em 2006, contraditoriamente, os preços começaram a cair. Os juros do Federal Reserve que vinham subindo desde 2004, além de encarecer o crédito, afastaram os compradores. Com isso, a oferta passou a superar a demanda e a partir daí, passou a se ver uma espiral descendente no valor dos imóveis.
Com o temor de novos calotes, aumento na inadimplência e alta dos juros, o crédito sofreu uma expressiva desaceleração em todo o país. Sem oferta suficiente de crédito, a economia dos Estados Unidos desaqueceu. Quanto menor a liquidez, menor a possibilidade de compra, e consequentemente, os lucros das empresas diminuem e a contratação de pessoas, também.
2. Impactos da crise econômica na economia brasileira
Como era de se esperar, a crise financeira instalada no mercado americano em 2008 impactou a economia de muitos países, dentre eles a do Brasil. Segundo os bancos brasileiros, nossa economia não foi afetada diretamente devido a não ligação à hipoteca, porém, devido a forte contração do crédito, muitos setores foram atingidos.
Brusca mudança no patamar do câmbio, menor disponibilidade de crédito internacional e reduzida demanda externa pelos produtos brasileiros foram os principais meios de transmissão da crise para o Brasil. A mudança no patamar do câmbio e a queda na disponibilidade de crédito internacional impactaram mais imediatamente, enquanto a demanda externa reduzia progressivamente à medida que o comércio mundial perdia o dinamismo. Com tudo isso, os empresários analisavam de maneira mais parcimoniosa os novos investimentos.
A instável taxa de câmbio e o mercado financeiro combinados com a tendência na queda do preço das ações impactaram a economia real, uma vez que tendiam a reduzir a quantidade de produtivos investimentos por duas razões – maior barreira de financiamento das empresas de capital aberto ou que pretendiam abrir seu capital pela dificuldade de colocação de novas ações no mercado com preços mais atrativos, e a outra a instabilidade cambial que aumentava o risco de contratos com fornecedores e compradores externos, o que prejudicava os investimentos nos setores de importação e exportação, além de elevar o risco de financiamento externo.
A dificuldade na obtenção de dinheiro foi o principal efeito da crise no Brasil. Grandes empresas dependentes de financiamento externo passaram a encontrar linhas de créditos menores, uma vez que os bancos não sentiam confiança no empréstimo de dinheiro com o contexto de crise. Com a dificuldade de captação de dinheiro no exterior, os projetos de construção dessas empresas e consequentemente a geração de empregos e renda no país, ficaram comprometidos.
As exportações do país também foram afetadas, uma vez que deveriam mesmo cair, visto que os países compradores estavam se desaquecendo e possuíam menos dinheiro para comprar e menos capacidade de consumo.
Além disso, a queda no preço das ações reduziu a riqueza dos agentes econômicos (pessoas físicas e jurídicas), reduzindo também a demanda. As relações de débito e crédito na economia também correram o risco de sofrer complicações, na medida em que se deterioravam os ativos de alguns agentes que formavam o passivo de outros. Havia aí um favorável cenário para piora na condição econômica desses e outros agentes, devido ao contágio. Então, quanto menos investimentos entrando na conta das grandes empresas, menos seus projetos seriam
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