Consequências para a economia mundial a crise do petróleo de 1973
Pesquisas Acadêmicas: Consequências para a economia mundial a crise do petróleo de 1973. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mrsilva • 3/6/2013 • Pesquisas Acadêmicas • 3.336 Palavras (14 Páginas) • 721 Visualizações
Ambiente Econômico Global
Módulo 1
1°) Em 1973, um novo período de instabilidade econômica e política mundial se instala com a crise do petróleo, deflagrada pelos conflitos militares entre Israel (aliado dos Estados Unidos) e os países árabes, produtores de petróleo. O resultado da guerra, favorável a Israel, fez com que os países produtores de petróleo reduzissem sua produção e reajustassem seus preços. Este fato fez com que
R - O sistema econômico internacional entrasse em colapso.
Justificativa: Nas décadas de 1960 e 1970, a economia mundial estava totalmente dependente do petróleo, sem ele não havia progresso. Cientes desta dependência, os países produtores decidiram unir suas forças, rompendo com o cartel das “Sete Irmãs”. Surgia a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a OPEP (OPEC, em inglês), e a luta contra as grandes companhias petrolíferas começou a ser travada, com vitórias lentas, mas definitivas, para os países produtores do óleo negro.
Não só interesses econômicos moveram esta luta, mas principalmente, políticos. O conflito entre árabes e israelenses, marcados pela Guerra dos Seis Dias, em 1967, e pela Guerra do Yom Kippur, em 1973, em que os árabes sofreram derrotas e humilhações indeléveis, foi o principal fator que fez do petróleo uma arma econômica. Para pressionar os Estados Unidos e a Europa, que apoiaram Israel nos conflitos, os árabes uniram-se, reduzindo a produção do petróleo, forçando o aumento drástico no preço do barril, originando a maior crise do petróleo, que afetou toda a economia mundial. A Europa e o Japão foram os que mais sofreram, sendo obrigados a racionar energia. Os Estados Unidos travaram o consumo e investiu nas suas reservas. Os países em desenvolvimento como o Brasil, foram os mais afetados, pois o encarecimento desta fonte de energia gerou um desequilíbrio nas suas frágeis economias. Com a crise petrolífera de 1973, encerrava-se o chamado “Milagre Econômico Brasileiro”, e o país entraria em colapso econômico, crise que se veio a agravar, só encerrando depois do fim da ditadura militar.
2º) A crise do petróleo de 1973 trouxe diversas consequências para a economia internacional. Dentre elas, pode-se destacar:
I. a necessidade de restruturação dos sistemas produtivos e energéticos na maior parte do mundo desenvolvido
II. a pesquisa intensiva sobre as possibilidades de fontes alternativas de energia
III. a implantação de diversas usinas termo-elétricas por toda a Europa
R - As afirmações I e II estão corretas.
Justificativa: O uso do petróleo como arma de guerra teve consequências dramáticas para a economia dos países que dele dependiam. A Europa consumia 80% do petróleo que provinha do Oriente Médio e o Japão 90%. Quando os árabes iniciaram o embargo do petróleo, reduzindo a produção até o limite oficial de 15% com variações de um produtor para o outro, os europeus foram obrigados a racionar combustível, impondo a proibição da circulação de veículos em dias definidos da semana; os japoneses fizeram reduções drásticas de consumo de energia, afetando a produtividade das suas indústrias.
A crise atingiu aos países em desenvolvimento, considerados amigos pelos árabes, de forma indelével, já que se utilizavam do petróleo como fonte de energia barata, tendo o seu valor aumentado bruscamente. O Brasil recorreu ao racionamento de combustível, viu a mentira do chamado “Milagre Econômico” esvair-se, entrando em um dos períodos mais difíceis da sua economia.
Curiosamente, o embargo que tinha como objetivo principal atingir os Estados Unidos, não consegue o propósito. Os Estados Unidos eram menos dependentes do petróleo árabe, tomando medidas de cautela relativas às reservas que possuíam e ao consumo. Foram beneficiados pelo freio nas economias europeias e japonesa, concorrentes diretas dos seus produtos. O embargo aos norte-americanos foi suspenso em março de 1974. Um mês antes, Irã e Arábia Saudita, principais aliados árabes dos Estados Unidos, receberam uma considerável quantidade de aviões de guerra norte-americanos. Naquele ano, a Aramco aumentou os seus investimentos na Arábia Saudita de 500 para 800 milhões de dólares.
As companhias petrolíferas, conhecidas por “Sete Irmãs”, tiveram grandes lucros com a crise, pois eram as únicas com condições de fazer os maiores lances no mercado negro do petróleo, dominando a produção e o transporte do produto árabe, vendendo-o por preços exorbitantes aos consumidores. Com a crise, as “Sete Irmãs” viram os seus lucros, em 1973, a atingirem um aumento de 159%.
A alta explosiva nos preços do petróleo enriqueceu muitos países árabes, que viram a renda per capita subir para os 5 mil dólares anuais. Qatar, Kuwait, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Líbia, formaram o conjunto de países novos ricos do Oriente Médio.
A crise do petróleo de 1973 afetou o mundo inteiro. As consequências, para a economia do mundo, foram, ao longo do tempo, benéficas e positivas. Foi a partir dela que se teve a consciência da dependência que a economia mundial tinha do petróleo, da fragilidade dessa dependência, e da necessidade de investir-se em outras fontes de energia.
Módulo 2
3º) Sabe-se que nos anos 1990 uma série de reformas foram recomendadas para os países da América Latina. Essas reformas passaram a ser conhecidas como medidas preconizadas pelo Consenso de Washington. Podemos destacar entre elas:
I. a estatização dos setores produtivos e a desvalorização cambial competitiva
II. a privatização de empresas estatais e a redução dos gastos sociais do governo
III. o fortalecimento de políticas de crescimento, mesmo que às custas de taxas de inflação altas
R - Apenas a afirmação II está correta.
Justificativa: Consenso de Washington foi uma reunião realizada em 1989 por diversos economistas, representantes de organizações internacionais, inclusive o Banco Mundial. Era uma época em que os países latino-americanos apresentavam com grande publicidade planos econômicos, como acontecia no Brasil. As discussões eram coordenadas pelo economista inglês John Willianson, tendo este organizado um programa de dez medidas a serem adotadas na ordem econômica internacional. Essas medidas se destinavam aos países em desenvolvimento, dos vários continentes,
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