PLANO REAL
Tese: PLANO REAL. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Diogo.alves • 27/6/2014 • Tese • 360 Palavras (2 Páginas) • 256 Visualizações
PLANO REAL
O Plano Real foi a política econômica adotada no Brasil desde a posse do então ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, em maio de 1993, até 1999 com a crise cambial. Pode-se definir o Plano Real em três fases subseqüentes e interligadas, sendo as duas primeiras, pré-requisitos para a adoção da terceira, que seria a mais duradoura e norte da política econômica do plano. São elas: a) ajuste fiscal; b) reforma monetária e; c) âncora cambial. Analisaremos somente a terceira delas.
Após o ajuste fiscal e a implementação da nova moeda (o Real), era preciso controlar aquele que seria o principal objetivo do Plano, a inflação. Para tal, elegeu-se como prioridade o controle da taxa de câmbio como âncora nominal da economia. Esta terceira fase do plano pode ser dividida segundo a adoção dos seguintes sistemas cambiais: i) flutuação cambial pura; ii) taxa de câmbio fixa; iii) banda deslizante; e iv) banda rastejante.
No primeiro momento, entre julho e setembro de 1994, ficou caracterizada a adoção de um regime de flutuação pura. O excesso de liquidez internacional sobrevalorizou a moeda nacional em detrimento da não intervenção do Banco Central na taxa. Após este período o Banco Central passa a intervir a fim de manter a taxa de câmbio fixa ao patamar de 0,84 por US$.
Em março de 1995, com o estoque de reservas drasticamente diminuído, devido à contração da liquidez internacional, o Banco Central é obrigado a desvalorizar o câmbio em 5% e partir de então é adotado uma banda larga de flutuação para a moeda nacional. Foi estabelecida uma minibanda dentro da banda larga e a partir daí a moeda brasileira passa a sofrer desvalorizações esporádicas no que se aproximou de um sistema de banda deslizante, caracterizando a terceira fase da política cambial.
Por fim, em outubro de 1995, uma nova flexibilização do regime caracteriza a quarta fase da política, fase está e ficaria inalterada até a crise cambial em janeiro de 1999. As desvalorizações passam a ser sistemáticas na ordem de 0,6% ao mês, traçando uma trajetória quase linear da taxa de câmbio. Além disso, o intervalo de flutuação, ou seja, a amplitude da banda, também foi sendo progressivamente aumentado.
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