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PORTFOLIO DE LOGISTICA DE TRANSPORTE

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Por:   •  28/3/2015  •  1.090 Palavras (5 Páginas)  •  1.501 Visualizações

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Respostas

1 O transporte ferroviário tem como característica principal o atendimento a longas distâncias e grandes quantidades de carga com menor custo de seguro e frete. Porém a flexibilidade no trajeto é limitada tornando-o mais demorado. O Brasil tem apenas a décima maior extensão em trilhos, um total aproximado de 29.000Km. Além da grande capacidade de cargas deste modal, o mesmo também possui um baixo consumo energético por unidade transportada, um menor índice de roubos/fu rtos e acidentes em relação ao transporte rodoviário.

O modal ferroviário encontra muita dificuldade em percorrer áreas de aclive e declive acentuado, ocasionando o reembarque (transbordo) de mercadorias para que as mesmas possam chegar no seu destino, além de um elevado custo de investimento na manutenção e funcionamento de todo o sistema.

Outro ponto crítico do meio ferroviário brasileiro é a diferença no tamanho das bitolas. distância interna da face interior dos trilhos por onde deslizam as rodas de ferro). Pois na malha ferroviária do Brasil é comum encontrar a bitolas métricas, com medida de 1,00 m., e também é bitolas 1,60 m, conhecida com bitola larga. Muitas vezes este fator dificulta que um trem possa ir até seu ponto. Este modal caracteriza-se, especialmente pela sua capacidade de transportar grandes volumes, com elevada eficiência energética, principalmente em caso de deslocamento a média e grande distância. Apresenta, ainda, maior segurança, em relação ao modal rodoviário, com menor índice de acidente e menor incidência de furto e roubo.

2 A evoluçãoda malha ferroviaria brasileira foi ainda mais intensa a partir de 2001. Praticamente todos os indicadores apresental melhoria substancial no periodo de 2001 a 2010, principalmente aqueles que dizem respeito aos resultados das concessionárias, volume transportado, receita liquida e investimentos. Por outro lado, os indices que avaliam a atratividade e qualidade das ferrovias como o produto medio, a velocidade media comercial eo numero de acidentes, evoluiram a um ritmo menor, sob a ótoca dos clientes. Essas conclusões ficam mais evidentes o volume transportado de cargas que teve um crescimento de 70% , com amovimenteção de 278 bilhões de TKU em 2010 , ante os 162 bilhões de TKU transportado em 2001. Já a receita liquida das concessionárias quase triplicou no periodo, saindo de R$ 3,5 bilhões para R$ 9,5 bilhões, mesmo em plena crise finaceira internacional.

3 Entre 1996 e 2006, foram significativos os avanços ocorridos em função das concessões, podendo-se destacar: aumentos da produtividade em importantes segmentos do sistema; crescimento de mais de 130% nas toneladas-quilômetro úteis (TKUs) movimentadas; redução dos acidentes; crescimento das encomendas de locomotivas e de vagões para a indústria nacional; capacitação de uma nova geração de ferroviários para as mais avançadas tecnologias; lançamento de ações na Bolsa de Valores e contratos de longo prazo com clientes e operadores logísticos; reestruturação da Brasil Ferrovias, englobando a FERROBAN e FERRONORTE; e aumento do número de terminais intermodais, articulando-se com operadores logísticos, clientes e comunidades.Dez anos após as concessões, em 2006, a extensão da malha ferroviária era de 29,3 mil quilômetros, operada por 11 concessionárias. Trata-se da 10ª maior malha ferroviária do mundo. O trabalho realizado pelas ferrovias foi de 238,1 bilhões de TKUs e 389,1 milhões de toneladas úteis anuais. Predominaram no transporte ferroviário o minério de ferro (66%) e o complexo de soja e farelo (10%), além de cimento, produtos siderúrgicos e carvão. O transporte de minério é realizado pelas duas ferrovias da Vale (Vitória-Minas e Carajás) e pela MRS Logística. As três concessionárias transportaram, em 2006, 83% da carga ferroviária, expressa em toneladas úteis. As ferrovias da Vale e a MRS Logística operam com níveis elevados de produtividade, comparativamente a ferrovias norteamericanas e canadenses. Sem elas, são muito baixos os indicadores comparativos de produtividade das ferrovias brasileiras frente a países com grande extensão territorial e/ou forte tradição ferroviária.

4 O anúncio do PAC Transporte tem por objetivo ampliar a rede logística, interligando a rede ferroviária com outros modais, como por exemplo, rodovias e hidrovias, possibilitando um transporte mais rápido e seguro de pessoas, dos bens e de cargas diversas pelo país.

A intenção para expandir a malha ferroviária com bitola larga e construção de ferrovias, é atingir o desenvolvimento de modernos sistemas ferroviários integrados e de alta capacidade de escoamento. Também prevê a ligação de áreas de produção agrícola e mineral aos portos, indústrias e mercado consumidor com a intenção de melhorar a logística de transporte do país.

Nas diretrizes do PAC ferroviário existem estudos de viabilidade de Trens de Alta Velocidade:

- São Paulo (SP) / Curitiba (PR)

- Campinas (SP) / Triângulo Mineiro

- Campinas (SP) / Belo Horizonte (MG)

Principais Ferrovias

Com o intuito de aumentar a oferta e melhoria de serviços, o governo federal colocou em prática ações voltadas para a privatização, concessão e delegação de serviços públicos .

5 Antes da logística empresarial surgir os setores corporativos agiam separadamente. Isso deixava as empresas sem foco nos clientes e com níveis de serviço abaixo do desejados, além dos custos logísticos elevados e os seus longos ciclos de produção existentes. Mas uma técnica estratégica foi utilizada e revolucionou o mundo dos negócios, foi a integração dos setores num ato de sinergia. Como o mercado consumidor havia se tornado mais exigente, foi preciso um up na organização das funcionalidades empresariais. E isso fez com que os custos diminuíssem e a qualidade dos produtos e serviços melhorassem. Outras tendências que a integração possibilitou foi a utilização de ferramentas que antes não eram utilizadas como o just in time, o sistema push, o sincronismo de material, Just in time – o produto ou matéria prima chega ao local de utilização somente no momento exato em que for necessário. Os produtos somente são fabricados ou entregues a tempo de serem vendidos ou montados; Sistema Push – do jeito que o cliente quer; Sincronismo de material – ter todo o controle do produto na cadeia, devido a integração na própria cadeia.

CONCLUSÃO / PARECER

A privatização das ferrovias brasileiras no final do século XX contribuiu significativamente para a melhoria do setor de transportes no Brasil. O expressivo aumento do volume transportado, a redução dos acidentes e as distâncias médias percorridas permitiram um aumento importante do faturamento das empresas, o que resultou num volume de investimentos elevado.Estes resultados, no entanto, refletem a média do setor como um todo. Se olharmos individualmente cada uma das ferrovias, certamente iremos verificar que, enquanto algumas tiveram desempenho muito bom, outras deixaram muito a desejar. Para identificar o ranking das ferrovias, baseado nos indicadores acima analisados, iremos publicar, no próximo número da Tecnologística, a segunda parte do estudo que trata do ranking operacional das ferrovias concessionadas para a iniciativa privada.

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