Panorama industria alimentos no Brasil
Por: Cláudio Heleno • 14/11/2018 • Resenha • 382 Palavras (2 Páginas) • 374 Visualizações
Contextualização
A indústria de alimentos e bebidas brasileira é uma das maiores do mundo e ocupa posições de destaque no mercado internacional. Segundo Relatório Anual da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentos (ABIA, 2015), o país figura entre os primeiros lugares em diversas áreas, como exemplo:
- Maior exportador mundial de alimentos processados (em volume);
- Maior produtor e exportador mundial de suco de laranja;
- Maior exportador mundial de carne e segundo maior produtor;
- Maior produtor e exportador de açúcar;
- Segundo maior exportador mundial de café solúvel;
- Segundo maior exportador e quarto maior produtor de óleo de soja.
Mesmo com o saldo negativo da balança comercial brasileira de 3,9 bilhões de dólares em 2014 (IBGE, 2015), a participacao da industria de alimentos em 2014 foi positivo, correspondendo a 35,4 bilhões de dólares (ABIA, 2015).
Nesse mesmo ano, a indústria faturou R$ 529,6 bilhões (ABIA, 2015). Comparado ao PIB brasileiro em 2014, que foi de 5.521 trilhões de reais (IBGE, 2015), percebe-se que corresponde a aproximadamente 9,6% do PIB.
Devido à recessão econômica que em dois anos consecutivos amargou uma queda de 7,5% do PIB, a indústria alimentícia voltou a crescer em 2017. A indústria da alimentação cresceu nominalmente 4,6% em 2017, com um ganho real no faturamento de 1,01%, alcançando o montante de R$ 642 bilhões, correspondendo agora a 9,8% do PIB.
Em um momento em que o desemprego atinge patamares altíssimos - 12,4% da população ou 13 milhões de pessoas, 3 milhões só no estado de Minas – e que a chamada taxa de subutilização da força de trabalho foi de 24,6%, ou seja, faltou trabalho para 27,6 milhões de pessoas no país (IBGE, 2018), o setor apresenta-se como o maior empregador da indústria brasileira de transformação, com 1,6 milhões de empregos diretos e um contingente de 33,5 mil empresas (ABIA, 2015; IBGE, 2015).
O consumo de alimentos, além de estar diretamente relacionada aos fatores socioculturais, representa um peso econômico no orçamento familiar (STEENKAMP, 1993). O gasto médio com alimentação corresponde a praticamente 20% do rendimento das famílias das grandes regiões brasileiras (IBGE, 2010).
Os dados apresentados mostram a envergadura do setor, sua importância para a economia nacional e regional, o impacto global na produção e consumo de alimentos, a geração de rendas e receitas, além, claro, da criação de empregos formais.
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