Planejamento de produção
Tese: Planejamento de produção. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: anasousa • 13/10/2014 • Tese • 2.618 Palavras (11 Páginas) • 370 Visualizações
Aula-tema 06: Programação da Produção
Como já deve ter percebido, as decisões em todo o PCP ocorrem em diferentes horizontes de tempo e períodos de replanejamento, sendo uma célula viva que considera diferentes níveis de agregação de informação. Vimos também que as decisões podem ser classificadas em três níveis: planejamento de longo prazo, planejamento de médio prazo e planejamento de curto prazo. A etapa do planejamento deve ser bem elaborada para que a produção possa ser eficiente e para que não haja danos de paradas e desperdícios.
Concluído este planejamento, o passo seguinte é a execução. Chiavenato (2008, p. 67) alerta que, como esse plano cobre um período de tempo geralmente longo, ele deve ser detalhado e transformado em programas de execução diária, com ordens claras e simples a todos os envolvidos direta ou indiretamente no processo produtivo da empresa. Este conceito está relacionado ao planejamento hierárquico da produção, que é uma metodologia que propõe decompor o problema do planejamento da produção de larga escala em sub-problemas menores, resolvendo-os sequencialmente, do maior horizonte de tempo para o menor e que, segundo Correa e Gianasi (1996), conduz às decisões nas hierarquias superiores nos problemas seguintes, bem como às soluções realimentadas por estes.
Portanto, a Programação da Produção, também conhecida por Production Shceduling, faz uma releitura do planejamento de curto prazo e a programação da produção decide o que objetiva atender à demanda ou às decisões do plano mestre, ou seja, com base no plano mestre de produção e nos registros de controle de estoques, a programação da produção está encarregada de definir quanto e quando comprar, fabricar ou montar cada item necessário à composição do produto acabado, proposto pelo plano, respondendo aos seguintes questionamentos:
Quais atividades produtivas ou ordens de trabalho devem ser realizadas?
Quando ou em que momento se dará o início ou a prioridade na fila?
Quais os recursos (matérias-primas, insumos, máquinas e equipamentos, mão-de-obra, ferramentas, entre outros) serão necessários?
Segundo Correa e Gianasi (1996), esse conjunto de decisões é um dos mais complexos dentro da área de administração da produção, pois visa estabelecer um fluxo de informações para todas as unidades, com o propósito de comandar, coordenar e integrar o processo produtivo da empresa.
Conceitos de Programação da Produção
Chiavenato (2008, p. 68) remete à importância da programação da produção como interface entre o planejamento, a execução e o controle da produção e tem como objetivos coordenar e controlar todos os órgãos envolvidos no processo produtivo, garantir entregas nas datas previstas e contratadas, garantir a disponibilidade de matérias-primas e componentes aos órgãos necessários, distribuir a carga de trabalho proporcionalmente aos diversos órgãos produtivos, de modo a assegurar a melhor sequência da produção, balancear o processo produtivo de modo a evitar gargalos de produção, de um lado, e desperdícios da capacidade de outro, aproveitar ao máximo a capacidade instalada, assim como o capital aplicado em matéria-prima e materiais em processamento, estabelecer uma maneira racional de obtenção de recursos, como matéria-prima (Compras), de mão-de-obra (Pessoal), de máquinas e equipamentos (Engenharia), etc, e estabelecer, por meio das ordens de produção, padrões de controle para que o desempenho possa ser continuamente avaliado e melhorado.
Técnicas de Programação da Produção
Chiavenato (2008, p. 70), define bem a programação de produção como sendo o detalhamento e a fragmentação do plano de produção, por meio de duas variáveis: o tempo (dias, semana ou meses) e a unidade de produção (quilos,metros, etc). Porém, em alguns casos, segundo Moreira (2000), ela pode ser bastante complexa, com fluxos irregulares de materiais, devido ao arranjo físico característico, com centros de trabalhos especializados. Para cada sistema de produção e para cada ocorrência existe um tipo de programação.
Nesta aula, analisaremos algumas técnicas básicas da programação da produção: Gráfico de Gantt, o gráfico de montagem, gráfico de carga, PERT (Program Evaluation Review Technique – Programa de Revisão Técnica de Avaliação) e o conceito do CPM (Critical Path Method – Método do Caminho Crítico).
Gráfico de Gantt
O gráfico de Gantt leva o nome de seu autor Henry L. Gantt. É um gráfico de barras que desenha as datas de início e fim de atividades no ciclo de produção. Os gráficos de Gantt podem ser usados para mostrar o status atual da programação da produção. Na figura 6.1 o gráfico de Gantt ilustrado de forma diferente:
Figura: Exemplo de Gráfico de Gantt
No gráfico, podem-se visualizar as tarefas de modo a analisar o andamento e o caminho crítico, ou seja, os momentos que podem conter riscos para o projeto de produção, e onde o gestor pode interferir com mais presteza.
Caminho crítico é um método que nos auxilia a encontrar, entre as atividades do projeto, tarefas que não possuem uma flexibilidade de mudança de datas e que devem ser concluídas dentro de um prazo determinado. Quando as atividades não possuem um caminho crítico, são flexíveis, há folga em seus prazos nas datas de entregas.
No final, estas atividades podem ser concluídas e geralmente não comprometem o cronograma do projeto em geral. No exemplo, a linha verde ilustra os dias normais; a vermelha, os momentos que podem ser críticos; o traço azul avisa onde os recursos são limitados, o traço verde, sem preenchimento, significa as horas de folga no período normal de trabalho (lanche, almoço, jantar, etc); o traço rosa são as paradas por feriado e ainda os losangos permitem identificar os marcos mais onerosos do processo.
Perceba que rapidamente se tem a informação do fluxo todo, facilitando a atuação do gestor.
Gráfico de Montagem
O gráfico de montagem ilustra como as peças serão montadas ao longo da produção. No gráfico abaixo, os sub- conjuntos A, B e C são montados separadamente. Existe um tempo determinado para parada, que neste caso é setup. Logo após, os subconjuntos B e C se unem em outro processo de fabricação, e no terceiro
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