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Por:   •  10/6/2013  •  1.750 Palavras (7 Páginas)  •  590 Visualizações

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A história do Paraguai

POLÍTICA

Forma de governo: República presidencialista.

Divisão administrativa: 17 departamentos.

Principais partidos: Partido Colorado (PC), Partido Radical Liberal Autêntico (PLRA), Movimento Pátria Querida (MPQ), Partido União Nacional dos Cidadãos Éticos (PUNACE), Partido País Solidário (PPS), Partido Encontro Nacional (PEN) e Partido Pátria Livre (PPL).

Legislativo: Bicameral - Senado, com 45 membros; Câmara dos Deputados, com 80, eleitos por voto direto para mandato de 5 anos.

Constituição e vigor: Promulgada em 20 de agosto de 1992.

ECONOMIA:

Moeda: Guarani.

Orçamento anual: US$ 4,531 bilhões (2011).

PIB: US$ 21,24 bilhões (2011).

Crescimento do PIB: 3,8% ao ano (2011).

PIB per capita: US$ 2,887.12 (2011).

Taxa de inflação: 8,3% (2011).

Força de trabalho: 3,085 milhões (2011).

Agronegócio - principais produtos: Soja, algodão em pluma, cana-de-açúcar, milho, tabaco, mandioca, frutas, vegetais, ovos, carnes bovina e de porco e leite (2012).

Pecuária: Bovinos, suínos, aves (2012).

Mineração: Calcário, gipsita, petróleo (2012).

Indústria: Energia elétrica, açúcar, alimentícia, bebidas, tabaco, madeireira, têxtil, vestuário, couro, petroquímica, gráfica e editorial, metalúrgica e produtos minerais não metálicos (2012).

Ferrovias: 36 km (2008).

Rodovias: 29.500 km, sendo 14.986 km asfaltados (2010).

Aeroportos: 800 sendo 15 asfaltados (2012).

Portos: Os principais são os de Assunção, Villeta, San Antonio e Encarnación (nos rios Paraná e Paraguai) - 2010.

Marinha Mercante: 13 navios de médio e grande porte (sendo 01 petroleiro) - 2010.

Rios e lagos navegáveis: 3.100 km, nas bacias dos rios Paraná e Paraguai - 2012.

Produção de energia elétrica: 54,91 bilhões de kWh (2008).

Consumo de energia elétrica: 8,50 bilhões de kWh (2009).

Telefones fixos: 405 mil (2009).

Telefones celulares: 5,915 milhões (2009).

Dívida externa: US$ 68,76 bilhões (2011).

Exportações: US$ 10,28 bilhões (2011) - Principais parceiros: Uruguai (15,4%), Brasil (11,7%), Argentina (10,4%), Chile (8,5%), Federação Russa (6,7%), Holanda (5,6%), Alemanha (4,4%) e Itália (4%).

Importações: US$ 12,06 bilhões (2011) - Principais parceiros: Brasil (27,4%), China (16,9%), Estados Unidos (15%), Argentina (14,8%) e Chile (4,4%).

DITADURA MILITAR PARAGUAIA

A crise democrática atual do Paraguai suscitou uma série de discussões sobre a política paraguaia e, principalmente, latino-americana. Muitas vezes deixada de lado nos estudos brasileiros, a história paraguaia mostra-se imprescindível para a compreensão da política latino-americana. O Paraguai, que vivia um processo democrático desde a última Ditadura Militar (1954-1989), enfrenta uma das mais severas crises políticas de sua história do século XXI.

O ex-presidente Fernando Lugo, eleito em 20 de abril de 2008 com 41% dos votos, rompeu com uma hegemonia de mais de seis décadas do Partido Colorado (partido tradicional e de direita) na presidência paraguaia, incluindo os 35 anos de Ditadura Militar. Ex-bispo católico ligado aos movimentos sociais de esquerda, Lugo tem um histórico de atuação com os sem-terra paraguaios. Os conflitos agrários vêm crescendo no país e culminou no conflito de Curuguaty, estopim para o processo de impeachment que destituiu Lugo da presidência.

Em 15 de junho de 2012, um confronto violento entre policiais e sem-terra deixou 17 mortos (11 trabalhadores rurais sem-terra e 6 policiais) na reintegração de posse de uma fazenda perto da fronteira com o Brasil. Este conflito foi uma das razões citadas pelos congressistas para destituir o presidente; com um Parlamento cuja maioria era de direita e formava a oposição, o impeachment foi votado e o resultado foi 39 dos votos a favor e apenas 4 contra. No lugar de Fernando Lugo, assume o vice-presidente Frederico Franco, do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), que rompeu com a coligação de Lugo há um ano atrás.

O processo relâmpago de impeachment chamou atenção dos líderes políticos do mundo todo, principalmente dos países latino-americanos; considerado por muitos desses como um golpe político, remete a uma inevitável associação com o ultimo período ditatorial do país que teve início em 1954 e terminou apenas em 1989, com outro golpe político.

A história paraguaia é marcadamente militar, pois as mudanças políticas sempre foram acompanhadas de grandes eventos militares. As Forças Armadas atuaram como agente político e ator importante no controle do Estado dada a vitória paraguaia na Guerra do Charco (1932-1935) – guerra contra a Bolívia, cuja reivindicação boliviana era a saída para o mar. Esta guerra e sua consequente vitória permitiram aos militares definirem sua identidade e desfrutarem de alta simpatia da população.

Entre os anos de 1936 e 1954 o Paraguai enfrentou uma série de golpes e contragolpes, sempre com a atuação determinante das Forças Armadas e dos partidos políticos mais influentes da cena política, o Partido Liberal, Partido Corolado e Partido Febrerista. A partir de 1948 houve um domínio governamental colorado, neste período os partidos opositores foram duramente perseguidos, e seus militantes, em sua maioria, foram exilados. O domínio governamental colorado (1948 a 1954) garantiu a filiação partidária dos membros das Forças Armadas e da Polícia.

Foi nesse cenário político de sucessivos golpes, violentas perseguições, hegemonia e fortalecimento do Partido Colorado e da imagem das Forças Armadas, caracterizado pelo terror político, que se desenhou a ascensão política do general Alberto Stroessner. Com a queda do presidente Frederico Chávez, por um golpe em maio de 1954 arquitetado por Méndez Fleitas, aliado de Stroessner, o então chefe

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