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RESPONSABILIDADE SOCIAL: ISE, PRINCÍPIOS DO EQUADOR, SRI E TRIPÉ DA SUSTENTABILIDADE.

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Por:   •  29/10/2013  •  3.020 Palavras (13 Páginas)  •  577 Visualizações

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RESPONSABILIDADE SOCIAL.

A partir da década de 90, discutir sobre Responsabilidade Social passou a ser algo imprescindível para a gestão das empresas que pretendiam e pretendem se manter no mercado. A relação, mercado financeiro, práticas de Responsabilidade Social e ambiental das organizações se tornou um ponto fundamental na estratégia competitiva.

Presente como doutrina nos Estados Unidos e na Europa até o século XIX, o tema é abordados por diversos autores desde então (somando ao seu conceito o aspecto filantrópico), sendo sua definição um tanto controvérsia e diferente para cada autor.

Segundo o Instituto Ethos, a Responsabilidade Social pode ser definida como “uma forma de conduzir os negócios da empresa de tal maneira que a torna parceira e corresponsável pelo desenvolvimento social. A empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes (acionistas, funcionários, prestadores de serviços, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio ambiente) e conseguir incorpora-los no planejamento de suas atividades, buscando atender às demandas de todos e não apenas dos acionistas ou proprietários.” Já segundo Miguel Krigsner, Responsabilidade Social “significa uma visão empreendedora mais preocupada com o entorno social em que a empresa está inserida, ou seja, sem deixar de se preocupar com a necessidade de geração de lucro, mas colocando-o não como um fim em si mesmo, mas sim como um meio para se atingir um desenvolvimento sustentável e com mais qualidade de vida.” ¹ Basicamente, Responsabilidade Social, de maneira geral, é o conjunto de ações realizadas pela empresa que afetam todos os seus stakeholders².

Segundo Roberto Souza Gonzalez, a responsabilidade social está intimamente ligada à governança coorporativa partindo da razão de que uma depende da outra. Para uma empresa ser responsável socialmente ela deve praticar a governança (coorporativa) em sua mais pura essência, onde a empresa deve levar em consideração, não apenas o acionista minoritário, mas sim, também, os anseios dos investidores, dos colaboradores, dos fornecedores, dos consumidores entre outros.

Assumindo uma postura socialmente responsável, a empresa, também, passa a ter compensações como melhora da imagem, maiores vendas, melhor relação com empregados, melhor acesso ao capital e etc. Porém os benefícios acerca da Responsabilidade Social são dificílimos de ser quantificados e os seus resultados não são tão claros.

ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL - ISE

O ISE é uma ferramenta pioneira surgida em 2005 e criada pela BM&FBOVESPA juntamente com outras instituições – ABRAPP, ANBIMA, APIMEC, IBGC, IFC, Instituto ETHOS e Ministério do Meio Ambiente - com o intuito de comparar o desempenho das empresas sob o aspecto da sustentabilidade corporativa, baseado em: eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa.

Quarto índice de ações no mundo a ser criado com o objetivo de mostrar o desempenho de mercado de empresas que adotam os princípios de gestão sustentável, buscou criar um ambiente de investimento compatível com as demandas de desenvolvimento sustentável da sociedade contemporânea e estimular a responsabilidade ética das corporações. Também amplia o entendimento sobre empresas e grupos comprometidos com a sustentabilidade, diferenciando-os em termos de qualidade, nível de compromisso com o desenvolvimento sustentável, equidade, transparência e prestação de contas, natureza do produto, além do desempenho empresarial nas dimensões econômico-financeira, social, ambiental e de mudanças climáticas. No Brasil, essa tendência tem alta expectativa de crescimento e aceleração acelerados; o índice seria, então, um referencial (“benchmark”) para os investimentos socialmente responsáveis.

É financiado pelo IFC (International Finance Corporation) e seu desenho metodológico é responsabilidade do Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVCes) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas. Posteriormente, o Conselho passou a contar também com o PNUMA, IBRACON e GIFE em sua composição e a Bolsa é responsável pelo cálculo e pela gestão técnica do índice.

Atualmente, o ISE se tornou uma forte referência em opções de investimento socialmente responsáveis, além de apresentar um desempenho histórico acima dos índices apresentados pela Bolsa de São Paulo.

De acordo com o site do ISE, os objetivos até 2015 são:

1. Ampliar a abertura de informações ao mercado

2. Aumentar a participação das empresas no processo de seleção

3. Aumentar o volume de recursos investidos e produtos atrelados ao ISE e torná-lo um benchmark de investimentos

4. Fortalecer os canais de comunicação e diálogo com as partes interessadas

5. Trabalhar pelo aperfeiçoamento do escopo e processos de elaboração do questionário (refinamento e aperfeiçoamento da metodologia, processos de seleção das empresas, verificação etc.).

INVESTIMENTOS SOCIALMENTE RESPONSÁVEIS

(Socially Responsible Investment - SRI)

“Cada vez mais investidores compartilham a opinião de que questões ambientais, sociais e de governança (ESG, da sigla em inglês – Environmental, Social and Corporate Governance - Meio Ambiente, Desenvolvimento Social e Governança Corporativa) podem interferir no desempenho dos mais diversos portifólios de investimento.” Kof A. Annan,Secretário-Geral das Nações Unidas entre 1997 e 2007

Os Investimentos Socialmente Responsáveis (SRI) são a mais clara prova da positiva relação entre a responsabilidade social e a valorização dos papeis na empresa/organização. O SRI pode ser conceituado como um processo de investimentos que busca aperfeiçoar o retorno para investidores e para a sociedade, aplicando, em si, valores humanos, éticos, sociais e sustentáveis. Historicamente, os investimentos possuíam uma proximidade maior com os diferentes grupos religiosos que aplicavam suas doutrinas no processo de escolha; paralelamente, com o passar dos anos, fatos como a guerra do Vietnã, a luta pelos direitos civis, os movimentos ambientalistas e Chernobyl aumentaram os interesses, preocupações e cobranças por parte dos investidores sobre como os capitais são investidos.

Hoje, no Brasil,

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