Resenha Enron

Capitalismo Corporativo: Estudo de caso da Empresa Enron

A Enron foi a 7ª maior empresa dos Estados Unidos, se não uma das maiores do mundo, sendo avaliada em até 70 Bilhões de dólares e, diante de um crescimento tão exuberante, sua trágica e rápida falência em 24 dias, escandalizou o meio corporativo pela grandeza da queda de uma sólida empresa auditada por uma das mais respeitadas do mundo: Arthur Andersen, abalando então, não só os stakeholders, mas todo o sistema que esteve envolvido neste processo.

Estudamos a importância da contabilidade para a continuidade de qualquer empreendimento porque ela visa o registro das informações ou dos acontecimentos ocorridos dentro da entidade e pode-se, através desse instrumento, fazer projeções para tomada de decisões. Uma função de suma importância dentro desses aspectos contábeis seria a demonstração da situação do empreendimento da maneira mais real possível, tornando o negócio da empresa transparente para os stakeholders. No caso da Enron houve manipulação de balanços que escondeu dividas de 25 Bilhões de dólares por dois anos consecutivos, tendo seus lucros inflados artificialmente. Isto trouxe desconfiança e falta de credibilidade para o mercado financeiro, gerando assim a incerteza de que isso irá ocorrer novamente.

Dentro desse contexto, percebemos que a auditoria tem uma grande relevância para o mercado financeiro, pois os principais baseiam-se na situação econômica financeira das empresas para investimentos, e se essas informações fornecidas pela contabilidade não estiverem de forma plausível ou concreta, será cada vez mais difícil investir e tornar essa empresa rentável no mercado, como foi o caso da Enron, por isso o processo de auditoria se faz necessário dentro de uma empresa para justamente conferir e checar se as informações fornecidas pela empresa estão sendo transparentes e fidedignas.

É notável o crescimento da importância dos intangíveis nas corporações. Frente a esse aumento, cresce a responsabilidade dos profissionais de contabilidade e auditoria em valorar adequadamente esses ativos. Este é um grande desafio para nossa época, pois como quantificar ou estimar o comportamento do mercado se ele está embasado nas instáveis proposições humanas?

Diante do que foi abordado podemos afirmar que, alem de ferir alguns princípios da contabilidade, no processo de falência da Enron percebemos um conflito de interesses, principalmente da empresa que prestava auditoria para a Enron, a Arthur Andersen, pois alem do serviço de auditoria ela também prestava consultoria e apenas neste fato isolado notamos que existe algo errado, como a mesma empresa que faz auditoria (analise o passado) pode fazer consultoria (analise do presente e projeção para o futuro) numa corporação? Por um lado ela verificava as demonstrações financeiras sendo “transparente” e por outro lado deveria otimizar os lucros e isso influenciou de forma colossal na manipulação de resultados que houve nos registros contábeis da Enron.

Não sabemos o que de fato impulsionou à sucessão de erros da Enron, ou mesmo as reais causas da sua súbita falência, o que sabemos é que as boas técnicas de Governança Corporativa têm o objetivo de acrescer o denodo da sociedade, promover abertura ao capital e colaborar para sua permanência no mercado, esta ultima com