Resenha ENRON – Disciplina de Ética - C. Contábeis
Por: fabriine • 7/11/2015 • Resenha • 875 Palavras (4 Páginas) • 781 Visualizações
ENRON – Os mais espertos da sala
Uma história que envolve números, pessoas, arrogância, ganância, prepotência, dinheiro, orgulho, entre outros sentimentos correlacionados. No mundo dos negócios, a sede por lucros exorbitantes acaba sobrepujando a ética e os bons costumes. A possibilidade de dinheiro fácil e rápido encheu os olhos de muitos, que não se preocuparam com os meios que iam praticar para se chegar aos fins.
O filme trata-se de um documentário baseado num estudo sobre um dos maiores escândalos no mundo corporativo norte-americano, que resultou em suicídios e julgamentos criminais para vários dos executivos superiores da companhia. Relata a queda de uma das maiores empresas norte-americanas após a descoberta de um esquema fraudulento de “maquiagem” contábil.
Os executivos da Eron estavam tomados pela ambição e arrogância, para possuir lucros cada vez maiores passavam por cima de valores éticos, sabiam dos prejuízos e riscos, mas seguiam a todo vapor. Por trás disso, a empresa apresentava dívidas exorbitantes, mas estas eram ocultadas por empresas “laranjas” criadas pelo diretor financeiro para absorver as dívidas e prejuízos da Enron, assim os investidores não tinham acesso as informações contábeis. A empresa adotou um novo segmento, transformar a energia em instrumentos financeiros que poderiam ser negociadas em ações e obrigações, e passou a adotar a contabilidade de “reajuste a preço de mercado” por meio da qual projetavam lucros exorbitantes, a partir do fechamento de transações que nem ainda haviam sido completadas, entre outras práticas simplesmente ilegais, e com as parcerias de outras empresas e bancos, ficou extremamente fácil manipular o balanço financeiro.
Ninguém conseguia entender ao certo, mas a mídia escrita, televisiva, radiofônica e até mesmo a internet não paravam de destacar o sucesso da Enron, alardeando que a empresa representava tudo o que havia de mais moderno e qualificado no país, porém a verdade é que a empresa só dava prejuízos, com projetos fracassados de internet e com usinas na Índia que nunca operaram.
Foi só quando as ações da empresa caiu de US$ 86 para 0,30 que o governo dos Estados Unidos decidiu fazer uma investigação e assim, comprovou que os resultados da Cia eram inflados e que aqueles lucros só existiam no papel. Essa investigação trouxe à tona a participação de executivos, contadores, advogados e auditores no que viria a ser o maior escândalo da história empresarial mundial.
Meses antes da falência seus principais executivos venderam mais de 1 bilhão de ações e incentivaram seus empregados a investirem suas aposentadorias em ações da Eron.
No ano 2001 a Enron decretava falência levando ao desemprego de 20.000 trabalhadores, perda de 1,2 bilhões em aposentadoria, 2 bilhões em fundos de pensão.
COMENTÁRIOS
A falência da Eron é um exemplo de corrupção, falta de ética e valores de boa conduta em prol de conquistar grandes reservas de capitais, mostra a conduta que um contador não deve ter: como manipular resultados, não publicar balanços financeiros, ser omisso a corrupções e colocar acima de tudo seus interesses próprios.
A conivência de grandes outras instituições para a aplicação do golpe, como os bancos, organizações políticas e até mesmo a empresa de auditoria, que acumulava as funções de consultoria e auditoria, causando enorme e evidente conflito de interesses, demonstra o comportamento antiético que fulminou na execução da fraude financeira da Enron. O apoio em “maquiar” a localização das dívidas era evidente.
Várias foram as infrações cometidas, tais como: queima de arquivos comprobatórios; concorrência a ato ilícito e inconformidade com os princípios fundamentais de contabilidade. Todos os desvios morais e éticos também seriam, num caso de condenação pelas leis brasileiras, passíveis de punição. A fraude da ENRON e todas as perdas econômicas poderiam ter sido evitadas se a contabilidade da empresa demonstrasse a realidade de suas operações.
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