Resenha: “Enron: os mais espertos da sala”
Por: Bia C. Oliveira • 2/2/2016 • Resenha • 608 Palavras (3 Páginas) • 1.502 Visualizações
O documentário “Enron: os mais espertos da sala” inicia-se fazendo um breve
resumo de um dos maiores casos de falência corporativa da história dos Estados Unidos da
América, reunindo depoimentos e reportagens sobre a empresa que caiu do posto de mais
inovadora do mundo para símbolo da destruição de sonhos.
Fundada em 1985 por Ken Lay, vanguardista da desregulamentação da indústria, a
empresa chegou a empregar mais de 20.000 funcionários e atuou não somente na área de
distribuição de energia, como também no ramo da internet e do risco ambiental.
Inicialmente, a companhia possuía uma ótima reputação, tendo sido homenageada como a
empresa americana mais inovadora por seis anos consecutivos, sendo auditada por uma
das maiores firmas de contabilidade da época, a Arthur Andersen.
Os primeiros sinais de falta de ética e ganância exacerbada começam quando, em
1987, descobre-se o caso de dois traders da empresa que falsificavam documentos,
desviavam dinheiro, destruíam registros, mas ao mesmo tempo traziam muito lucro para a
companhia. Diante desse cenário, Ken Lay escolhe fechar os olhos e colocar os lucros à
frente das questões éticas pela primeira vez.
Muito embora a situação perca o controle posteriormente, a Enron consegue se
reerguer sob a direção de Jeff Skilling. Sendo extremamente agressivo e amante dos riscos,
o gestor traz para a empresa a ideia de mark-to-market. A técnica então aprovada pela
Arthur Andersen permitia um alto nível de manipulação dos resultados da empresa, que
apresentava lucros futuros que, na verdade, eram inexistentes. A companhia chegou a
apresentar ações de 84,97 dólares, quando, na verdade, se afundava em prejuízos
provindos de investimentos sem retorno na internet e em usinas de energia na Índia, além
de desvios de dinheiro por parte dos gestores.
Muito embora os prejuízos fossem reais, nomes como Skilling, Lay e Fastow – jovem
que levou as fraudes da companhia a outro nível – conseguiam maquiar a situação da
empresa ao utilizar em seu favor a desregulamentação na Califórnia, outras empresas para
esconder prejuízos e desviar dinheiro, manipulando seus balanços financeiros, inclusive
com a ajuda de bancos, tendo seus lucros inflados artificialmente.
Enquanto os funcionários e aposentados eram levados a acreditar que investir seus
fundos de pensão e aposentadorias na Enron era um bom negócio, altos executivos como
Skilling começavam a se desfazer de suas ações. Começa-se então um questionamento,
vindo da própria revista Fortune – que por vezes elegeu a Enron como
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