Resenha Gás LP

INTRODUÇÃO

Este trabalho consiste na pesquisa elaborada em uma empresa de revenda de gás GLP, no Município de Tabatinga. A Sabino’s é revendedora autorizada da indústria Fogás e recebe o produto da mesma de Manaus, o que se torna um grande desafio para transporte pois este resulta um custo e manobras para que não gere escassez deste produto, já que a empresa é a principal na localidade, fornecendo gás tanto para zona urbana como rural, seus principais clientes são os consumidores finais, e as empresas públicas como Seduc, Sejus, Comara e Exército e comércios como restaurantes, lanchonetes.

A equipe utilizou o método de entrevista, questionando o proprietário e administrador da empresa, que está a frente deste negócio há quatro anos, desde que comprou a empresa de um casal de empresários que optou por prosseguir em outro segmento tendo em vista a revenda de gás depender de diversos fatores e a Logística exigida para esse produto tem muita dificuldades como por exemplo em épocas chuvosas em que o acesso das balsas são dificultadas pela alta de infraestrutura dos Portos de Tabatinga.

Os principais assuntos a serem abordados nesta pesquisa dizem respeito ao tempo de transporte das botijas de gás, a programação de vendas, os custos, os tipos de transporte utilizados, a mão-de-obra, fornecedor e a distribuição física do estoque da empresa.

 

1. REFERENCIAL TEÓRICO

O Gás LP tem alcance mais extensivo que os Correios, a luz elétrica, a água tratada e os serviços de telecomunicações. Ao longo de mais de 75 anos, a população brasileira cresceu, criou novas demandas, aumentou seu grau de exigência em relação a produtos e serviços. O setor de Gás LP acompanhou essas mudanças de comportamento do consumidor brasileiro e entendeu, como poucos segmentos da economia, as necessidades dos seus clientes. A diferença é que fez o essencial: adaptou-se a elas.

Segundo o Sindigás (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo) são distribuídos 33 milhões de botijões/mês em cerca de 53 milhões de lares. O setor gera cerca de 350 mil empregos diretos e indiretos, constituindo fonte de renda da qual subsistem mais de 1,5 milhão de pessoas. É um setor com faturamento da ordem de R$ 22 bilhões por ano, e que colabora para a arrecadação em uma faixa próxima a R$ 5 bilhões na soma dos tributos estaduais e federais.

Com base nisso, percebe-se que à medida que a população cresce as necessidades do mercado aumentam. E assim se faz necessário uma boa gestão de cadeia logística que consiga atenda essas demandas, principalmente quando um dos pontos importantes a considerar é o custo que se tem em transportar o produto do fornecedor que se encontra em Manaus até chegar ao seu destino final, que é a distribuição para o município de Tabatinga. Mas antes é necessário esclarecer o que é logística.

Segundo Christopher (2007) a logística é o processo de gerenciamento estratégico da compra, do transporte e da armazenagem de matérias prima, partes e produtos acabados (além dos fluxos de informação relacionados) por parte da organização e de seus canais de marketing, de tal modo que a lucratividade atual e futura seja maximizada mediante a entrega de encomendas com o menor custo associado. Para o autor é vital o reconhecimento do gerenciamento logístico como uma vantagem competitiva, principalmente onde o mercado deixou de ser regional apenas parte de um determinado local para algo global.

Todos os processos envolvidos desde a produção de um produto até a sua comercialização e venda fazem parte da cadeia de suprimento ou Supply Chain. Pois este vai muito mais afundo do que o conceito de logística, envolvendo um “processo da movimentação de bens desde o pedido do cliente através dos estágios de aquisição de matéria prima, produção até a distribuição dos bens para os clientes”. (Rockford Consulting Group – RCG, 2001).

Mas antes de o cliente consumir o produto é necessário primeiro conhecer o que é e como funciona a gestão de cadeia de logística, pois se tratando tanto do conceito de gestão de cadeia de logística (do inglês: Supply Chain Management), como o relacionamento das empresas dentro desse processo, Figueiredo &Zambom (1998) salienta que uma cadeia de suprimentos compreende em um sistema constituído por agentes tomadores de decisão, envolvidos em um processo interdependente, por meio de um fluxo de produto e serviços, com o objetivo de atender a uma necessidade social, envolvendo os fornecedores de matéria-prima, produção propriamente dita, distribuição e consumidores.

Agestãoda cadeia de logística trata-se dosfornecedores, centros de fabricação, armazéns e centros de distribuição, e também matérias-primas, produtos no processo de fabricação, e produtos finais que circulam entre as fábricas. Assim a gestão da cadeia logística consiste numa série de aproximações utilizadas para integrar eficazmente fornecedores, fabricantes e lojas, para que a mercadoria seja produzida e distribuída nas quantidades ideais, na localização certa e no tempo correto, com o objetivo de satisfazer o nível de serviço e diminuir os custos ao longo do sistema (Simchi-Levi et al., 2003, p. 1).

Então é necessário que a organizacao não se fixe só nas suas operações internas, já que adiante pode ser que ela enfrente problemas com um dos parceiros de sua rede de suprimento, seja com seusdistribuidores ou problemas com os clientes, mas esse risco pode ser removido com a gestão de cadeia logística integrada ao qual consiste em garantir que os materiais necessários em uma organização estejam disponíveis no tempo, quantidade e especificações corretas. Fazendo-se necessário um relacionamento de longo prazo, e um alto grau de confiabilidade com seus parceiros da cadeia logística da empresa, pois são estes que determinarão as melhores oportunidades de redução dos custos e/ ou realce do valor do produto.

O transporte é um elemento que operacionaliza o processo da gestão de cadeia da logística e representa um montante considerável dos custos logísticos. Assim, a redução de custos de transporte, o nível de serviço ao cliente e as definições dos melhores roteiros, constituem problemas muito frequentes de tomada de decisão dessa área, a fim de minimizar os tempos e as distâncias.

Nesse contexto, o transporte é o principal componente do sistema e da composição do custo logístico na maioria das empresas. Sua importância pode ser medida pelos indicadores financeiros: custos, faturamento e o lucro. Além disto, o transporte tem um papel preponderante na qualidade dos serviços logísticos, pois impacta