Sonho Grande

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No prefácio escrito por Jim Collins, considerado mundialmente como o guru das organizações, ele cita como conheceu Jorge Paulo e como se tornou grande amigo do empresário. Observamos que Jim lista 10 principais lições que aprendeu com Jorge, e seus sócios Marcel Telles e Beto Sicupira, dentre essas lições, a considerada por ele mais importante é a filosofia do trio em dar chance ás pessoas talentosas, ainda que novatas, e sofrer decepções no caminho, do que não acreditar nelas. Desde o começo Jorge Paulo gosta de investir em pessoas jovens e talentosas, ele tem obsessão em conseguir as pessoas certas, preparar, e dar a elas grandes responsabilidades e desafios. O trio presa também conservar os talentos dentro da empresa, e isso é um ponto positivo.

Uma das principais lições que Collins aprendeu com o trio foi aplicar uma cultura coerente que da maior recompensas as pessoas que dão maior lucro, esse sistema é conhecido como meritocracia, pouco conhecida e não aplicada pelas empresas brasileiras na época em que Jorge adquiriu a corretora Garantia. Eles consideravam a cultura como uma estratégia e sempre foram fiéis a ela.

Na sexta lição Collins cita o jeito modesto dos sócios se vestirem, e mantinham um escritório simples, nunca se isolando do seu pessoal, derrubar paredes era uma das primeiras coisas a serem feitas assim que o grupo assumia o controle de uma empresa, evitando privilegiar certo grupo de empresários ou priorizar o trabalho de outro.

Eles buscavam pessoas fanáticas, pois elas não se tornavam populares, pois intimidavam as pessoas, eram obcecadas, mas quando essas pessoas se reúnem efeito era incomparável. O trio era bem calmo e ponderado quando havia um período de perigo, não entravam em pânico e tomavam decisões cuidadosas e calculadas.

Quando as empresas brasileiras e belgas se unificaram, todos se perguntavam como duas culturas tão diferentes poderiam trabalhar juntas, estas se tornaram um todo unificado, isso porque elas tinham uma única meta: criar uma empresa vencedora e duradoura. Outro aspecto que as empresas do trio não seguiam na risca cultural das organizações eram que o poder concentra-se quase todo em apenas um executivo, diferentemente das empresas de Paulo, onde o conselho tinha maior influencia nas decisões da empresa.