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TIRIRICA, POLÍTICA E NEGÓCIOS

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Por:   •  25/7/2014  •  647 Palavras (3 Páginas)  •  232 Visualizações

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TIRIRICAS, POLÍTICA E NEGÓCIOS

Com mais de 1,3 milhões de votos, o Sr. Tiririca fez 6,35% dos votos para Deputado Federal do Estado de São Paulo e levou consigo mais uma leva de políticos de conduta no mínimo duvidosa. Isso caso não seja constatado analfabetismo e dessa forma ocorra veto por inelegibilidade constitucional. Para os leigos ou crédulos, o improvável aconteceu.

Na prática, não é novidade para a maioria, de que candidaturas como essa, além de tantas outras, como a de ex-artistas e atletas em decadência, são planejadas meticulosamente e possuem uma estrutura técnica de estatística e de marketing robusta amparando os passos e as estratégias daqueles que coordenam as ações em torno dos postulantes. O acaso deixou de ser relevante faz muito tempo em política.

Notadamente são oriundas de partidos de aluguel, que também estão em decadência, com dificuldade para amealhar correligionários ou mesmo de cujo ideário se conhece quase nada, até porque na maioria destes casos não existe ideário que possa ser divulgado, sem que evidencie os já manifestos objetivos, normalmente imorais ou impopulares.

No ambiente da biologia ou da agronomia, tiririca é uma planta daninha, invasora, concorrente das demais plantas por nutrientes, reduzindo a produção e a produtividade de qualquer cultura implantada, sendo de difícil controle. Parece que inclusive neste aspecto eleições com a do Sr. Francisco Everardo de Oliveira, é um evidente problema para o país.

Práticas sociais dessa natureza podem ser úteis também no entendimento da funcionalidade das organizações empresariais. Assim como na política, nas empresas também há os tiriricas que as dirigem ou trabalham. Embora não sejam cargos eletivos, com freqüência, profissionais incompetentes, que minam o desempenho das próprias organizações, são alçados, por questões de conveniência aos níveis de gestores principais.

As empresas familiares tem sido pródigas neste tipo de problema. A falta de habilidade e a predominância da política da boa vizinhança em detrimento da austeridade têm levado muitas empresas do gênero ao despenhadeiro, utilizando este expediente.

Quando notam que a escolha política para gerir os negócios tornou-se uma questão arriscada, normalmente já é tarde ou no mínimo altamente custosa. Com o advento da ascensão da geração X e Y ao poder, e o natural atrito com as gerações anteriores, estas permissibilidades nas empresas tem sido cada vez questionadas.

A nossa sociedade tem sido pródiga tanto nas empresas como na política e neste sentido de tempos em tempos surgem figuras como essa para nos lembrar que ainda estamos engatinhando na democracia.

Não é de se espantar que o primeiro presidente eleito pós-ditadura, tenha sido um sujeito praticamente insano e que depois de muitas peripécias tenha sofrido o impeachment. Mas por muito pouco (0,35% dos votos) não foi para o segundo turno, em Alagoas.

Assim como na natureza, há tiriricas por todos os lados, mas há uma necessidade de controlá-los freqüentemente para que não alcancem importância capaz de se tornarem irreprimíveis. Como frear um sujeito que amealhou 6,35% dos votos num Estado que se gaba de sua densidade cultural?

Se de um lado falta capacidade de entendimento da população sobre a relevância que a democracia possui para o desenvolvimento

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