Teoria Das Relações Humanas

Teoria das Relações Humanas

A teoria das relações humanas foi desenvolvida pela necessidade de humanizar e democratizar a administração, e essa abordagem humanista começou logo após a morte de Taylor, mas começou a se difundir pelos Estados Unidos por volta da década 1930, após a grande depressão e a crise de 1929. Apenas depois do final da Segunda Guerra Mundial que a teoria se espalhou para fora dos EUA.

Seu inicio se deu após os resultados da experiência de Hawthorne, desenvolvida entre 1927 e 1932 por Elton George Mayo e seus colaboradores, e foi, basicamente, um movimento de oposição à Teoria Clássica.

Neste período foram realizadas pesquisas em uma das fábricas da Western Eletric Company em Hawthorne, Chicago. Testes foram realizados na linha de produção para identificar variáveis que interferissem na produção, tanto positivamente como negativamente. Para isso, foram escolhidos dois grupos de trabalho, o controle, onde eles se mantiveram sobe as condições tradicionais, e o grupo experimental, onde foram testadas as variáveis de condições de trabalho.

A experiência passou por quatro fases, até ser cancelada em 1932 por questões financeiras. A primeira fase testava a produtividade sobre diferentes intensidades de iluminação, mas devidos a fatores psicológicos não foi um sucesso, pois não conseguiram provar a tese.

A segunda fase, conhecida como Sala de Provas de Montagem de Relés, sua finalidade era realizar um estudo sobre a fadiga no trabalho, e por efeitos gerados por mudanças de horários e introdução de lanches e intervalos no horário de trabalho.

Após os resultados da segunda fase, se iniciou a terceira, chamada de Programa de Entrevistas. Nessa terceira fase, o objetivo era entender os motivos que levavam os funcionários a adotarem diferentes posturas em seus departamentos originais e na sala de provas. Para isso, seriam entrevistados todos os funcionários da empresa, anualmente. E os supervisores como entrevistadores. Assim as pesquisas passaram a ter o foco nas relações humanas e não mais na parte cientifica.

A principal descoberta nessa fase foi a existência de grupos informais formados pelos operários. E esses funcionários se mantinham unidos e tinham um certo grau de lealdade entre si, e que essa lealdade podia conflitar com uma possível lealdade à companhia. Para estudar esse fenômeno os pesquisadores iniciaram a quarta fase.

A quarta fase, conhecida como Sala de Observações de Montagem de Terminais, teve como grupo experimental nove operadores, nove soldadores e dois inspetores, dentro da sala havia um observador e fora da sala um entrevistador, que entrevistava os trabalhadores esporadicamente. O sistema de pagamento era baseado na produção e o salário só poderia ser aumentado se a produção total aumentasse.

Após um tempo, o observador constatou que os operários utilizavam algumas artimanhas. Logo que os operários atingiam uma produção que eles julgavam normal, o ritmo era diminuído. Relatavam sua produção de forma que a produção em excesso de um dia pudesse ser somente acusada num dia deficitário, como também solicitavam pagamento por excesso de produção. Verificou-se que esses operários passaram a apresentar certa uniformidade de sentimentos e solidariedade grupal. O grupo desenvolveu métodos para assegurar suas atitudes,