The Corporation

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O filme The Corporation é um documentário onde os produtores, através de exemplos e entrevistas, procuram mostrar o lado psicopata das corporações. O filme inicia explicando como as corporações se tornaram tão influentes nos dias de hoje (bem diferente de como elas eram a 150 anos atrás), como conseguem mudar as leis, como mantém sua lucratividade, seus fins e seus meios, bem como conseguem se manter utilizando artifícios exclusos em benefício próprio, ou seja, de seus acionistas.

O documentário trata a corporação como uma família onde todos os membros trabalham pelo melhor,ou seja, pelo lucro dos acionistas. As corporações, retratadas no filme como maçãs podres ou monstros, eram inicialmente instituições mantidas com o objetivo de servir ao interesse público com a prestação de alguns serviços, tais como a construção de pontes, ferrovias, e etc. E tudo era acertado no início, as taxas, os prazos, as condições de execução e eram entregues apenas aqueles empreendimentos que a mesma havia se proposto a fazer.

Após a guerra civil americana as corporações cresceram absurdamente passando a ter um novo perfil, onde o seu objetivo passa a ser a busca pelo lucro máximo custe o que custar. Há uma passagem interessante do documentário que mostra como as corporações conseguiram evoluir e alcançar um status aceito, utilizando da constituição para intitular-se como pessoa, porém jurídica com todos os atributos de pessoa física (ter bens e vendê-los, processar e ser processada, e etc) e com isso garantir sua longevidade. Elas se aproveitaram da constituída que havia sido criada pela a libertação e cidadania dos negros nos EUA e se propagou pelo mundo inteiro.

O filme mostra empresas que contratam menores de idade em países de mão de obra barata, e às vezes até miserável, para a produção de seus bens a custos irrisórios e lançam esses produtos em vários lugares do mundo a preços altíssimos e com grande hipocrisia ao retratar em suas propagandas que ao comprar esses produtos as pessoas estarão ajudando a crianças necessitadas, pois parte da venda do produto será revertida para instituições que desenvolvem esse tipo de trabalho. Mostra-se com isso que vários direitos sociais e trabalhistas são desrespeitados, ou sequer existem para certas corporações.

Hoje em dia as certas corporações se dizem politicamente corretas, amigas do meio ambiente, mas na verdade o que elas procuram é fisgar os consumidores que se preocupam como o meio ambiente, com a sustentabilidade do planeta, com o trabalho infantil. E o setor de marketing de uma empresa sabe muito bem explorar essa parcela humanitária de consumidores. O próprio documentário mostra, em um de seus trechos, a utilização por algumas corporações de propagandas exclusivas para crianças ou como triná-las desde muito pequenas a serem consumidoras atuantes, juntamente com seus pais, passando a serem decisivas em compras na família.

Enfim, o documentário mostra vários aspectos da vida consumista, proveniente do pensamento capitalista, onde devemos ter mais consciência do nosso papel de consumidores e procurarmos cada vez mais não deixar toda e qualquer corporação nos vender, como bem quiser, seus produtos. Devemos sim, ter consciência do impacto que a produção de cada bem que consumimos tem no mundo e que mundo queremos deixar para nossos