A Ética Protestante, O Espírito do Capitalismo
Por: Emanuelle Borges • 5/7/2023 • Trabalho acadêmico • 910 Palavras (4 Páginas) • 77 Visualizações
E aí, tudo bem? Sou Alfredo Oliva, sou professor universitário e hoje eu quero falar sobre Max Weber e quero dar atenção especial ao seu livro A Ética Protestante, O Espírito do Capitalismo. Essa aqui é uma obra escrita em mil novecentos e cinco, ou seja, já com uma certa de Max Weber que nasceu em mil oitocentos e sessenta e quatro e morreu em mil novecentos e vinte. A tese principal dessa obra é a de que existe uma afinidade eletiva entre a ética protestante e o espírito do capitalismo. Como é que o Weber percebeu isso
percebeu que em países em que o capitalismo começava a se desenvolver melhor, o protestantismo conseguiu se projetar também melhor nesses países ou o inverso. Países que eram bastante católicos resistiram à economia de tipo capitalista e com isso então ele começou a acunhar a tese de que há uma afinidade eletiva entre a ética protestante e o espírito do capitalismo
Então, o que é essa ética protestante e o que é o espírito do capitalismo? Quer dizer, o espírito do capitalismo, pra que o capitalismo exista é necessário que exista o espírito do capitalismo. E o espírito do capitalismo tá relacionado à disciplina para o trabalho e também a disciplina, a racionalidade para o uso do dinheiro que o trabalhador consegue por intermédio do seu trabalho. Isso tem uma afinidade com a ética protestante, que é uma ética calcada na disciplina, né? Quer dizer, o o Weber vai explorar isso, quando ele vai
o conceito de salvação no âmbito protestante. Ele vai dizer olha, um católico ele está tranquilo. Por quê? Porque ele sabe que ele pertence à instituição verdadeira. Ele sabe que essa instituição está conduzindo vida dele pra salvação. Então, o fato dele pertencer a essa instituição, cria nele a convicção de que ele é uma pessoa salva. No âmbito do do protestantismo, não. Quer dizer, o o protestantismo vai dizer, olha, a salvação é um problema que é resolvido entre você
e Deus. E o Weber diz, bom, talvez pro pro Calvino, pro Lutero, essa ideia estivesse bastante clara, talvez eles pudessem acolher essa doutrina com bastante facilidade, mas pra maior parte não era tão simples não existir nenhum meio que pudesse uma expressão objetiva da salvação das pessoas. Então os protestantes começaram a trabalhar e começaram a ver no sucesso
econômico, no sucesso profissional, uma evidência de que eles eram pessoas eleitas. Então, o Weber percebeu essa proximidade, quer dizer, pra que o capitalismo existisse, as pessoas deveriam ser disciplinadas, tanto pra trabalhar como pra fazer um uso racional do dinheiro e estava de acordo com valores protestantes, não é? Trabalhamos pra tornar evidente de que somos pessoas eleitas, procuramos o sucesso, tendo sucesso, nós temos o elemento objetivo de que que demonstra que nós somos pessoas eleitas
e é óbvio, com toda a ética protestante que cerceia um gasto indiscriminado daquilo que o trabalhador conquista, quer dizer, não vai gastar com bebida, não vai gastar com os bordeis, não vai usar inadequadamente o seu dinheiro, isso é fundamental pra criação do de poupança que vai ser fundamental pra que fosse produzido uma acumulação primitiva de capital e essa acumulação primitiva de capital pudesse estruturar inicialmente o que viria a ser o sistema
capitalista. Isso é muito interessante, isso é bastante discutido, isso é bastante reconhecido pelas pessoas. O que parece que as pessoas não prestam tanto atenção, é que eu pelo menos tenho a impressão pelas páginas finais que o Max Weber elabora e demonstra essa tese de forma relativamente convincente, inclusive com demonstração empírica disso, ele tinha como interesse fazer uma crítica a filosofia ou a sociologia marxista no sentido de que existe uma tese existia e existe uma tese no âmbito do marxismo
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