A GUERRA CIVIL DA SOMÁLIA
Por: ilari • 15/4/2018 • Artigo • 2.161 Palavras (9 Páginas) • 243 Visualizações
Centro Universitário de Belo Horizonte
Bernardo Costa
Larissa Monteiro
Raphaela Oliveira
GUERRA CIVIL DA SOMÁLIA
Professora: Maria Rita
BELO HORIZONTE
2017
INTRODUÇÃO
A República Federal da Somália, conhecida antigamente como República Democrática da Somália, é um país localizado no leste da África, local conhecido como Chifre da África. Ocupa uma importante posição geopolítica entre a África subsaariana e os países da Arábia e do sudoeste da Ásia. A capital, Mogadíscio, está localizada ao norte do Equador no Oceano Índico. Décadas de hostilidades civis destruíram praticamente a economia e a infraestrutura da Somália e dividiram o país em áreas sob o domínio de várias entidades. Quando a tênue administração de transição da Somália entregou o poder a um novo governo em 2012, a recém-declarada República Federal da Somália tinha apenas controle limitado sobre o país. No entanto, esperava que o novo governo inaugurasse uma nova era, em que a paz fosse alcançada e que os somalis pudessem se concentrar na reconstrução de seu país. O enfoque deste artigo será a guerra civil que ocorre na Somália desde 1991, apresentando dados e fatos sobre esse cenário de destruição em massa, fome e outras calamidades ao país africano, que acabaram tornando a Somália um dos países com a maior crise humanitária registrada pela ONU desde 1945, juntamente com o Iêmen, Sudão do Sul e o nordeste da Nigéria.
SOMÁLIA
Somália, país mais oriental da África está localizado no Chifre da África, se estende desde o sul do Equador para o norte até o Golfo de Aden e ocupa uma importante posição geopolítica entre a África subsaariana e os países da Arábia e do sudoeste asiático. Sua capital, Mogadíscio, está localizada ao norte do Equador no Oceano Índico. A Somália é limitada pelo Golfo de Aden ao norte, pelo Oceano Índico a leste, pelo Quênia e a Etiópia a oeste, e por Djibouti ao noroeste. A fronteira ocidental da Somália foi determinada por poderes coloniais e divide as terras tradicionalmente ocupadas pelo povo somali. Como resultado, as comunidades somalis também são encontradas no Djibouti, na Etiópia e no Quênia, e a fronteira continua sendo uma fonte de disputa. É um país de extremos geográficos. O clima é boa parte seco e quente, com paisagens da Savana e do semideserto de Thornbush, o que levou os habitantes da Somália a desenvolveram estratégias de sobrevivência econômica igualmente exigente. A Somália se localiza em uma importante rota do comércio internacional de petróleo, mesmo com a ameaça de pequenos grupos de piratas, que possuem apenas fuzis e botes foi o suficiente para, no fim dos anos 90, afetar parte do comércio internacional do produto. Possui uma zona costeira montanhosa no norte e vários vales de rios pronunciados, mas a maior parte do país é extremamente plana, com poucas barreiras naturais para restringir a mobilidade dos nômades e seus animais. Os povos somalianos são muçulmanos baseados em clãs e cerca de três quintos seguem um modo de vida móvel, perseguindo pastoralismo nômade ou agro pastoralismo. Os Somalis são a maioria esmagadora da população da Somália. Eles são divididos em numerosos clãs, que são grupos que rastreiam sua ascendência comum de volta a um único pai. Esses clãs, por sua vez são subdivididos em numerosos subclãs, combina-se em um nível mais alto para formar famílias de clãs.
A República da Somália foi formada em 1960, pela federação de uma antiga colônia italiana e um protetorado britânico, Mohamed Siad Barre (Maxamed Siyaad Barre) foi o ditador sobre o país desde outubro de 1969 até janeiro de 1991, quando foi derrubado naquilo que seria o ínicio de uma guerra civil travada por guerrilheiros baseados em clãs. Após a queda do ditador Siad do poder, a guerra continuou e o país não possuía um governo centralizado efetivo - problemas que persiste até os dias atuais. Além disso, um governo declarou a formação de uma República independente da Somalilândia no norte em 1991, o que levou a acontecer algo de igual modo quando em 1998, a região autônoma de Puntland (Puntland State of Somalia) foi autoproclamada no nordeste. Esses anos de conflito, seca severa e fome fez com que a Somália entrasse em estado de crise, levando milhares de somalis a serem deslocado devido a guerra. A escassez de alimentos levou ao crescimento da taxa de desnutrição em várias partes do país, sendo hoje a Somália um dos quatro países em estado de crise humanitária (juntamente com o Iêmen, Sudão do Sul e o nordeste da Nigéria), devido a falta de alimentos, abastecimento de água e saneamento adequado. A falta de infraestrutura de saúde ou bem-estar no país - grande parte destruída após anos de conflito - faz com que as organizações de ajuda internacionais lutem para fornecer serviços essenciais que normalmente são oferecidos pelo governo.
RELAÇÃO DO CONFLITO COM A TEORIA CENTRO- PERIFERIA
A antiga Somalilândia Britânica e o Protetorado da Somalilândia (antiga Somália italiana), no dia 1 de julho de 1960 se uniram para formar a República Somali. Entre os anos de 63 e 68, houve o rompimento de relações diplomáticas com as autoridades do Reino Unido por parte do governo somali, por questão do Distrito da Fronteira do Norte. Essa relação foi restabelecida mais tarde após a ascensão ao poder do Conselho Revolucionário Supremo em 69.
Após o início da Guerra Civil em 1991, foi fechada a embaixada do Reino Unido em Mogadíscio, e no período seguinte o governo britânico manteve relações diplomáticas com o Governo Nacional de Transição e seu sucessor, o Governo Federal de Transição. Houve também o comprometimento, por parte do governo britânico, com as administrações regionais menores da Somália, como a Puntlândia e Somalilândia, para que assim pudessem assegurar uma inclusão mais ampla no processo de paz. Em 2012, foi organizada a Conferência de Londres sobre a Somália, para determinar o apoio da comunidade internacional ao governo provisório da Somália, e após a criação do Governo Federal da Somália, em agosto de 2012, autoridades britânicas reafirmaram o apoio ao governo da Somália, sua integridade territorial e sua soberania. Em 23 de março deste ano, o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, presidiu uma reunião do conselho para discutir a situação humanitária e política do país diante de tamanhas preocupações com a fome e a situação crítica que o país do Chifre da áfrica ainda enfrenta.
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