A “Nova República” e a Transição para a Democracia
Por: Isabella Spinelli • 6/2/2019 • Resenha • 779 Palavras (4 Páginas) • 181 Visualizações
A “Nova República” e a transição para a democracia.
Temos o Brasil em 1982 como um dos “campeões mundiais” de concentração da renda e riqueza, gerando assim os chamados “enormes bolsões de pobreza”, o que era uma “vergonha nacional”.
A partir dai vemos o Manifesto do PMDB em 1982, o qual tratava de uma Reforma de legislação trabalhista por parte do Sindicato, fazendo com que os mesmos possuam autonomia, exinguindo os “resquícios de corporativismo” que facilitam a manipulação dos sindicatos, principalmente atraves da vinculação financeira e possibilidade de intervanção e de outros mecanismos de dependencia. Defedendo principalmente a liberdade dos trabalhadores em se organizar livremente a fim de defender seus interesses. Além da situação acima, temos a Abolição do imposto sindical, o qual era e ainda é recolhido pelo empregador e enviado ao Ministério do Trabalho, este valor é repassado aos sindicatos, federações e confederações, defendendo a manutenção do imposto, assim como o PCdoB, MR-8 e Velhos Pelegos. Adicionando, temos a restauração do direito de greve e formação de uma central sindical, apoiando a CONCLAT (CGT), cuja era rival da CUT (Vinculada ao PT), considerando que anteriormente a CLT definia a greve legal de maneira tão restrita que a mesma se tornava praticamente impossível.
Temos ai o início da reposição gradativa do poder de compra real do salário mínimo atraves do reajuste do mesmo sendo sempre superior à inflação, além da defesa da reforma agrária (1978-1984), considerando que o número de “sem terras” quase dobrou devido aos resultados dos grandes investimentos urbanos.
Em 1964, devido ao Golpe, foi interrompido da organização das Ligas Camponesas. E no Nordeste, o Quarto Exército empreendeu verdadeira caças aos organizadores rurais, gerando a morte de vários adeptos. Além do ato de Roberto Campos e seus tecnocratas que substituíram a estabilidade no emprego pelo FGTS, e gerar disputa entre aqueles que queriam somente um sindicato único, e os que defendiam o pluralismo sindical.
Neste momento tinhamos o PT e a CUT que defendiam a abolição da contribuição sindical e o fim do sindicato único. Fazendo com que os pelegos fossem perdendo terreno para os sindicalistas independentes que organizaram as massas de baixo para cima, conquistando assim a população brasileira.
Na década de 1980 temos um aumento drástico da violência no campo:
- 1982: 58 assassinatos;
- 1985: 191 assassinatos;
- 1986: 100 assassinatos (apenas nos 5 primeiros meses).
Em 1985, temos Tancredo como o “salvador da pátria” segundo a imprensa braseileira, e mesmo antes de sua posse, o mesmo já estva viajando pela América Latina, Europa e EUA, e a partir dai, temos o inicio da 1ª crise institucional da Nova República. Pouco antes a sua posse, Tancredo aodece e é internado em Brasilia, morrendo logo em seguida no dia 21 de abril de 1985, depois de 7 operações e 38 dias no hospital.
Diante da morte do presidente eleito, os deputados de esquerda (PMDB) afirmavam que Ulysses Guimarães, presidente da Câmara na época, deveria assumir a presidencia, já Ulysses defendia a posse de Sarney como presidente e Figueiredo não participou da posse de Sarney por considerar o mesmo como traidor por ter “abandonado” seu partido para concorrer pela oposição.
Sarney era ex-líder do partido que apoiava os militares nesta época, e apesar da aliança com o PMDB-PFL, os integrantes deste partido consideravam Sarney e seu partido como oportunistas sem princípios, guiados somente por interesses socias, o qual governou o Brasil com o ministério escolhido por Tancredo. Logo, em 1986, houve a eleição para Assembléia Constituinte, onde Sarney noomeou uma “comissão de notáveis”, formado por 50 pessoas, onde o presidente foi Afonso Arinos de Melo Franco, ex-líder da extinta UDN.
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