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Análise do filme - A Missão

Por:   •  6/11/2017  •  Resenha  •  712 Palavras (3 Páginas)  •  1.671 Visualizações

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ANA CAROLINE DE SOUZA MENDES

INARA RIBEIRO BEZERRA

KÍVIA VILARIM

ANA ELISA ROLA RODRIGUES

MONICA GABRIELLE

                Atividade Domiciliar – análise do filme “A Missão”

O filme “A missão’’ (1986) dirigido por Rolland Joffé e com roteiro de Robert Bolt, retrata a colonização da América com destaque para as missões jesuíticas e a relação das mesmas com as coroas ibéricas em pleno século XVIII, além de todo o conflito que pairava sobre essas ligações, tudo a partir da data em que os homens (europeus) descobriram a totalidade a qual faziam parte, como diz Todorov.         

O objetivo principal das Missões era, inicial e extensivamente, disseminar o catolicismo e de alguma maneira, provar as coroas europeias que os nativos que aqui residiam eram seres dotados de alma, pois havia uma perspectiva errônea de associação dos índios à animais ou objetos, sendo eles úteis apenas para o trabalho, considerados selvagens, vivendo em um estado de natureza, algo visto como ancestral e arcaico.

O conflito representado no filme é a discrepância que passa a existir entre os colonizadores jesuítas e a Igreja, já que, a partir de certo momento, as Missões, influenciadas pela lógica eurocêntrica tentam provar a humanidade dos índios, estabelecendo paralelamente duas colonizações, uma dos próprios colonos e outra da Igreja. Ambos, Coroa e Igreja, tinham como fim o estabelecimento de uma grande zona de influência dentro do novo território, e isso despertou a ira das metrópoles, já que as mesmas patrocinavam as Missões em troca de apoio.

Vale lembrar que as colonizações espanhola e portuguesa se deram de diferentes modos, enquanto a Coroa espanhola considerava os guaranis como súditos pertencentes a uma classe inferior (sem escravizá-los), devemos considerar que a única igualdade possível neste caso, do contexto monárquico absolutista, era a igualdade de ser súdito e subordinada À Coroa (instituição que pensa ter autoridade para regular todos os aspectos da vida dos seus súditos), em contraposto, a Coroa portuguesa explorava os guarani de maneira incansável em busca de metais preciosos, usando os como verdadeiros escravos animalescos. O rio Uruguai era separado em dois lados: o lado português que exterminava e escravizava guaranis e o lado espanhol, que os catequizava e distanciava de sua própria cultura. Representando dentro das teorias de Relações Internacionais exemplos claros de: hard power (potência coercitiva"): um conceito usado pela vertente realista que designa a capacidade de um corpo político (um Estado) de exercer poder sobre o comportamento de outros, usando recursos militares e econômicos; e de soft power (poder brando ou poder de convencimento) é uma expressão usada também nas teorias de Relações Internacionais para descrever a habilidade de um corpo político para influenciar indiretamente o comportamento ou interesses de outros corpos políticos por meios culturais ou ideológicos (como a aculturação dos índios, evidentemente na esfera religiosa).

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