Apogeu e Colapso do Sistema Internacional

Ufmg/Face/rei

Disciplina: História das Relações Internacionais I

Aluna: Isabella da Costa Lopes Trindade

Matrícula: 2016057631

Profa. Priscila Brandão         

Ref.: Resenha “Apogeu e Colapso do Sistema Internacional Europeu”

Apogeu e Colapso do Sistema Internacional Europeu é um trabalho redigido por Wolfgang Döpcke para o livro “Relações internacionais: entre a preponderância europeia e a emergência americano-soviética”. Durante a obra, é permeado vários aspectos das relações internacionais, dentre um contexto pós Congresso de Viena e anterior a primeira guerra. Subdividido em oito macro tópicos, o debate vai desde das tendências das relações internacionais e a economia, até sobre o debate sobre as causas da guerra.

Ao iniciar o texto, o autor busca demonstrar o quadro das relações politicas no contexto internacional. Dentro da ideia pré-formulado no Congresso de Viena, no qual se buscava o suposto combate a hegemonia dentro do espaço europeu, é observado um ambiente de desenvolvimento de muitas nações, o que fomenta constantemente a competição por uma supremacia de poder. O imperialismo foi uma ferramenta pelo qual essas disputas eram perceptíveis. A colonização violenta do continente Africano e Asiático é um retrato da perspectiva de expansão e dominação europeia do mundo. O nacionalismo é tratado aqui como algo importante, no sentido de estimular a participação pública das ofensivas europeias. Nesse sentindo, vários debates surgem, e dizem respeito principalmente da dinâmica de poder, seja ela dentro do universo europeu ou na perspectiva mundial.

O desenvolvimento da economia internacional é um ponto importante dentro da discussão proposta. A malha internacional se demonstra perante uma nova perspectiva de dinâmica, tendo em vista o entrelaçamento da economia mundial. Esse panorama permite afirmar que as relações estatais progrediram em um sentindo de maior interação e interdependência. Fora isso, o pluralismo foi ganhando forma perante um prévio ordenamento de hegemonia econômica.

Outro assunto de relevância, trata-se da diplomacia de Bismarck. O chanceler alemão estabeleceu uma política continental que possuía como estratégia central o isolamento das perspectivas de fortalecimento da França em uma perspectiva internacional. Dividida em três períodos, possuía como objetivo primordial estabelecer a posição da Alemanha frente ao contexto europeu.

A questão do imperialismo foi uma vertente importantemente explorada pelo autor. O fenômeno de colonização surpreende pelo aumento súbito das partes colonizadas. A Conferência de Berlim, realizada no período de 1884/1885 foi uma resposta a esse fenômeno que virilizou dentro da perspectiva de dominação europeia.

As relações interestatais diante de todo esse cenário de inúmeras dinâmicas do ambiente internacional abriu espaço para uma divisão de blocos alinhados a interesses e predominância divergente. A bipolaridade fornece um quadro no qual é bem demonstrado de qual forma os interesses e políticas se dividiam. Vários posicionamentos foram se desdobrando para um colapso que deu um início formal a Primeira Guerra Mundial. O desenrolar e o final desse combate é explorado e colocado em perspectiva a partir da exposição do Tratado de Paz de Versalhes (1919), a partir do debate acerca do confronto que nutriu a Segunda Guerra Mundial. A adequação de linhas de pensamentos que não atribuem a um Estado individualmente a culpa sobre o conflito ainda no período entre guerras é um ponto colocado em pauta por Döpcke, mas que demonstra ao mesmo tempo a incompatibilidade da realidade das relações internacionais, que fornece prosseguimento para a culpabilização única do Império Alemão.