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Coming Into Focus

Por:   •  5/12/2018  •  Resenha  •  856 Palavras (4 Páginas)  •  157 Visualizações

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Coming Into Focus

O mundo mudou desde que os encargos do FMI, do Banco Mundial, da ONU e outras agências internacionais foram definidos sessenta anos atrás. A figura da governança global hoje é de duplicação, ambiguidade, sobreposição e confusão. Os encargos se estenderam e perderam a clareza e direção tão valorizadas quando foram estabelecidas. A força-tarefa da reforma da ONU onde o autor participou identificou uma dúzia de agências com as responsabilidades ultrapassadas.

Nenhuma delas estava preparada para largar seus compromissos, pois cada uma se via como essencial. Na questão do desenvolvimento o atraso é ainda maior, com governos delegando numerosas responsabilidades já asseguradas pelo PNUD.

A razão desse relato é reforçada pela visão dos EUA, UE e Japão de que eles são mais capazes de influenciar as instituições de Bretton Woods, além de que essas instituições são mais efetivas que as agências da ONU, mesmo que não tenham a mesma legitimidade.

A presença dessas forças-tarefa nos pontos de reforma da governança aponta para a necessidade de racionalização. Um esforço coletivo dos governos em diferentes agências para forçar que os ‘cabeças’ das grandes instituições se reúnam e decidam onde eles se encaixam num plano maior do quadro mundial (clarear papéis, remover duplicatas, e definir encargos que se adequem melhor aos desafios contemporâneos).

Ainda que isso pareça ingênuo e ambicioso demais, deve-se lembrar dos esforços desperdiçados e custos de oportunidade da reforma. A reforma nos encargos deve ser contínua, e mais flexível, substituindo os contratos de trabalho de titulares, por à termo. Os programas de trabalho devem ter duração pré-estabelecida e devem ser avaliados rigorosamente por partidos externos, ao invés de simplesmente serem estabelecidos sem uma rota de fuga, plano b, ou automaticamente estendidos e renovados.

Dada à complexidade e gravidade dos desafios econômicos, sociais, de contenção das pandemias, controle de migração, de segurança e meio ambiente hoje, as instituições devem estimar suas responsabilidades também para as gerações futuras. A abstenção do pensamento em longo prazo é alarmante.

Enquanto a proatividade dos governos democráticos é baseada em realidades eleitoreiras, o trabalho de instituições globais é em quadros mais longos (O Banco Mundial, por exemplo, fomenta os investimentos em longo prazo, dado que seus períodos de empréstimo são por volta de vinte e cinco anos, cinco vezes mais que os mandatos dos governantes).

Global Leaders for Global Issues

O diretor geral da OMC, Pascal Lamy, argumenta que o fracasso da chefia é o mais urgente dos desafios para a governança global hoje. Por ter sido eleito para ser líder de uma instituição global, Pascal é uma exceção à regra, já que decisões com os portões fechados mancham aquilo que era pra ser uma escolha pelos méritos do melhor candidato.

Ainda que restem poucas dúvidas quanto aos conhecimentos de Jim Yong Kim (indicado por Obama) em saúde pública, sabe-se que ele provavelmente não despontaria numa competição global como favorito para a presidência do Banco Mundial.

A confiança em acordos antiquados, forjados na fundação das instituições de Bretton Woods em 1946, enfraquece as próprias instituições em seus propósitos e representatividade. Os países em desenvolvimento respondem por metade da economia mundial, muito mais que os 10% de sessenta anos atrás; representam seis dos sete bilhões de habitantes. Mas ainda assim são os desenvolvidos quem tem o maior peso nos

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