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Guerra Civil

Por:   •  30/11/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.764 Palavras (16 Páginas)  •  302 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA

VINICÍUS HENRIQUE DE SOUZA

LUCAS LÚCIO VENTURA

Guerra Civil dos Estados Unidos

SÃO PAULO

2016

UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA

VINICÍUS HENRIQUE DE SOUZA

N820ED-9

LUCAS LÚCIO VENTURA

C9538F-4

Guerra Civil dos Estados Unidos

Projeto Integrado de Relações Internacionais (PIRI 2016/1) do Curso de Relações Internacionais da Universidade Paulista – UNIP.

Prof. Cássia Costa

SÃO PAULO

2016

SUMÁRIO

1        INTRODUÇÃO        

2        TRANSFORMAÇÕES EUROPÉIAS E AMERICANAS        

3        INICIO DO COMFLITO        

3.1        DIFERENÇAS CULTURAIS        

3.2        A UNIÃO        

3.3        CONFEDERAÇÃO        

3.4        DIPLOMACIA        

4        CONCLUSÃO        

5        REFERÊNCIAS        


  1.  INTRODUÇÃO

        A Guerra Civil Americana, ocorreu entre 1861 e 1865, originou-se de uma profunda divisão entre dois mundos: o industrial moderno, representado pelos Estados do Norte, com a liderança de Abraham Lincoln, e do Sul, um arcaico modelo agroexportador, com liderança de Jefferson Davis, sobre a escravidão no território americano. Nenhuma guerra causou mais mortes de americanos do que a Guerra Civil Americana, que causou um total de mortes estimado em 620 mil pessoas – cerca de 2% de toda a população dos Estados Unidos, em termos de população atual seria o equivalente a 6 milhões de pessoas.

        O principal objetivo desse trabalho é afirmar as transformações na Europa e na América, como o impacto das revoluções industrial e francesa, e a independência americana, em face de forte influência iluminista, vigente no século XVIII e XIX, culminaram na inevitabilidade da Guerra Civil Americana para abolir a escravidão nos estados sulistas.

         

  1. TRANSFORMAÇÕES EUROPÉIAS E AMERICANAS

        Entre os séculos XVII e XVIII, a Europa encontrava-se pouco avançada relativamente à tecnologia que, consequentemente, afeta a agricultura. O número de homens aumenta, a população cresce em épocas de prosperidade, mas diminui em períodos de recessão. A Europa vivia por uma transformação do ideário político e social pela liberdade e direito de propriedade privada, pois haviam cinco regimes políticos estabelecidos naquele momento – o feudalismo aristocrático, monarquia absoluta, despotismo esclarecido, repúblicas patrícias e monarquia inglesa.

        Através da Revolução Francesa ocorre uma intensa modificação, principalmente, com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que vem alterar o cenário mundial para o aparecimento das Repúblicas e Democracias Liberais, e nesse documento, em que se pode ver claramente a influência da Revolução Americana, defendia-se o direito de todos à liberdade, à propriedade, à igualdade - igualdade jurídica, e não social nem econômica - e de resistência à opressão.

        “Sob vários aspectos a Guerra Civil foi a primeira Guerra moderna, pois foi a primeira guerra que aconteceu depois que a revolução industrial tinha começado a transformar o pais” (JAMES MEIGS, Editor-in-Chief, Popular Mechanics)

        Nas Colônias Americanas, o ideário iluminista estimulou as lutas da Independência, o que ocorreu com a Guerra Americana da Independência (1775-1783) e, consequentemente, na elaboração da Constituição de 1787.
Através, principalmente, de John Locke (1632-1704), com seus ideais de defesa da propriedade privada, a igualdade de todos perante a lei, a limitação do poder do governante e o livre mercado passam a influenciar todos os movimentos acima citados. Adicionalmente, pelos pensamentos de Jean Jaques Rousseau (1712-1778), na sua compreensão de que todos os homens, no estado de natureza, são iguais e livres já se mostra presente no seu Discurso sobre a desigualdade, obra prenunciadora do Contrato social, ao diagnosticar, na espécie humana, a existência de dois tipos de desigualdade, quais sejam, uma natural ou física, consistindo nas diferenças de idade, saúde, força, espírito e alma; a outra, moral ou política, porque dependente de convenção pelo menos autorizada pelos homens, consistindo em privilégios gozados por alguns em detrimento dos outros e, ainda, quando cita que a força em si não produz qualquer direito, não se justificando a autoridade pela força, tampouco a escravidão, pois renunciar à liberdade é renunciar à qualidade de homem, aos direitos da humanidade, e até aos próprios deveres, sendo nulo, portanto, o direito de escravidão, pois nada significa; direito e escravidão encerram uma contradição lógica inconciliável (ROUSSEAU, 1988).

        O cenário de conflitos da Europa, como o Bloqueio Continental de Napoleão induziu os comerciantes do Norte a aplicarem seus capitais na produção de manufaturas e, consequentemente, propiciando um processo de industrialização e atração de imigrantes europeus para os estados nortistas, porém, acirrava-se a insatisfação dos estados sulistas com as consequências desse processo, tal como, as tarifas protecionistas exigidas pelos industriais do Norte (MAGNOLI, 2006). 

  1. INICIO DO COMFLITO

        A importação de novos escravos foi proibida por uma lei aprovada no Congresso em 1808, levando os Sulistas a se dedicarem exclusivamente à reprodução dos mesmos e permanecendo, o contrabando até o ano de 1860, gerando um encarecimento do escravo, tornando-o a sua propriedade mais importante do que a propriedade da terra para os sulistas, enquanto o norte crescia a campanha pela abolição (MAGNOLI, 2006). O apoio que ainda poderia existir no Norte a favor da escravidão esvaiu-se com o livro Uncle Tom's Cabin, de Harriet Elizabeth Stowe, uma ardente abolicionista que o publicou em 1852.

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