História das RI
Por: maiaralima • 20/5/2015 • Trabalho acadêmico • 3.766 Palavras (16 Páginas) • 179 Visualizações
Se defendiam a todo tempo para se expandir quando a oportunidade se apresentasse.
Eles haviam herdados dos romanos, a crença de que seu imperium deveria cobrir a totalidade do mundo civilizado, o oikoumene. Era o desígnio de Deus que o imperium fosse uma luz para iluminar os gentinos e a glória de seus próprio povo, os romanos cristãos. O imperador era o único soberano legítimo.
Era dever dos basileus, do clero e de todo o povo bizantino implementar os desígnios de Deus da melhor maneira possível, disseminar a fé ortodoxa e a autoridade do império. Era uma sociedade imperialista e missionária (S. B.).
Na China, uma vez que Deus não havia proporcionado a seu vicerei em Constantinopla o poder militar adequado e, por razões inescrutáveis permitia que usurpadores e bárbaros resistissem ao império e o ameaçassem, a força militar deveria ser suplementada por outros meios.
Era um centro que falava grego, cristões ortodoxos e sobre a administração direito, embora às vezes feudal. Era um princípio político do Império Bizantino, surgido de sua fraqueza inerente e quase sempre observado: não coagir os povos conquistados, mas deixar todas as etnias de posse de seus próprios costumes e de suas próprias leis. O que importava era a lealdade, não a conformidade.
Um dos objetivos da arte bizantina de Bizâncio, era o estabelecimento de uma fé comum, para que o Deus havia criado o império, e para o qual um clero vigoroso e bem formado trabalhava incansavelmente. Outro objetivo, era aliciar os povos subjugados para os costumes, a língua e a civilização do império.
Durante a maior parte de seus período de existência, o Estado bizantino, mesmo em períodos de força militar, esteve basicamente na defensiva contra a grande potência imperial missionária rival que era o Islã.
Justiniano, deixou a diplomacia com uma visão de uma ciência obscura e uma bela arte: pressão militar, a inteligência política, o convencimento econômico e a propaganda religiosa e tudo isso ficaria uma arma irresistível de imperialismo defensivo.
Diplomacia para os bizantinos: Informação adequada.
Eles organizaram uma notável agência de informações e um centro para as relações com aqueles povos menos civilizados. Eles lotaram funcionários em postos de informação remotos em lugares como a Criméia; eles convenceram mercadores e missionários a fornecer informações; e mantinham em Constantinopla grandes números de pretendentes e de líderes exilados que se tornaram homens próximos do Imperador e davam-lhe conselhos na esperança de que, com sua ajuda, poderiam um dia ser restaurados no poder junto a seus próprios povos.
Os governantes aliados recebiam títulos e insígnias bizantinos tais como coroas, que satisfaziam suas vaidades e ajudavam a estabelecer uma relação formal de dependência para com o basileus e de participação no sistema imperial.
O instrumento mais poderoso da influência bizantina era a fé ortodoxa, que convencia os governantes estrangeiros por meio de seu esplendor e de sus valores espirituais, e também os vinculava ao basileus em sua qualidade de chefe da igreja.
Os missionários ortodoxos traduziam a liturgia e as escrituras para as línguas locais. Os eslavos não tinham receio de perder suas autonomias nacionais.
Uma parte importante desse processo civilizador era realizada pelas mulheres de boas famílias, inclusive em casos especiais da família imperial do momento, que se casavam com governantes bárbaros e com outras figuras importantes da periferia, até mesmo com chefes militares e com os mais ricos.
A diplomacia bizantina era adepta de provocar a stasis, incentivando e subsidiando rebeldes contra governantes latinos, mas pagava um preço alto na hostilidade daqueles que estivessem no poder. Eles queriam estabelecer domínios que fossem independentes do império e, às vezes, até mesmo mesmo adquirir o controle do mesmo. Foi notavelmente bem sucedida, tanto na tarefa mais mundana de salvar o império muitas vezes de invasão e destruição, quanto na finalidade missionária e imperial de atrair tantos povos menos civilizados para a órbita da civilização greco-romana.
Bizâncio tentava administrar toda a área a seu redor, por meio de uma combinação de força militar, truculência, subsídios financeiros e proselitismo religioso e cultural.
CAP.13
A queda do Império Romano do Ocidente, em 476 da Era Cristã, até o efêmero império de Carlos Magno no século IX até cerca do ano 1000, a Europa Ocidental passou por um período de grandes dificuldades.
Muitos dos invasores bárbaros eram influenciados pela civilização romana antes de assentar-se no império.
A população latina da Europa Ocidental conseguiu preservar algo da sua civilização romana. Havia a memória do Império Romano. O Sacro Império Romano foi "restaurado" pelo rei franco Carlos Magno.
A incorporação dos povos germanicos, inclusive os ingleses e os escandinavos, transformou a cristandade, que era uma sobrevivência do passado imperial de fala latina e voltada para o Mar Mediterrâneo, numa sociedade tão germanica quanto latina, e também maior, mais vigorosa e com uma atitude progressista. A população permaneceu ou se tornou cristã e católica, e era organizada e representada pela máquina administrativa da Igreja Católica. A ingreja, dirigida a partir de Roma, era o sinal mais específico de sobrevivencia do imperium perdido e transmitia um sentido de universalidade e de participação coletiva a toda cristandade latina.
Os cristãos latinos da Euroa Ocidental e Central continuaram, durante toda a Idade Média, a considerar-se membros da cristandade. A noção posterior de que toda Europa fosse uma grande comunidade derivou da universalidade do Império Romano. A cristandade medieval era uma sociedade. Ela não estava dividida verticalmente em Estados independentes grandes e pequenos.
A cristandade medieval estava estratifica horizontalmente em quatro amplas classes: a nobreza, de reis até simples cavaleiros; o clero; os aldeões e habitantes de cidades, artesões e marcadores; e a massa de pessoas que se envolvia principalmente com a agricultura.
A função da nobreza era pegar em armas e governar. À frente da nobreza estavam os reis e os príncipes autônomos.
O poder governamental e a capacidade militar ainda eram muitos difusos, e era difícil que qualquer governante medieval
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