Objetivos do Desenvolvimento Sustentável

2015 – OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO “INSUSTENTÁVEL”.

Ingressamos em 2015, com a difícil tarefa de reconhecer que ainda não conseguimos promover a perfeita sustentabilidade em todo o Planeta.  O Aquecimento Global a cada dia nos dá prova de que e uma realidade. Os países desenvolvidos e em desenvolvimento não chegaram a um acordo eficiente e eficaz para a redução das emissões gasosas, enfim, nada hoje está efetivamente alinhado com os tão badalados Objetivos do Milênio, que no final do século XX e início do XXI, ganharam as manchetes internacionais e constituíram uma das mais importantes missões e desafios das Nações Unidas.

Neste Ano, os Objetivos do Milênio (ODM) será substituído  pelos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), que, foram ratificados na RIO+20, mas continuam, ainda, extremamente utópicos.  As agendas econômica e Ambiental para 2015, estão indo muito mais além do que o previsto nos ODM. No último mês, na  conferência do Clima, o Brasil deixou um legado de importantes responsabilidades, seja para o bloco dos países desenvolvidos, seja para os ainda em desenvolvimento. Porém, os resultados do acordo, nada mais foram do uma reprodução da mesma sistemática, retórica e dialética anterior, ou seja, empurrar para mais uns anos, as soluções pretendidas.

Se observarmos os atuais Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, constataremos que ainda são muito utópicos, envolvem ações e metas, quase inatingíveis no atual cenário econômico e ambiental. Os pilares da sustentabilidade (Social, ambiental e econômico), já não mais sustentam as pretensões do capitalismo moderno do Planeta.  Apesar da interconexão pela web, e da própria natureza sistêmica dos organismos vivos, tão bem defendida por Fritjof Capra, em sua obra Conexões Ocultas, lastimavelmente ainda estamos no meio do caminho.  Mas o tempo e o próprio Planeta e, inclusive, os seres vivos (e principalmente os Humanos), já não mais aguentam a atual situação. Segundo informações do Jornal O Globo, em seu caderno de sustentabilidade, a avaliação do professor Bernardo Strassburg do Departamento de Geografia e Meio Ambiente da PUC-Rio, é no sentido de que “os Objetivos do Milênio, foram atingidos no agregado, principalmente em relação à redução da pobreza.  Países desenvolvidos não possuíam metas e não abordavam a proteção dos ecossistemas.  A própria FAO, Órgão da ONU responsável pela Alimentação e Agricultura no Planeta, também está extremamente preocupada com as consequências futuras destas mudanças climáticas e ainda pela falta de dedicação dos ODM à temas de maior importância, como a agricultura sustentável, a segurança alimentar e o uso racional dos recursos naturais, como a terra agrícola, o solo , as florestas e os oceanos.  Nada disto foi efetivamente abordado, e hoje o Planeta sofre uma flagrante ameaça de escassez de alimentos, principalmente em relação ao trigo, milho, arroz e batata, que correspondem, hoje, 60% da alimentação Humana. Com o aumento dos níveis dos oceanos, muitas áreas alagadas, deltas de rios e áreas destinadas ao platio do arroz, estarão prejudicadas, além da escassez hídrica e também da diminuição dos recursos pesqueiros.”

Ao invés de pensarem nestes pontos, a Humanidade verteu seus olhos para a economia verde e para o novo capital, pensando apenas nos processos produtivos.  A bola da vez, neste século, é a energia limpa. Está claro que os hidrocarbonetos perderão espaço para outras fontes de energia muito menos poluentes.

Enfim, destaco aqui o Livro “Contagem Regressiva” do Pesquisador e Jornalista Alan Weisman, da Editora LeYa, que após ter publicado o livro “ O mundo sem nós”, agora traz à baila uma nova abordagem apocalíptica, porém real.  O compromisso de levar a sério os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, está realmente difícil.

Se lermos os principais, não encontraremos ações destinadas à proteção dos recursos naturais, e sim a utilização genérica do termo “Sustentabilidade Ambiental”.  

Assim, não chegaremos a lugar nenhum. A RIO +20 não serviu para nada!!!

 Destaco abaixo os principais ODS´s.

1. Erradicar a pobreza extrema e a fome: entre outras metas, deve reduzir pela metade a proporção de pessoas cujo rendimento é inferior a US$ 1 por dia.
2. Atingir o ensino básico universal, garantindo que toeas as crianças possam concluir um curso completo de ensino primário.
3. Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres.
4. Reduzir a mortalidade infantil.
5. Melhorar a saúde materna.
6. Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças.
7. Garantir a sustentabilidade ambiental: é preciso reduzir pela metada a proporção de pessoas sem acesso a água potável e saneamento básico.
8. Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento: mais recursos devem ser destinados às nações mais pobres.

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ONU apresenta síntese dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável pós-2015

O documento final será apresentado em 31 de dezembro e deve guiar as negociações dos países-membros para construção de uma nova agenda global baseada nos direitos humanos

por Redação - Agência Brasil

 

UN Photo/Evan Schneider

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Ban Ki-moon, á esquerda, secretário-geral da ONU.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, apresentou, na quarta-feira (4), aos 193 Estados-membros da Assembleia Geral, uma síntese do relatório O caminho para a dignidade até 2030: acabando com a pobreza, transformando todas as vidas e protegendo o planeta, sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) pós-2015.

O documento final será apresentado em 31 de dezembro e deve guiar as negociações dos países-membros para construção de uma nova agenda global centrada nas pessoas e no planeta, baseada nos direitos humanos, que será aprovada em 2015.

Sobre o relatório, Ban disse que "nunca antes uma consulta tão ampla e profunda tinha sido feita sobre a questão do desenvolvimento". Ele lembrou que o documento vem sendo elaborado há dois anos, desde a Conferência Rio+20 e conta com a colaboração dos governos, de todo o Sistema da ONU, de especialistas, da sociedade civil e de empresários.

O secretário-geral agradeceu o projeto do grupo de trabalho que apresentou os 17 ODS com 169 alvos de atuação. Para ele, o resultado expressa o desejo dos países de ter uma agenda que possa acabar com a pobreza, alcançar a paz e a prosperidade e proteger o planeta.