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Resenha sobre “Understanding Fourth Generation War” por William S Lind.

Por:   •  30/5/2017  •  Resenha  •  440 Palavras (2 Páginas)  •  240 Visualizações

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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Defesa e Gestão Estratégica Internacional

Guerra Civil e Assimétrica

Mariana de Araujo Castro

Resenha sobre o texto “Understanding Fourth Generation War” por William S

Lind.

       A Paz de Westphalia, em 1648, estabeleceu o monopólio da guerra pelo Estado e foi a partir de então que as quatro gerações da guerra começaram. Segundo o autor, na Primeira Geração da guerra, entre 1648 e 1860, as batalhas eram formais e o campo de batalha era ordenado, sendo assim, criou-se uma cultura militar de ordem. Os uniformes, continências e a hierarquia eram usadas para reforçar a cultura da ordem e para diferenciar os militares dos civis. Entretanto, desde a metade do século XIX, as táticas de linha-e-coluna se tornaram ultrapassadas devido à desorganização que se tornou o campo de batalha após o uso de metralhadoras e da nova postura dos militares em combate.

       A Segunda Geração foi desenvolvida pelo exército francês a partir da Primeira Guerra Mundial. O método era através da utilização do poder de fogo de forma sincronizada, carros de combate e artilharia de modo que o comandante pudesse ser comparado a um condutor de orquestra, como o próprio Lind menciona em seu texto. Sendo assim, a cultura de ordem volta a estar presente nos campos de batalha.

     A Terceira Geração, conhecida como guerra de manobra, foi desenvolvida pelo exército alemão durante a Primeira Guerra e é baseada na velocidade, surpresa e deslocamento mental e físico. Nessa fase é possível observar uma mudança na tática e na cultura militar. O autor descreve a iniciativa como sendo mais importante que a obediência, diferentemente das gerações anteriores. Características como descentralização e iniciativa são passadas da Terceira para a Quarta Geração, porém, esta geração marca a maior mudança desde 1648. Na Quarta Geração o Estado perde o monopólio da guerra e o cenário passa a ser de militares enfrentando grupos não estatais como a Al-Qaeda. Além disso, destaca-se o conflito, não entre países, entre culturas.  Portanto, nessa geração o uso do intelecto se torna mais importante do que o uso da força.

      Assim sendo, é preciso que os Estado repensem seu método de fazer guerra, pois como o próprio autor analisa no texto, mesmo com toda a tecnologia e disposição de poder de fogo, os Estados ocidentais não estão obtendo sucesso em suas operações. Ademais, é preciso refletir se a destruição de um Estado que já está em decadência, dentro da perspectiva do autor, pode ser o melhor meio de se ganhar a guerra ou se continuará perpetuando esses conflitos.  

                 

     

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