A Escola Nova

A Escola Nova - Capítulo 14.

O movimento educacional conhecido como Escola Nova surgiu no final do século XIX justamente para propor novos caminhos á educação, em descompasso com o mundo no qual se achava inserida. Representa o esforço de superação da pedagogia da essência pela pedagogia da assistência. Não se trata mais de submeter a pessoa a valores e dogmas tradicionais e eternos nem de educá-la para a realização de sua “essência verdadeira”. A pedagogia da existência volta-se para a problemática do individuo único e diferenciado, que vive e interage em um mundo dinâmico.

O mérito de Bourdieu e Parsseron está em desfazer a ilusão da autonomia absoluta do sistema escolar. (...)

Para os autores, a escola constitui um instrumento de violência simbólica que reproduz os privilégios existentes na sociedade, beneficiando os já favorecidos. O acesso á educação, o sucesso escolar, a possibilidade de escolaridade prolongada até a universidade estão reservados àqueles cujas famílias pertencem a classe dominante, ou seja, aos herdeiros de sistemas privilegiados.

A Educação era uma ferramenta onde exigia mais dos alunos, pelos quais tinham privilégios por estudar, quanto aos demais não tinham acesso a essa ferramenta, ficando totalmente excluídos desse processo de aprendizagem, onde a escola nova busca tornar espaço no século XX. No entanto, pode-se generalizar quando a classe social predomina, trazendo consigo mais oportunidades ao decorrer do desenvolvimento da criança, sendo totalmente incoerente quando existe algumas privações no processo educacional final; a Universidade.

Portanto, torna-se controverso essa busca insensata por uma educação onde há oportunidades iguais e de mais facilidade para todas as classes sociais. Bourdieu e Passeron exemplificam ao dizer que alguns sempre estarão em um nível maior, justamente pelos sistema privilegiado, beneficiados pela classe social alta.

A Escola Nova determina ao explicar que os alunos deveriam se preparar para as dinâmicas, contradizendo a realidade do século XXI, onde é indispensável um ensino com conteúdos e de qualidade, mas também, que existam instrumentos válidos e disponível para todos.