A Guerra Civil na Síria
Por: vivianepinho • 2/9/2021 • Trabalho acadêmico • 639 Palavras (3 Páginas) • 273 Visualizações
A Guerra Civil da Síria é um conflito que se estende desde 2011 entre vários grupos armados. O Observatório Sírio de Direitos Humanos já estimou como consequência do conflito mais de 470 mil mortos e mais de 11 milhões de refugiados sírios, dos quais 4,9 milhões migraram para fora do país. O conflito começou como consequência da repressão do governo sírio contra os protestos populares durante a Primavera Árabe e hoje tomou proporções de sectarismo religioso.
Causas do conflito
A Síria é governada pela família al-Assad desde a década de 1970 de maneira ditatorial. Bashar al-Assad só assumiu o país em 2000, após a morte de seu pai, Hafez al-Assad. O governo de Bashar sofreu inúmeras críticas pela corrupção e pela falta de liberdade política. Essas críticas tomaram novas proporções com a Primavera Árabe.
A Primavera Árabe aconteceu quando a população de inúmeros países árabes manifestou-se exigindo democracia e melhores condições de vida em seus países. Os protestos iniciaram-se no final de 2010, na Tunísia, e espalharam-se por outros países, como Líbia e Egito. Na Síria, os protestos iniciaram-se em março de 2011, na cidade de Deraa, no sul da Síria. A resposta do governo sírio foi violenta, o que motivou novas rebeliões em diferentes partes da Síria, como na capital, Damasco, e Aleppo, a maior cidade da Síria.
À medida que a repressão do governo contra os protestos populares aumentava, formaram-se grupos de resistência. Esses grupos logo se transformaram em milícias armadas, que partiram ao ataque na tentativa de expulsar as tropas de Assad de suas regiões e derrubar o governo sírio. Esses exércitos rebeldes foram inicialmente formados por civis e militares desertores.
Crescimento da Guerra Civil
A ONU e a Liga Árabe movimentaram-se para buscar saídas diplomáticas ao conflito, entretanto, os cessar-fogos negociados nunca foram respeitados. Assim, a escalada da violência na Síria tomou proporções de guerra civil.
A principal força rebelde é o Exército Livre da Síria, que surgiu em julho de 2011. Esse grupo possui características seculares (não está sujeito a nenhuma ordem religiosa) e, portanto, é considerado um grupo rebelde moderado. A oposição rebelde, entretanto, passou a contar com grupos extremistas de tendência jihadista, como o Jabhat Fateh al-Sham, anteriormente conhecida como Frente Al-Nusra.
A partir de 2013, o Estado Islâmico, aproveitou-se da instabilidade da Síria e aderiu a grupos rebeldes. Entretanto, como o Estado Islâmico cresceu rapidamente, ele se autoproclamou um Califado em territórios na Síria e no Iraque. O califado é uma espécie de reino baseado na lei islâmica. A guerra que havia começado por razões políticas tomou proporções religiosas.
Outro grupo de destaque foi os curdos, que se mobilizaram ao conflito a partir de 2014, quando o Estado Islâmico passou a perseguir-los. Com a guerra sendo travada entre diferentes grupos, o conflito espalhou-se por diversas frentes. Assim, mudanças e movimentações das tropas acontecem a todo momento na Síria.
O governo sírio possui o apoio da Rússia e do Irã, que enviam, além de armas e dinheiro, tropas.
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