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A Inserção de Moçambique na África Austral

Por:   •  28/7/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.734 Palavras (7 Páginas)  •  243 Visualizações

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Índice

1.        Introdução        2

2.        A inserção de Moçambique na África Austral e a sua importância geoestratégica        3

2.1.        A inserção de Moçambique na África Austral        3

2.1.1.        O relacionamento de Moçambique com os países da África Austral        4

2.2.        Importância geoestratégica        5

3.        Conclusão        7

4.        Referência Bibliográfica        8


  1. Introdução

O caminho recente da economia e da associação Moçambicana é continuadamente exposta como um exemplo de sucesso no contexto de reposicionamento da África Austral na área económica mundial. A importância geoestratégica de Moçambique no Mundo e na África Austral aflui para que o país seja potencialmente alvo de ameaças que se inscrevem em tradicionais à sua estabilidade. Assim, estes factos alimentam também o espaço para uma nova dinâmica no processo de integração económica, dai que a pesquisa, tem por objectivo de analisar a integracao de Moçambique na África Austral, assim como a sua importância geoestratégica, visto que Moçambique tem exportado produtos estimados em cerca de dois biliões de meticais21, destacando-se a África do Sul como o principal destino das exportações Moçambicanas ao nível da região.

Em fim, é de salientar que para realização desta pesquisa foi necessário o uso da técnica de pesquisa bibliográfica, buscando várias obras que abordam sobre os aspectos políticos e económicos de Moçambique. Assim sendo, a pesquisa consultou algumas bibliotecas, apoiou-se em alguns artigos a fim de solidificar os objectivos estabelecidos acima.


  1. A inserção de Moçambique na África Austral e a sua importância geoestratégica

  1. A inserção de Moçambique na África Austral

O conjunto de factores, como a localização, na faixa do Oceano Índico na qual águas se estendem pelo Canal de Moçambique e a proximidade de alguns países vizinhos em termos de passagem ao Oceano Indico dependente de Moçambique, influenciam na decisão do seu posicionamento regional Chichango (2009).

Segundo Massangaie, (2017, p. 17) refere que:

        A localização de Moçambique junto ao Oceano Índico e numa área anteriormente dominada por regimes minoritários na África Austral, tornou-o estrategicamente importante a nível internacional. Com três importantes portos em Maputo, Beira e Nacala, Moçambique ocupa uma posição considerada ideal para o estabelecimento de bases navais, tendo por isso sido cobiçado pelas grandes potências mundiais durante a guerra fria. O país tem sido assediado por diversos atores externos, pois a partir de seus portos se pode controlar o comércio ao longo do Oceano Índico e alterar o equilíbrio do poder na África Austral.

Portanto, isso fez com que Moçambique fosse um dos países africanos pioneiros na adopção dos princípios do neoliberalista e de planos de ajuste estrutural e um dos primeiros a privilegiar grandes projectos como vectores de desenvolvimento e, posteriormente, como instrumentos privilegiados da nova inserção da economia na globalização.

Moçambique acha-se numa etapa de inclusão regional transversalmente do endurecimento da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), concentrando esforços na busca de estratégias visando retirar a região do marasmo económico em que se encontra. Para além disso, a SADC[1] é um conjunto económico formado pelos países da África Austral e tem por s objectivos de proporcionar o crescimento das economias dos países membros e consequentemente, o desenvolvimento e a melhoria na qualidade de vida do seu povo Chichango (2009). É de salientar que por efeito e em função das potencialidades de cada país membro, Moçambique foram atribuídos funções, ou sectores concretos para a sua coordenação na SADC sendo, transportes e comunicações e informação e Cultura, para além disso, Moçambique devido a sua política de consideração pelo poder, incorrupção territorial e convivência pacífica, estabelece boas relações de amizade e cooperação com todos os estados membros da SADC Monié, (2019).

  1. O relacionamento de Moçambique com os países da África Austral

O trajecto recente da economia e da sociedade Moçambicana é muitas vezes exposta como um exemplo de urgência e de acontecimento no contexto actual. Moçambique, em grande parte destruído pela guerra de independência e um terrível conflito civil, incorporou-se a partir dos anos 1990, numa era de reedificação e modernização de sua base lucrativa e territorial Monié, (2019).

De acordo com Massangaie, (2018), a edificação dos grupos emancipados foi notável por um cenário internacional e internacionais, no contexto da Guerra Fria, havendo a necessidade de reedificação na maioria de alguns Estados, sobretudo aqueles que passaram por guerras civis. Tal padrão fica claro nos países da África Austral, com destaque para Moçambique e Angola.

o ambiente de confrontação que se vivia na África Austral contribuiu para a formação dos Estados da Linha da Frente, um fórum informal que passou a ser constituído por Angola, Botswana, Moçambique, Tanzânia e Zâmbia, bem como pelos movimentos de libertação da região nomeadamente o CNA[2] e o Congresso Pan-africanista (PAC), da África do Sul, e a SWAPO, da Namíbia Matusse (2009, p. 70).

Assim, o auxílio entre os movimentos de libertação da África Austral tinha sido começada nas bases recuadas na Tanzânia e, no caso do Zimbabué, a abertura, em 1968, da Frente de Tete pela FRELIMO[3] tinha autorizado o estabelecimento de bases da ZANU[4]. Para além do consolidação de cooperação entre estes movimentos de libertação, Moçambique passou a actuar mais próximo com os países que haviam actuado mais directamente no apoio à sua luta de independência, numa união informal que foi intitulada de Estados da linha da Frente Massangaie, (2018).

Chichango (2009) refere que a possibilidade da independência de Moçambique, em 1975, desatou a participação de alguns países que apoiaram a luta anticolonial pela independência em Moçambique. Nesta época, a área da África Austral ainda registava uma presença maciça de governos minoritários, nomeadamente na Rodésia, África do Sul e a Namíbia, ilegalmente ocupada pela África do Sul.

De salientar que os estados da África Austral necessitavam de ampliar sua autonomia de preferência pois havia necessidade de preferência de caminho de transportes e canais de ligações, de fontes de energia, de mercados e fornecedores, fontes de investimentos e parcerias empresariais.

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