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A Sociologia é a ciência que estuda os fatos sociais

Por:   •  15/7/2017  •  Resenha  •  1.475 Palavras (6 Páginas)  •  455 Visualizações

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Resumo – Prova de Introdução à Sociologia (03/07/2017)

Émile Durkheim

Para
Durkheim, Sociologia é a ciência que estuda os fatos sociais.

O que é um fato social?

- Émile Durkheim foi um grande pensador francês positivista que viveu durante a passagem do século XIV para o XX. Considerado um dos pais fundadores da Sociologia.
- Acreditava que a Sociologia podia ser estudada de forma objetiva e com neutralidade, consolidando assim a Sociologia como uma ciência.

As “regras” do método sociológico:

Como analisar os objetos de estudo de forma que a subjetividade não interfira nessa análise. (Valores, inclinações e paixões não interferem na análise dos elementos que compõem a totalidade da sociedade, se analisar esses elementos como
Fatos Sociais). Dessa forma, é possível analisar esses elementos como coisas, e conseguir a objetividade da ciência natural na sociologia.

Fato Social (Objeto de estudo dos sociólogos, deve ser usado com imparcialidade, objetividade e neutralidade): São elementos que constituem a realidade humana que são identificados por serem:

- Exteriores: Existem fora dos indivíduos. (Elementos que não pertencem aos indivíduos)
- Coercitivos: Exercem influência nos indivíduos. (Agir de uma maneira ou não.)
- Gerais: Servem para todo mundo da sociedade.

Solidariedade (Morfologia Social) Mecânica e Orgânica:

1) Mecânica: Sociedades ditas primitivas ou tradicionais. Os indivíduos que interagem entre si compartilham as mesmas noções e valores sociais. Essa correspondência de valores que irá assegurar a coesão social (Isso é mecânico pois os indivíduos já sabem como devem agir dentro da tradição. Não tem autonomia para fazer outras coisas). O que Simmel diria é que essa sociedade age de acordo com o coração. Nela, o mecanismo de coerção é imediato, violento e punitivo.
As funções dos indivíduos são semelhantes, não há divisão social trabalhista significativa. Sociedade economicamente simples e com pouca diferenciação social.

2) Orgânica: São as sociedades modernas ou complexas do ponto de vista da maior diferenciação individual e social. Os indivíduos não compartilham dos mesmos valores e crenças sociais. Os interesses individuais são bem distintos e a consciência de cada indivíduo é mais acentuada. Para Simmel, eles agem de acordo com o cérebro (atitude blasé). Nessa sociedade, a divisão trabalhista confere pluralidade aos papéis sociais, dando um grau maior de interdependência entre os indivíduos.
A coesão social é garantida através de códigos e regras de conduta que estabelecem direitos e deveres que são expressados em normas jurídicas.
Os mecanismos de coerção são formais, exercidos de forma mediada.

Sociedade para Durkheim:

-
Estudada por Fato Social: externo, coercitivo, geral
- Não tem luta de classes
- Modernidade se dá pela divisão do trabalho, o que gera separação entre sociedade mecânica e sociedade orgânica.

Sociedade anômica (não harmônica): sem lei e doente. Durkheim é holista (coletivista) e vê a sociedade como um todo, e não por indivíduos. Os organismos não tem autonomia.
As coisas que contribuem para a sociedade se reproduzir são anômicas e as que contribuem são normais.  


Max Weber

Ação Social: Qualquer ação de qualquer sujeito ou agente social, seja pessoa ou organização, com o sentido subjetivamente visado, ou seja, agindo com os interesses de outras pessoas.

Tipos de ação social:

1) Ação afetiva:
Guiada por afetos, desprovida de razão (pouca).
2) Ação tradicional: Os sentidos são guiados por tradições, costumes e leis não escritas.
3) Ação racional ligada a valores:  Uma ação que acontece com a pessoa racionalizando, mas não por vantagens.
4) Ação racional ligada a fins: Seu objetivo não é porque o agente acho que algo é certo/errado/justo, o agente apenas quer um fim vantajoso (interesses, dinheiro, poder).

Tipos ideais: Construções metodológicas abstratas que servem para compreender a realidade social.

Dominação (quando há legitimidade do que manda): Não é poder, é dar uma ordem e encontrar a possibilidade de obedecer. Tanto quem manda e quem obedece obtém suas vantagens, por isso existe essa relação.

Tipos de Dominação:

1) Dominação tradicional (hierarquias dadas desde sempre):
Dominações realizadas por senhores que já são legitimados pela tradição (líderes religiosos e tribais). Obedecem pelo costume, pois “sempre foi assim”.

2) Dominação  carismática: Habilidade suprapessoal. Uma pessoa que graças ao seu carisma mantém um grupo de dominados. Esse carisma, no entanto, deve ser continuamente reafirmado pelo líder, e as ações do líder devem ser reconhecidas como vindas de poderes “sobrenaturais”, que sejam benéficas ao grupo em que ele pertence.

Rotinização do carisma: Quando acaba-se o carisma, é necessário que ele seja rotinizado, pois o mesmo deve ser passado ao grupo ou para outra pessoa de fora que seja validada pelo grupo.

3) Dominação Racional-Legal: A forma mais bem acabada da dominação é a burocracia, especialmente a moderna.
A obediência não ocorre à pessoa do governante ou dominador, e sim por quem tem o poder dado pelo Estado de exercer violência legítima contra as pessoas que o Estado considera inimigas e protege (Exemplo: polícia).

-
Obedece a um direito: Ordens impessoais pautadas em regras abstratas que são legitimadas por lei, e o “senhor legal” ao mesmo tempo que ordena também obedece essas ordens.


Conceito de Tipo Ideal: (Ferramenta metodológica para auxiliar a compreensão da realidade social que o pesquisador escolheu por mais que tenha escolhido através de critérios pessoais)


Ferramenta metodológica:
Tipos de ação social e de dominação são operacionalizadas através de um tipo ideal.
- Não é uma hipótese, e sim uma forma de impor normas.

Observação de regularidades: Fenômenos se repetem de forma regular em várias sociedades ou no objeto que está sendo estudado. Essa busca de padrões é o que todos fazem (coeficiente mínimo de razão.)

Os tipos ideais não são fixos nem universais: Não é possível criar leis nem normais pois elas sempre mudam e nunca irão chegar no ideal, são feitas apenas para compreensão geral.

- A emoção não deve entrar na construção de um tipo ideal e sim a razão.


Norbert Elias

A Sociedade dos Indivíduos (1939)

- Sociedade é uma porção de pessoas juntas. Entretanto, as várias porções de pessoas formam sociedades diferentes. A mudança de uma forma de vida em comum para outra não foi planejada por nenhum desses indivíduos.

- A sociedade em que os humanos compõem em conjunto, não foi pretendida nem planejada por nenhum deles.

- A sociedade só existe por conta de seu grande número de pessoas, e as grandes transformações independem das intenções de qualquer pessoa em particular.

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