Antropologia Cultural

Antropologia Cultural

A palavra cultura muitas vezes é mal interpretada, sendo considerada somente o conjunto erudito ou mais refinado de saberes praticados pelas camadas dominantes da sociedade, mas essa concepção é um erro, cultura é tudo aquilo produzido pela inteligência humana.

Temos a cultura presente entre os homens desde o inicio dos tempos, sendo estes um vasto de material de estudo. Os campos arqueológicos nos trazem diversos achados que nos possibilitam entender um pouco mais esses povos, mesmo tanto depois.

A construção da cultura se dá por meio das experiências vividas e relações sociais entre os diversos grupos inseridos em determinada sociedade. Onde os costumes, mitos, religiões, sistemas, leis e saberes gerais se fundem e formam um produto novo que passa a marcar e diferenciar aquele grupo dos demais.

Em idos tempos, quando do descobrimento de novas terras, o etnocentrismo se fez presente com grande força, sendo considerado os povos de cultura mais tribal ou primitiva como sendo um povo aculturado, sendo utilizada muitas vezes a força para que estes aceitassem os costumes, religiões e língua do povo estrangeiro. Outras vezes, geralmente após estabelecimento nas novas terras, os nativos eram capturados e levados ao país dos exploradores e apresentado em grandes manifestações cênicas, como podemos citar a “Festa Brasileira em Rouen”, que com o objetivo de impressionar o Rei Henrique II e a Rainha Catarina de Médici, convencendo-os a investir nas expedições “ilegais” ao então Brasil colônia. Armadores e comerciantes da cidade, apresentaram uma estonteante celebração quando da visita real, em 1º de outubro de 1550. As margens do rio Sena foi montada uma maquete das nossas terras com arvores enfeitadas com flores e frutos brasileiros, animais como micos, saguis e papagaios e o mais impressionante, Tupinambás, desnudos e bronzeados trazidos de nossas terras que caçavam, pescavam, namoravam em redes, colhiam frutos das arvores e carregavam pau-brasil. O ápice da apresentação se deu com um ataque Tabajara, com direito a incêndios de ocas, canoas viradas e árvores derrubadas e batalhas simuladas, apesar de ferrenhas.

Vemos hoje ainda muito deste desrespeito, apresentando-se como não aceitação, ou diminuição da importância cultural de certos grupos monos abastados das sociedades, mas como o passar do tempo, foi-se entendendo a importância do conhecer e estudar outras culturas, sendo feita num primeiro momento com o antropólogo fora do campo de trabalho e em seguida com a inserção deste profissional no contato direto com os naturais daquela cultura.

Temos em nosso auxilio a antropologia cultual que nos ajuda a entender o homem e a sociedade, inseridos na sua cultura, tendo como uma das questões centrais a representação pela palavra ou pela imagem e sua criação reflete a reação contra a antiga noção de que existe oposição em cultura e natureza, demonstrando que todos os seres humanos tem a capacidade de classificar experiências, codificar classificações simbolicamente e transmitir abstrações.

Bibliografia:

• Material apresentado na sala de aula;

• Brasil: uma História. Cinco séculos de um país em construção. Eduardo Bueno -Editora Leya;

• Sítio