Análise Do Filme A Onda
Artigo: Análise Do Filme A Onda. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: saholliver • 11/7/2014 • 450 Palavras (2 Páginas) • 658 Visualizações
Análise do filme “A Onda”
O filme “A Onda”, dirigido por Dennis Gansel, é um longa-metragem alemão que foi lançado em 2008. O enredo do filme se baseia na experiência do professor Rainer, que aplicou alguns dos parâmetros praticados nos governos nazista e fascista para então testar a eficiência dessas práticas em um grupo de alunos. Esse experimento mostrado no filme foi baseado num fato real, que ocorreu na Califórnia, sob o comando do professor Ron Jones, que procurou mostrar como uma ditadura nazista poderia se instaurar mesmo nos tempos atuais.
O filme se desenrola mostrando primeiramente os pontos positivos de um poder autocrático que inclui: maior obediência e respeito, melhora na postura, formulação de sentenças coesas e a oportunidade de cada aluno ser ouvido individualmente. Desde o início, existe a aluna Mona que é contra essa experiência e posteriormente, ela se torna parte da oposição à Onda, junto com Karo.
É interessante resaltar como o grupo “A Onda” junta os indivíduos que se sentem excluídos, formando todos os participantes uma única rede de cooperação. O grupo cria um símbolo, começa a usar uniforme e todas as transformações são encaradas até então com ingenuidade pelo professor Wenger, que não percebe que os alunos, depois da entrada repentina de Kevin, começam a tratar a Onda como algo muito sério e vandalizam algumas partes da cidade. É possível notar que durante o processo, Tim se torna um adepto bastante alienado que segue as ordens à risca e não percebe como está sendo manipulado, mesmo que indiretamente e então, picha um símbolo enorme da Onda numa construção. Nessa parte do filme é que o espectador percebe de verdade, o problema que o grupo pode vir a se tornar. Eles começam a segregar pessoas e só permitem entrar em suas festas e eventos se forem adeptos ou simpatizantes do movimento, gerando o fenômeno da intolerância. A personagem Karo é de extrema importância para que possamos perceber essa mudança.
O filme certamente é uma total analogia ao que Hitler fez com o povo alemão, induzindo-os com pensamentos e ideologias maléficas, manipulando massas para satisfazer seus desejos. É notável que esse momento da história alemã traz sentimento de culpa, mesmo para aqueles que não a viveram, demonstrado no início do filme, onde alguns alunos não queriam debater nazismo no curso.
Os principais termos utilizados e debatidos no longa são: disciplina, controle, autoridade, força da comunidade, força pela ação, nacionalismo, descontentamento, alienação e intolerância.
O filme é recomendado para o entendimento de como manipulação pode gerar tragédias e a cena final onde o professor desmistifica o movimento e põe um fim nele é bastante forte, mostrando o trauma que uma simples ideia inocente pôde causar, tanto nos alunos quanto no próprio Rainer.
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