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Barão Mauá

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Por:   •  16/12/2014  •  374 Palavras (2 Páginas)  •  325 Visualizações

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Nasce o revolucionário

Em 1839, Irineu estava bem de vida. Tinha uma empresa de comércio internacional na mão, acesso a capital estrangeiro e chamou sua mãe e irmã para morar com ele.

Nesta ocasião ele poderia fazer o que toda a família de bem brasileira fazia: investir seu excedente em escravos. Mas não. Preferiu ajudar os revolucionários malucos do sul que queriam criar o "Pampa meu país" (um erro, do ponto de vista político) e comprar uma passagem para conhecer o berço da Revolução Industrial, o Reino Unido.

Na Inglaterra, conheceu o poder alucinante das máquinas. Ferrovias transportavam bens e pessoas de um lado para outro com velocidade e um sistema bancário sólido provia crédito para pessoas interessadas em fazer a economia crescer. Tanto melhor se no caminho estas mesmas pessoas ficassem acidentalmente ricas.

Na volta ao Brasil, percebe que uma mudança na tarifação de importação acabaria com seu negócio de comércio internacional, decide liquidar o negócio de Carruthers e comprar um estaleiro. Ali ele monta sua primeira indústria, a Pontal de Areia. Dela sairia boa parte da frota naval imperial daquela época, além de badulaques fundidos de todo o tipo como postes, engenhos e ferramentas. No entanto, ela não era algo que nós seres do XXI século reconheceríamos como uma fábrica, mas sim uma série de oficinas mais dependentes da habilidade dos trabalhadores, em boa parte escravos, do que da eficiência de máquinas.

Vale lembrar que Irineu era um negociante, não um engenheiro. Por ser bem relacionado, conseguiu algumas vantagens imperiais, o que não quer dizer muito, já que na época quem não tivesse algum favor imperial ia à falência mais rápido do que se diz "Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga".

O que sabemos é que o patrimônio do rapaz multiplicou-se rapidamente. Alguns anos depois Irineu começou a se aventurar em empreendimentos cada vez mais audaciosos, como a instalação de iluminação pública no Rio de Janeiro, a primeira companhia de navegação do Amazonas e a primeira estrada de ferro do Brasil, entre o porto de Mauá, na Baía de Guanabara, e o pé da serra de Petrópolis. Esta última proeza lhe rendeu o título de Barão.

Aliás, diziam as más línguas que "onde está o Barão, mal há".

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