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CLÁSSICOS DA POLÍTICA

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Por:   •  22/11/2013  •  5.048 Palavras (21 Páginas)  •  250 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O livro “Clássicos da Política” reúne personagens que acompanham a formação do Estado Moderno, processo que durou séculos na história europeia.

Contêm textos fundamentais para a compreensão do pensamento de Maquiavel e de sua dura visão sobre o poder, no século XVI: Hobbes e Locke, testemunhas da Inglaterra conturbada e revolucionária do século XVII; de Montesquieu, admirador da Política Liberal Inglesa sob o absolutismo francês do século XVII; de Rousseau, precursor do pensamento democrático moderno e inspirador dos ideais da Revolução Francesa.

Maquiavel- Percepção do Autor

As obras de Maquiavel são muitos usadas até os dias de hoje, os termos “maquiavélico” e “maquiavelismo” são adjetivos e substantivos usados tanto em discursos políticos quanto no dia-a-dia, seja nas lutas políticas, como nas desavenças cotidianas.

O maquiavelismo serve a todos os ódios, metamorfoseia-se de acordo com os acontecimentos. É uma forma de desiquilibrar o inimigo, apresentando-se como encarnação do mal, personificação da imoralidade, o anti maquiavelismo tornou- se mais forte que Maquiavel.

O que ocorre é que muitas vezes Maquiavel foi mal interpretado, ora apresentado como mestre do mal, ora como conselheiro que alerta os dominados contra a tirania.

Minha percepção sobre Maquiavel

Maquiavel (Itália 1469-1527), procurava fundamentar uma filosofia política tendo em vista a dominação dos homens, pretendia que essa forma de conhecimento fosse aplicada a Ciência Política como era as Ciências Naturais.

O problema para Maquiavel, entretanto era saber a quem serve a Ciência Política e o que fazer para manter-se no poder, apesar de defensor da Burguesia, ele tende ora para a República, ora para a Monarquia.

Lançou mão de dois conceitos chaves: virtù e fortuna. Este diz respeito à grande maioria dos homens, é a sorte, o destino a que estão determinados e aquele é a excelência dos homens tem de previsão, capazes de fazer de tudo para manter-se no poder o maior tempo possível, como matar, roubar, mentir sem nenhum escrúpulo.

A obra de Maquiavel causa tal constrangimento que outros cientistas naturais não causam, ainda que seja usada por todos os políticos de todos os tempos. Por causa disso o adjetivo “maquiavélico” significa que “os fins justificam os meios”, ou seja, para se alcançar um objetivo (nesse caso o poder e sua manutenção) vale utilizar-se de qualquer método, por isso o maquiavelismo está associado a ideia de perfídia, a um procedimento astucioso, velhaco, traiçoeiro.

Nicolau Maquiavel:

o cidadão sem fortuna, um intelectual de virtù

Maria Teresa Sadek

Sobre o termo “maquiavélico”

“Ideia de perfídia, a um procedimento astucioso, velhaco, traiçoeiro” (p.13)

Associação com o protestantismo.

Contexto histórico

Itália (séc.XV e XVI)

“A península era então constituída por uma série de pequenos estados, com regimes políticos, desenvolvimento econômico e cultura variados. Tratava-se, a rigor, de um verdadeiro mosaico, sujeito a conflitos contínuos e alvo de constantes invasões por parte de estrangeiros”. (p.14)

Relação de Maquiavel com o governo

1498 – ocupou a segunda Chancelaria, posição de considerável responsabilidade na administração do Estado.

1512-1513: instabilidade do governo (grupos no poder) / prisão, tortura e exílio de Maquiavel / Início dos estudos.

Principais obras:

O príncipe; Os discursos sobre a primeira década de Tito Lívio; A arte da Guerra; e a História de Florenço.

Rejeita a tradição idealista/ “põe fim a ideia de uma ordem natural e eterna, seu ponto de partida é a realidade concreta” (p.17-18)

Estado como central nas obras de Maquiavel: ordem e estabilidade.

Política como “resultado de feixes de forças”: “o mundo da política não leva ao céu, mas sua ausência é o pior dos infernos”. (p.18)

Temas vitais para compreensão do pensamento de Maquiavel

Natureza humana e História

“Os homens são ingratos, volúveis, simuladores, covardes ante os perigos, ávidos de lucro.” (p.19);

Atributos negativos;

Conflitos e anarquia: “desdobramentos das paixões e instintos malévolos” (p.19);

História cíclica: “repete-se indefinidamente, já que não há meios absolutos para ‘domesticar’ a natureza humana” (p.20)

Poder político: “tem, pois, uma origem mundana. Nasce da própria ‘malignidade’ que é intrínseca à natureza humana.” (p.20)

Anarquia x Principado e República:

“À desordem proveniente da imutável natureza humana, Maquiavel acresce um importante fator social de instabilidade: a presença inevitável, em todas as sociedades, de duas forças opostas, uma das quais provém de não desejar o povo ser dominado nem oprimido pelas grandes, e a outra de quererem os grandes dominar e oprimir o povo (...) o problema político é então encontrar mecanismos que imponham a estabilidade das relações, que sustentem uma determinada correlações de força” (p.20)

Principado e República: respostas à anarquia decorrentes da natureza humana.

Nação ameaçada de deterioração → governo forte →construção de instrumentos de poder para instaurar a ordem → príncipe (homem virtuoso)como agente de transição.

Sociedade em equilíbrio → povo virtuoso →instituições estáveis → conflitos são sinais de cidadania ativa →república

Virtùversus fortuna

Crítica a predestinação: “a atividade política era uma prática do

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