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CONSTRUTIVISMO E A CRÍTICA DO REALISMO - KRATOCHWIL

Por:   •  25/11/2015  •  Resenha  •  954 Palavras (4 Páginas)  •  405 Visualizações

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O objetivo deste artigo foi o de fornecer uma crítica à teoria neorrealista de política internacional e avançar a um quadro alternativo para a análise da prática política internacional.

Sugeriu uma abordagem alternativa para a análise da mudança no sistema internacional, procedendo tanto historicamente como analiticamente.

A mudança fundamental ocasionada pela perestroika, à dissolução do bloco da União Soviética, a reunificação da Alemanha e o fim da "Guerra Fria" tornou-se um teste crucial para a explicação da mudança fornecida pelo paradigma estabelecido pela política internacional, neo-realista. Em três aspectos esta abordagem foi constrangida:

Primeiro, acostumados a explicar às mudanças em termos de padrões de crescimento ou mudança na distribuição de recursos, o neo-realismo teve de lidar com o fato de que as mudanças radicais de 1989-1990, não foram o resultado de tais redistribuições. A capacidade militar soviética manteve-se praticamente a mesma do ano anterior e após a queda do Muro de Berlim. Além disso, essas mudanças ocorreram de forma bastante inesperada, ou seja, sem a eclosão de guerra hegemônica.

Em segundo lugar, o Neorrealismo não tinha aparato conceitual para a compreensão da natureza, do alcance e do sentido da mudança. Os movimentos de massa trouxeram mudanças radicais através de uma nova concepção de poder, enquanto a realização de "impotência" dos principais estratos apontou para uma crise no "poder". O neorrealismo como uma teoria do poder, por incrível que pareça, não tinha como compreender o fenômeno. Indicou que o alojamento internacional, se fosse para acontecer, aconteceria exatamente dessa forma, ou seja, por meio de mudança interna fundamental.

Isto conduz a um terceiro paradoxo, os expoentes acadêmicos de "realismo" se orgulhavam de proporcionar uma maior precisão, uma profundidade e, sobretudo, respeito científico, ao distorcido realismo praticado ou pregado por meros teólogos, ou historiadores. Mas, apesar do fato de que os praticantes realistas de tempos passados tinham claramente identificado as ligações entre mudança nacional e internacional, mais acadêmicos realistas haviam cortado algumas das idéias realistas mais importantes como uma prática que tinham a oferecer.

Neste artigo defendeu que é errada, em primeiro lugar, a tentativa de transformar o realismo de uma "teoria" científica para um método "científico", e que passa longe de explicar os três paradoxos. Práticas políticas que representem conceitualmente problemas difíceis para a construção de teoria ou são "resolvidos" por analogias erradas, tais como a comparação do poder e dinheiro por causa da convergência metodológica, ou ainda são tratados como “suposição”. O resultado é previsível. Neorrealistas estão cada vez mais engajados em uma preocupação platônica como (a anarquia, a lei de crescimento desigual). O imutável ou a natureza cíclica da política internacional substituída para a investigação dos processos do real e das decisões. Setores inteiros da realidade internacional tornaram-se marginalizados, tais como a quantidade considerável de cooperação, a importância das convenções comuns para

sustentar os sistemas internacionais, e as ligações entre ordem doméstica e esforços de interações de institucionalização internacionais.

Em segundo lugar, defendeu que a preocupação com o método e o caráter científico do estudo da política reforça muitas das patologias que são prováveis de ocorrer quando abandonam os padrões tradicionais da crítica. A política "ciência" como uma disciplina é, por conseguinte, na posição de medida não viável até os padrões da ciência na produção de conhecimento justificável, tendo ao mesmo tempo perdido a sua dimensão crítica através da ensconcing de ortodoxias baseada num ideal equivocado. De acordo com a concepção de um "mercado de idéias" bons argumentos ganham por persuasão, se não

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