Ciência Política - Os Grupos De Pressão E A Tecnocracia
Exames: Ciência Política - Os Grupos De Pressão E A Tecnocracia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: paulinhasseixas • 28/11/2013 • 1.100 Palavras (5 Páginas) • 1.965 Visualizações
BONAVIDES, PAULO. Os grupos de pressão e a tecnocracia. Ciência Política. Brasília: Ed. Malheiros Editores, capítulo 27, p. 426 - 447.
Os grupos de pressão são caracterizados como organizações de classes intermediárias entre o indivíduo e o Estado, onde possui um interesse que se torna politicamente relevante. Segundo Sanchez Agesta e M. André Mathiot, os grupos de pressão são forças sociais, econômicas e espirituais da nação atuantes de forma organizada. Porém ambos de equivocam aplicando-se um conceito aos grupos de interesse que derivam dos grupos de pressão. Sua definição é dada pelo exercício de influência sobre o poder político para obtenção de uma determinada medida de governo que lhe favoreça interesses, ou seja, eles procuram fazer com que as decisões dos poderes públicos sejam dadas conforme seus interesses.
Burdeau afirma que os grupos de pressão sempre existiram, mas com a diferença de ontem serem considerados “parasitas” e hoje “o próprio poder” tornando-se influentes com o tempo, podendo assim exercer o poder do povo.
Há vinte anos era os grupos de pressão era tema de escassa bibliografia, ao começo da década de 60, vieram com o objetivo de ofuscar o sistema partidário e o movimento sindical, travando batalhas competitivas de acordo com as decisões políticas tomadas pelo governo. Hoje se tornaram de extrema importância, pois cresceram de uma forma que podemos afirmar que são parte da Constituição viva ou material e parte dos partidos políticos. Uma análise feita dos grupos leva em consideração sua influência de exercer sobre as organizações partidárias e o corpo de cidadãos durante as eleições, como o ramo do poder estatal (executivo, legislativo e judiciário).
O que os grupos de pressão e os partidos têm em comum a forma e constituírem categorias interpostas entre o cidadão e o Estado. Os interesses de seus membros vão à busca de uma decisão política favorável. Suas diferenças são que o partido procura conquistar o poder e seus objetivos políticos, sua perspectiva política é global, é direcionado para o interesse geral e generaliza os particularismos. Já o grupo de pressão atua apenas sobre o poder com a intenção de atender seus interesses, sua perspectiva política é parcial e o interesse particular de seus membros tem que se impor ou coincidir com a decisão tomada pela política.
Segundo Krueger “é de se ressaltar que os partidos constituem um tema da Teoria do Estado onde a entrada dos grupos de pressão é dada por sua ação específica logrando uma significação positiva ou negativa para coletividade.”. Sendo esses os aspectos mais importantes que permitem distinguir o partido político e o grupo de pressão, introduz na ordem constitucional um novo elemento de poder no Estado contemporâneo, que são o que as facções foram em épocas menos recentes: poderosas condensações de interesses particulares e egoístas, em disputa com os interesses gerais.
O poder de um grupo mede-se por tamanha eficiência e organização com que emprega os seus instrumentos de ação, seja pela qualidade e quantidade de membros. Porém a quantidade é eficaz se tiver liderança e disciplina, sem tais requisitos os grupos numerosos se tornam mais vulneráveis com maior probabilidade a cair em impotência e frustação. A organização dos grupos pode ser classificada como, primeiramente, patronais e obreiras (relacionadas a patrão e trabalhador), as entidades rurais (associações médicas, ordem dos advogados, clubes de engenharia, etc.), secundariamente, filantrópicas (a par de associações com elevada dosagem ideológica). Os grupos de pressão nos Estados Unidos, chamados lobbies se cristalizaram em escritórios autênticos instalados com sua atividade regulamentada por lei.
Os grupos de pressão aperfeiçoaram uma técnica de ação que vai da persuasão até a corrupção, podendo até, se necessário, utilizar o suborno e a intimidação. Era comum eles tentarem dobrar a opinião ou fazer uma lavagem cerebral empregando instrumentos de comunicação (rádio, imprensa, televisão, propagandas, etc.).
O lobbyist era o agente parlamentar do grupo que procurava convencer o deputado oferecendo-lhe farto material demonstrativo com matéria de grande interesse público, argumentos para debates ou justificações de voto e isso o ajudaria a ter futuro na
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