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Comparação - Theory Bourdieu VS Documentário "Pro dia nascer feliz"

Seminário: Comparação - Theory Bourdieu VS Documentário "Pro dia nascer feliz". Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  13/6/2014  •  Seminário  •  981 Palavras (4 Páginas)  •  624 Visualizações

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Curso: Música Integral – 3º Período

Disciplina: Sociologia da Educação

Professora: Jaqueline Grammont

Aluno: Gleidson Jordan dos Santos - Matrícula: 0917513-0

Comparação – Teoria de Bourdieu VS. Documentário “Pro dia nascer feliz”.

O sociólogo francês Pierre Félix Bourdieu nasceu em 1930 no vilarejo de Denguin, no sudoeste da França; morreu na noite do dia 23 de Janeiro, num hospital de Paris, em consequência de um cancro, aos 71 anos de idade. A educação, a cultura, a literatura e a arte foram os seus primeiros objetos de estudo. De origem campesina, filósofo de formação, chegou a docente na École de Sociologie du Collège de France, instituição que o consagrou como um dos maiores intelectuais de seu tempo. Desenvolveu, ao longo de sua vida, mais de 300 trabalhos abordando a questão da dominação e é, sem dúvida, um dos autores mais lidos, em todo o mundo, nos campos da Antropologia e Sociologia, cuja contribuição alcança as mais variadas áreas do conhecimento humano, discutindo em sua obra temas como educação, cultura, literatura, arte, mídia, lingüística e política.

Em “A escola conservadora: as desigualdades frente à escola e à cultura”, o sociólogo francês analisa a escola contemporânea, concluindo que as instituições de ensino são, de fato, instituições conservadoras, que produzem e reproduzem os valores e a cultura específicos da classe dominante, favorecendo, desta forma, àqueles que já possuem, fora da escola, a cultura dominante, ou seja, favorece a própria classe dominante.

Segundo Bourdieu a violência simbólica é uma forma de violência não percebida nem pelo agressor nem pelo agredido, e ambos a tomam como um fato externo, natural, sem relação com qualquer sistema, e, por fim, evidente e inquestionável, e por isso permanece. No caso da escola, a violência simbólica está em valorizar e exigir uma cultura arbitrária e específica e torná-la universal, ferindo as demais culturas correspondentes às demais classes, e excluindo-as do saber a ser desejado, aprovado e legitimado. Com isso, na prática, o aluno com êxito e o aluno frustrado, por causa da violência simbólica não percebida, atribuem a si mesmos o sucesso e o fracasso escolar, não conseguindo identificar as verdadeiras relações que permeiam os sistemas de ensino.

O documentário “Pro dia nascer feliz”, sintetiza a realidade de cinco escolas brasileiras, abordando a diferença entre atendimento público e privado. Este filme também apresenta as diferenças, sociais, regionais e culturais de cada uma delas. Ele nos esfrega na cara uma de nossas maiores tragédias sociais: o abandono e o congelamento da educação. Um filme duro que mostra através do depoimento de professores e alunos um retrato da inviabilidade de nosso país. Um país que ainda tem muita fome. Além de uma gritante desigualdade de oportunidades o filme reforça o que não é novidade: a escola pública esta desacreditada e não cumpre mais a sua função. Algumas escolas que foram o foco das filmagens revelaram total despreparo das autoridades públicas em dignificar o papel do professor, bem como oferecer para os alunos acessos as informações de qualidade.

O documentário trás situações que destacam contrastes: em um caso um aluno de escola pública de periferia é aprovado através do conselho de classe, mesmo não atingindo a média em três disciplinas; enquanto em outra uma aluna de escola privada de São Paulo, precisa estudar duas semanas para realizar a recuperação de uma disciplina. Para Bourdieu a dinâmica da reprodução social está centrada no processo de reprodução cultural.

O drama vivido nestas escolas que alimentam os sonhos e fantasias de muitos alunos que tem vontade e sensibilidade para transformar e transformar-se terminam por aderir ao sistema da passividade e efetivamente aprendem

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