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Crise Chinesa

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Por:   •  3/10/2014  •  Tese  •  801 Palavras (4 Páginas)  •  196 Visualizações

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CHINA

A China seguiu a estratégia de desenvolvimento asiática que teve como pioneiro o Japão, dos anos 50 aos 80, e depois as economias dos chamados "tigres asiáticos": Taiwan, Coreia do Sul, Hong Kong e Cingapura. Para a China, investimento significa aumentar a capacidade produtiva do país. E por capacidade produtiva pode-se entender: educar a população, construir indústrias e, acima de tudo, construir novas cidades, estradas, ferrovias, usinas de energia e portos, por exemplo. Esta estratégia de desenvolvimento também envolve grande dependência das exportações, que ajudam o país a aumentar suas reservas de moedas estrangeiras necessárias para importar materiais brutos e também tecnologia estrangeira.

A base do modelo econômico chinês tem sido a excessiva dependência do investimento e das exportações, apoiados por taxas de juros artificialmente baixas. O alto investimento do regime chinês e de investidores estrangeiros em infraestrutura e capacidade de produção tem sido um dos principais motores do crescimento do produto interno bruto (PIB) da China. Impressionantes conquistas econômicas foram conseguidas por causa de uma série de fatores favoráveis internos e externos. Os fatores internos incluem: vantagens competitivas da China de mão de obra barata, baixos custos de produção impulsionados pelos governos locais e baixos custos ambientais e de recursos. Além disso, contaram com uma condição externa indispensável, uma expansão agressiva no sistema econômico global.

Porém baixas taxas de juros, alto custo de vida para o povo e o controle dos recursos pelas indústrias vinculadas ao Estado significam que a média das famílias chinesas tem pouco poder de compra. Isso mostra que o modelo econômico que a China tem dependido por um longo tempo não tem funcionado mais. Mais investimentos estão tendo menos retorno e em muitos casos simplesmente destroem riquezas.

A ausência de reformas significativas, ou seja, sem uma transformação fundamental do modelo de crescimento econômico do país, o sistema implodirá.

BRASIL

O cenário econômico atual do Brasil é de recessão, com crescimento negativo, a inflação quase no limite máximo definido pelo Banco Central e as despesas do governo em níveis elevados devido aos estímulos oferecidos para incentivar a produção. O governo vincula a atual desaceleração do país à crise que ainda afeta algumas das principais economias mundiais. Mas com uma desaceleração muito maior que a de outros países latino-americanos e com a economia já retomando o crescimento nos países desenvolvidos, não se pode atribuir o momento ruim do Brasil à crise internacional. A crise internacional tem sua parcela de culpa, mas se tornou um álibi do governo para explicar a letargia da economia.

Uma das hipóteses é de um suposto abandono do chamado "tripé" macroeconômico (política que combina metas fiscais, metas de inflação e câmbio flutuante) por parte do governo, teria contribuido para a desaceleração.

A baixa produtividade e competitividade, aliadas a deficiências de infraestrutura, constituem alguns dos principais empecilhos para um crescimento mais robusto. Sem estradas de boa qualidade e uma baixa produtividade

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