EN: uma campanha sistemática de falsidade e desinformação
Relatório de pesquisa: EN: uma campanha sistemática de falsidade e desinformação. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: duda2609 • 28/8/2014 • Relatório de pesquisa • 4.658 Palavras (19 Páginas) • 176 Visualizações
Data: 12 08 2014
Fonte: Veja
PT: campanha sistemática de inverdades e desinformação
Dilma ao lado de um típico inocente útil que endossa suas mentiras
Mitomania. Tremenda cara de pau. São as coisas que vêm à mente ao ler sobre o discurso da presidente Dilma a um grupo de estudantes ligados ao PCdoB. A capacidade que os petistas têm de inverter tudo, absolutamente tudo, é realmente impressionante. Se uma coisa é A, o PT vai lá e diz que é não-A, na maior tranquilidade, e fica por isso mesmo. Joga para o colo dos outros aquilo que é sua própria culpa. Deve ser isso que a presidente chamou de “fazer o diabo” para vencer.
Incapaz de insistir em um discurso de “herança maldita” após 12 anos no poder, Dilma resgata o clima de crise da era FHC para acusar o PSDB de ter quebrado o país três vezes, e de jogar o Brasil em uma crise mais grave do que a Argentina hoje – isso lembrando que a inflação na Argentina de Krichner, camarada de Dilma, está acima de 30%, enquanto o governo quebrou o termômetro e finge que está em 10%. Eis o show da mentira:
A situação que hoje nos jornais ficam falando na Argentina, a situação, naquele momento, era mais grave. A Argentina deposita os pagamentos (da dívida), mas está sendo objeto de uma coisa terrível, que são os fundos abutres. O governo ralou muito para poder sair da situação em que nos encontrávamos. Mas nós conseguimos. E, a partir do segundo governo Lula, fizemos um grande processo de desenvolvimento.
A Argentina vive uma grande crise, cujo problema com os “abutres” é apenas a ponta do iceberg. O governo do PT não ralou nada para nos tirar da situação que nos encontrávamos; pegou os ventos mais favoráveis das últimas décadas para países emergentes. Nunca antes na história deste país tivemos um ambiente externo tão propício a nossa economia, a ponto de Dilma reclamar do “tsunami monetário”, ou seja, do fluxo de divisas para países mais pobres, e mesmo assim não temos mais crescimento, mas temos alta inflação. O Brasil perdeu mais uma imensa oportunidade de avançar, tudo “mérito” do PT.
Dilma chama de desenvolvimento um crescimento que nem deve chegar a 0,8% esse ano, apesar de uma inflação de 6,5%, mesmo com vários preços represados? É isso que ela entende por desenvolvimento? Deve achar a Argentina bastante desenvolvida então, o que explica muita coisa. A Venezuela, então, deve ser o ápice do desenvolvimento, segundo a “lógica” de nossa “presidenta”. Ainda chegaremos lá!
Eis o que o leitor precisa entender: FHC enfrentou a pior crise de países emergentes da história, com as crises asiática e russa em 1997 e 1998, respectivamente. Já o PT enfrentou a crise de 2008, que teve como epicentro os países desenvolvidos, não os emergentes. A reação dos países ricos foi inundar o mundo com liquidez, com dólares, ienes e euros, o que foi positivo para os países em desenvolvimento. Tanto é verdade que todos, quase sem exceção, crescem bem mais do que a gente, com menos inflação. A “crise” enfrentada pelo PT foi uma bênção, uma loteria que ganhou – e desperdiçou.
Quando o PT fala dos dados de 2002 para incriminar os tucanos, ignora que foi o grande responsável por eles. Não só o partido foi contra todas as reformas importantes, tais como a Lei de Responsabilidade Fiscal, as privatizações e as metas de inflação com banco central com autonomia operacional, como o próprio “risco PT” fez os investidores morrerem de medo e reagirem. Como explica Paulo Roberto de Almeida em Nunca antes na diplomacia…:
A personalidade fortemente egocêntrica de Lula e seu espirito vingativo contra aquele que o tinha derrotado duas vezes no primeiro turno das eleições de 1994 e 1998 redundaram, desde o primeiro dia do governo Lula, numa tese politicamente falsa, intelectualmente desonesta e manifestamente rancorosa: a “herança maldita” – ou seja, a situação de instabilidade, de aumento do risco Brasil, de aceleração da inflação, de desvalorização inédita da moeda, enfim, tudo aquilo que tinha sido justamente provocado pela campanha eleitoral viciosa de Lula e do PT.
A “Carta ao Povo Brasileiro” que Lula precisou endossar prova isso: os problemas começaram pelo medo que todos tinham do próprio PT. Mas o partido, de forma desonesta, culpa a herança de FHC, que no fundo não foi maldita, e sim benigna, ao deixar o “tripé macroeconômico” que foi mantido, inclusive, por Lula no primeiro mandato. Hoje o tripé foi abandonado, e por isso mesmo estamos nessa crise de estagflação, causada pelo governo Dilma.
A candidata Dilma prefere partir para o ataque mentiroso, e ainda o faz acusando a oposição de uma “campanha sistemática de inverdades e desinformação”. É um ataque proferido diante de um espelho! Dilma nega qualquer crise, ou seja, nega o que qualquer pessoa sabe: paramos de crescer e temos inflação muito elevada. Até a destruição de valor da Petrobras foi minimizada pela presidente, que afirmou que as quedas das ações não durarão, acusando, portanto, de idiotas os milhares de investidores que se recusam a pagar para cima justamente porque sabem dos enormes problemas na estatal.
Eis o grau de cara de pau da presidente:
Sistematicamente, eles dizem que vai haver um tarifaço. Da onde tiraram que vai ter um tarifaço? É uma teoria que tem um absoluto descompromisso com os interesses nacionais. Depois, disseram que a inflação ia fugir do controle. Não saiu do controle. Inventaram a inflação do tomate. O tomate caiu e ninguém toma a providência de dizer que ele não ocorreu e ir lá se desculpar. Não têm o menor compromisso com a verdade.
O “tarifaço” já é uma realidade! Alguns estados estão tendo reajuste de até 25% nas tarifas de eletricidade, e vem mais por aí! Tudo por conta do intervencionismo desastroso do governo Dilma no setor. A inflação, como já disse, roda a 6,5% mesmo sem crescimento algum e com vários preços represados. Tomates? Isso foi uma piada da presidente? Pois não teve a menor graça. A inflação é generalizada, o índice de difusão é enorme, ou seja, tudo que é preço sobe, especialmente no setor de serviços. Quem não tem compromisso com a verdade?
Dilma disse que a crise não é estrutural, e sim internacional. Esqueceu de mencionar para os alunos esquerdistas que o Chile, o Peru, o México e a Colômbia, só para ficar na América Latina e não usar os asiáticos, que seria muita covardia, crescem bem mais que o Brasil, e com bem menos inflação. Crise internacional? Culpa das estrelas? Dos gringos de olhos azuis? Dos tucanos? Dos neoliberais? Da direita?
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