Fichamento: Realismo

O realismo é visão criada para definir a relação entre os estado de maneira que a razão predomine. Caracteriza-se pelo resgate dos autores clássicos como Maquiavel, que defende a moral, o equilíbrio de poder e a sobrevivência do Estado, Tucídides, que diz que o medo leva o homem a conflitar e Hobbes, que mostra que o homem vive em um estado de natureza. Suas principais premissas são: A centralidade do Estado, o poder que o Estado possui para garantir sua sobrevivência, que é o objetivo central, auto-ajuda, na qual o Estado age de modo independente e de acordo com seus interesses e consequentemente anarquia internacional, que é definida como a falta de um poder central entre os Estados.

O realismo possui duas principais características: 1) uma visão pessimista do mundo e consideração definitiva da natureza humana como ruim, 2) O estado é visto como uma caixa preta, na qual o que ocorre dentro do Estado não pode ser considerado analisável nas RI. Enfatiza os ganhos relativos, isto é, quanto o Estado ganha em relação aos demais Estados e os acontecimentos no Sistema Internacional.

O estado é considerado o ator central nas RI e possui duas funções principais: Manter a segurança dos cidadãos em relação as agressões externas e manter a paz dentro de suas fronteiras. O estado age de forma unitária e racional, ou seja, em defesa do interesse nacional. Possui uma dupla realidade: No plano interno, onde possui soberania e autoridade para impor decisões, e no plano externo, onde não possui qualquer autoridade para impor decisões e sua única função é a defesa do interesse nacional.

A anarquia é definida como a ausência de uma autoridade superior. Suas consequências são a sobrevivência como principal objetivo, a segurança como um jogo de soma zero, na qual o Estado só pode atingi-la de acordo com a falta de segurança de outro Estado e a auto-ajuda, onde um estado não pode contar com outro para defender a sua sobrevivência.

O poder que o estado detém gira em torno da sua economia, tecnologia, poder militar e sua influenciar no SI. Ligado ao poder temos a balança de poder, onde nenhum estado possui um poder central, e sim igualado.

Durante os anos de formação das RI, ocorreu debates de Realistas X Liberais. Os principais autores realistas são Carr e Morgenthau. Morgenthau estabeleceu seis princípios básicos para a analise das RI:

1. A política é governada por leis objetivas que refletem a natureza humana. Para analisar a política é necessário referir-se a natureza humana, ao que é mais profundo e imutável no ser humano.

2. Todos os estados possuem o poder como objetivo em comum, portanto os interesses são definidos em termos de poder.

3. O poder é universalmente definido, porém varia no contexto e lugar aonde é exercido.

4. A moralidade deve ocorrer de acordo com os interesses políticos. O limite dos princípios morais é a prudência.

5. Os princípios morais não são universais, ou seja, o que é moral em um Estado não é necessariamente em outro.

6. A esfera política é autônoma em relação às demais esferas (política, jurídica, religiosa), pois estuda fenômenos específicos.

Segundo Morgenthau, a política visa três objetivo: