Fundamentos Do Comercio Externior

ÁFRICA DO SUL

Introdução

A região do território atual da África do Sul recebeu a colonização do povo Khoisan que eram caçadores e coletores. Entre os séculos I e V, os povos Khoisan que habitavam a região deste a Pré-História foram conquistados pelo povo Bantu que dominam o território. Entre os séculos IX e XIV desenvolve-se na região o Império Mapungubwe.

Em meados do ano de 1488, o navegador português Bartolomeu Dias passa pelo Cabo da Boa Esperança e passa a usar a Ilha Robben como feitoria para o caminho das Índias. Após essa pequena tentativa de colonização, no ano de 1652, Jan van Riebeeck, administrador holandês da Companhia Holandesa das Índias Orientais cria a Colônia Holandesa do Cabo, sendo somente ocupada pelos ingleses, após Napoleão ter conquistado províncias holandesas em meados do ano de 1795.

Em 1899 até 1902 ocorreu a Guerra dos Boers em que os ingleses, interessados nas minas de diamante da região, enfrentam colonos holandeses e franceses da região. Vencedores, os ingleses passam a dominar grande parte da região.

Já no século XX, os ingleses fundam a União da África do Sul como domínio do Império Britânico. Tornam a língua inglesa em oficial da região e os negros ficam sem direitos políticos e sociais. Foi também criada a estrutura política, social e econômica do Apartheid (sistema legalizado que discriminava racialmente os negros e garantia o domínio da minoria branca na região). Após a União da África do Sul conquistar a independência da Inglaterra, forma-se a República da África do Sul e com o fim do

apartheid com eleições livres em 27 de abril. Nelson Mandela é eleito presidente da África do Sul.

No século XXI, um dos maiores eventos esportivos do mundo foi realizado na África do Sul: a Copa do Mundo de Futebol. O governo sul-africano investiu, junto com a iniciativa privada, bilhões de dólares da infraestrutura do país. Rodovias, aeroportos, hotéis e estádios foram construídos ou reformados. Além de movimentar a economia local, o evento melhorou as condições de infraestrutura do país. A África do Sul também passou a ser mais conhecida no cenário mundial.

A África do Sul é uma nação com muitas cores, línguas e tradições. A cultura do povo é altamente diversificada, muito devido à diversidade étnica. Além dos nativos africanos, existe um grande número de descendentes de imigrantes europeus e asiáticos.

São 49 milhões de habitantes e onze línguas oficiais: africâner (com raízes do holandês), inglês, ndebele, pedi, sotho, swati, tsonga, tswana, venda, xhosa e zulu. Existem ainda vários dialetos. Cerca de 86% da população acima de 15 anos é alfabetizada.

Os vinhos sul-africanos são uma tradição do país e possui excelente qualidade. As regiões vinícolas, em Western Cape, faz parte dos roteiros turísticos mais populares da África do Sul.

Desenvolvimento

A África do Sul possui a economia mais desenvolvida do continente africano. Sozinha, representa cerca de 25% do PIB do continente. A África do Sul possui uma economia de mercado e nos últimos anos tem recebido em grande volume de investimentos de capitais internacionais. A realização da Copa do Mundo em 2010 na África do Sul também tem colaborado para o crescimento econômico do país, principalmente nos setores de construção e infraestrutura.

A África do Sul é o país mais rico e sua atividade industrial é a mais importante da África. Entretanto, possui muita desigualdade social.

Até a I Guerra Mundial, a economia sul-africana baseou-se na mineração (diamantes e ouro) e na agricultura. A partir da II Guerra Mundial, a indústria entrou em um processo acelerado de desenvolvimento e hoje constitui um dos setores básicos da economia.

O país tem os setores financeiros, de energia, de comunicações e de transportes bem desenvolvidos. A bolsa de valores de Johannesburg é a 17ª maior do mundo.

A África do Sul possui recursos naturais em abundância. É a maior produtora mundial de ouro, platina, cromo, vanádio e manganês. É, também, grande produtora de diamante, carvão, níquel, urânio e gás natural. No ano 2000, a platina ultrapassou o ouro como a maior fonte de renda do país.

A taxa de desemprego é uma das maiores do mundo. Até o ano 2000 metade da população vivia abaixo da linha de pobreza.

A África do Sul aguarda um ano interessante em cuja agenda figura eleições gerais, mudanças na economia e a controvérsia em torno de políticos alegadamente corruptos e funcionários do governo que ‘desviam’ o dinheiro destinado a ajudar os pobres para renovar as suas residências privadas. Aqui estão 14 previsões para o ano de 2014 formuladas por vários economistas:

A maioria dos economistas e organizações esperam apenas um crescimento modesto para a economia em 2014 embora a um ritmo um pouco mais rápido do que o de 2013.

O FMI, em linha com os economistas locais, reduziu as suas perspectivas de crescimento econômico para 2014 de forma significativa há alguns meses, quando uma onda de greves afetou a produção mineira na primeira parte do ano e a produção industrial durante o segundo semestre de 2013.

A atividade econômica também diminuiu devido à menor despesa de consumo das famílias, com o rendimento disponível a contrair face à pressão da subida do preço do combustível e dos outros preços administrados. A confiança do consumidor também diminuiu, enquanto o endividamento das pessoas chegou a níveis tão elevados que o consumo alimentado pela dívida atingiu um pico.

A maioria dos economistas faz notar que a economia é vulnerável a qualquer revés importante e estará mais inclinada a reduzir que a rever em alta as suas previsões durante o novo ano. Um risco importante para a economia da África do Sul e para o crescimento do país continua a assentar na dependência de entrada de capital estrangeiro, que pode ser perturbado por qualquer da numerosas incertezas locais e internacionais.

A taxa de inflação aumentou persistentemente, mês após mês, e no ano de 2014 pretende continuar crescendo; há possibilidades de taxas de juros mais altas; o preço do ouro também teve uma forte subida, pois durante os dois últimos dois anos, o valor do ouro esteve principalmente ligado a uma tendência para a baixa de preços; a demanda por petróleo e derivados de petróleo deve aumentar, já que as economias mundiais recuperam com uma demanda cada vez maior por energia; retornos de investimentos