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John Locke E O Individualismo Liberal

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Por:   •  3/6/2013  •  2.396 Palavras (10 Páginas)  •  1.309 Visualizações

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As revoluções inglesas

• “O século XVII foi marcado pelo antagonismo entre a Coroa e o Parlamento, controlados, respectivamente, pela dinastia Stuart, defensora do absolutismo, e a burguesia ascendente, partidária do liberalismo”. (p.1)

• “A Revolução Puritana, como foram denominados esses eventos, culminou com a execução de Carlos I e a implantação da república na Inglaterra”. (p.1)

• “A Revolução Gloriosa assinalou o triunfo do liberalismo político sobre o absolutismo e, com a aprovação do Bill of Rights em 1689, assegurou a supremacia legal do Parlamento sobre a realeza e instituiu na Inglaterra uma monarquia limitada”. (p.2)

John Locke, individualista liberal

• “John Locke (1632-1704) que, como opositor dos Stuart, se encontrava refugiado na Holanda, retomou à Inglaterra após o triunfo da Revolução Gloriosa”. (p.3)

• “Locke nasceu em 1632 no seio de uma família burguesa da cidade de Bristol”. (p.3)

• “Além de defensor da liberdade e da tolerância religiosas, Locke é considerado o fundador do empirismo, doutrina segundo a qual todo conhecimento deriva da experiência”. (p.3)

Os dois tratados sobre o governo civil

• “O Primeiro tratado é uma refutação do Patriarca, obra em que Robert Filmer defende o direito divino dos reis”. (p.3)

• “De acordo com essa doutrina, os monarcas modernos eram descendentes da linhagem de Adão e herdeiros legítimos da autoridade paterna dessa personagem bíblica, a quem Deus outorgara o poder real”. (p.3)

• “O Segundo tratado é [...] um ensaio sobre a origem, extensão e objetivo do governo civil. Nele, Locke sustenta a tese de que nem a tradição nem a força, mas apenas o consentimento expresso dos governados é a única fonte do poder político legítimo”. (p.3)

O estado de natureza

• “Juntamente com Hobbes e Rousseau, Locke é um dos principais representantes do jusnaturalismo ou teoria dos direitos naturais”. (p.5)

• “Locke afirma ser a existência do indivíduo anterior ao surgimento da sociedade e do Estado. Na sua concepção individualista, os homens viviam originalmente num estágio pré-social e pré-político, caracterizado pela mais perfeita liberdade e igualdade, denominado estado de natureza”. (p.5)

• “O estado de natureza era, segundo Locke, uma situação real e historicamente determinada pela qual passara, ainda que em épocas diversas, a maior parte da humanidade e na qual se encontravam ainda alguns povos, como as tribos norte-americanas”. (p.5)

• “Nesse estado pacífico os homens já eram dotados de razão e desfrutavam da propriedade que, numa primeira acepção genérica utilizada por Locke, designava simultaneamente a vida, a liberdade e os bens como direitos naturais do ser humano”. (p.6)

A teoria da propriedade

• “Locke utiliza também a noção de propriedade numa segunda acepção que, em sentido estrito, significa especificamente a posse de bens móveis ou imóveis”. (p.6)

• “Para Locke, [...], a propriedade já existe no estado de natureza e, sendo uma instituição anterior à sociedade, é um direito natural do indivíduo que não pode ser violado pelo Estado”. (p.6)

• “O homem era naturalmente livre e proprietário de sua pessoa e de seu trabalho”. (p.6)

• “O trabalho era, pois, na concepção de Locke, o fundamento originário da propriedade”. (p.6)

• “Se a propriedade era instituída pelo trabalho, este, por sua vez, Impunha limitações à propriedade”. (p.6)

• “O uso da moeda levou, finalmente, à concentração da riqueza e à distribuição desigual dos bens entre os homens. Esse foi, para Locke, o processo que determinou a passagem da propriedade limitada, baseada no trabalho, à propriedade ilimitada, fundada na acumulação possibilitada pelo advento do dinheiro”. (p.7)

O contrato social

• “O estado de natureza, relativamente pacífico, não está isento de inconvenientes, como a violação da propriedade (vida, liberdade e bens) que, na falta de lei estabelecida, de juiz imparcial e de força coercitiva para impor a execução das sentenças, coloca os indivíduos singulares em estado de guerra uns contra os outros”. (p.7)

• “É a necessidade de superar esses inconvenientes que, segundo Locke, leva os homens a se unirem e estabelecerem livremente entre si o contrato social, que realiza a passagem do estado de natureza para a sociedade política ou civil. Esta é formada por um corpo político único, dotado de legislação, de judicatura e da força concentrada da comunidade: Seu objetivo precípuo é a preservação da propriedade e a proteção da comunidade tanto dos perigos internos quanto das invasões estrangeiras”. (p.7)

• “Em Locke, o contrato social é um pacto de consentimento em que os homens concordam livremente em formar a sociedade civil para preservar e consolidar ainda mais os direitos que possuíam originalmente no estado de natureza. No estado civil os direitos naturais inalienáveis do ser humano à vida, à liberdade e aos bens estão melhor protegidos sob o amparo da" lei, do árbitro e da força comum de um corpo político unitário”. (p.8)

A sociedade política ou civil

• “Estabelecido o estado civil, o passo seguinte é a escolha pela comunidade de uma determinada forma de governo”. (p.8)

• “Na concepção de Locke, porém, qualquer que seja a sua forma, "todo o governo não possui outra finalidade além da conservação da propriedade””. (p.9)

• “Definida a forma de governo, cabe igualmente à maioria escolher o poder legislativo, que Locke, conferindo-lhe uma superioridade sobre os demais poderes, denomina de poder supremo”. (p.9)

• “[...] o livre consentimento dos indivíduos para o estabelecimento da sociedade, o livre consentimento da comunidade para a formação do governo, a proteção dos direitos de propriedade pelo governo, o controle do executivo pelo legislativo e o controle do governo pela sociedade, são, para Locke, os principais fundamentos do estado civil”. (p.9)

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