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Milagre Econimico

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Por:   •  18/3/2014  •  492 Palavras (2 Páginas)  •  344 Visualizações

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A recuperação e o “Milagre”

Entre 1968 a 1973 a economia brasileira registrou um alto índice de crescimento, com uma taxa anual média de 11% no PIB (Produto Interno Bruto) durante seis anos consecutivos e ainda uma queda da inflação, por esta razão se deu o nome “Milagre” a este período.

Outra relação macroeconomia ao termo “milagre” se refere à Curva de Phillips (CP) e o dilema entre o crescimento e o equilíbrio externo. Aplicada a realidade brasileira da época, a taxa de desemprego está inversamente relacionada à inflação, ou seja, a redução da taxa de desemprego provocaria uma alta na taxa de inflação. O dilema se da ao fato de que o pleno emprego (equilíbrio interno) causa crescimento econômico e por outro lado tende a aumentar as importações fazendo com que o Balanço de Pagamentos (BP) fique negativo.

Em 1967 foi adotada uma política monetária expansiva, para compensar os efeitos de uma expansão monetária foi criada a CONEP (Comissão Nacional de Estabilização de Preços) a fim de tarifar os preços públicos e privados. Os juros cobrados foram pelos bancos comerciais foram também tabelados pelo BACEN (Banco Central do Brasil)

Em meados de 1968 durante o governo do Marechal Costa e Silva, foi criado o PED (Plano Estratégico de Desenvolvimento) cujas prioridades eram:

1- Estabilizar gradualmente dos preços, mas sem fixar metas explicitas de inflação;

2- Fortalecer a empresa privada, visando à retomada dos investimentos;

3- Consolidar a infra-estrutura a cargo do governo e

4- Ampliar o mercado interno, visando à sustentação da demanda de bens de consumo, especialmente os não duráveis.

O PED tinha como objetivo dificultar a consolidação do capital estrangeiro em áreas consideradas estratégicas para o desenvolvimento, incluindo uma avaliação sobre novas oportunidades para a política de substituição de importações. Por não possuir metas de explicitas de contenção de exportação o PED permitia implementar políticas de crescimento, neste período foram adotadas medidas de minidesvalorização do cambio a fim de aquecer a economia gradativamente sem que isto afetasse significativamente o Balanço de Pagamentos.

Em outubro de 1969 inicia-se o governo Médici, este seguiu as mesmas orientações econômicas de Costa e Silva, porém este período ficou marcado pelo abuso excessivo do poder militar contra manifestações contrarias ao seu regime. Através do AI-5 (Ato Institucional nº 5 decretado por Costa e Silva em dezembro de 1968) foram cassados mandatos políticos de opositores ao governo militar, pessoas foram presas sem direito a defesa, este foi o período conhecido como Anos de Chumbo.

A política economia adotada durante o “milagre” foi expansionista e antiinflacionária, favorecendo os meios de pagamento que cresceram a uma taxa de 14% entre 1968 a 1973, mais do que o período entre 1964 e 1967 em que o crescimento foi apenas 5%. O crédito seguiu da mesma forma com crescimento de 17% entre 1968 a 1973 contra 5% no período anterior. O crédito foi concentrado no setor privado com 25% no “Milagre”, contra 7% de antes.

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