O MILAGRE BRASILEIRO

O MILAGRE BRSILEIRO / AUMENTO DA EXPLORAÇÃO DO TRABALHO PARA AUMENTO DA ECONOMIA

Em 1967, a economia dava sinais de recessão. Delfim Netto, então encarregado pela economia do país, passou a investir nas empresas estatais, nas áreas de siderurgia, petroquímica, geração de energia, entre outras. As medidas surtiram efeito, e os investimentos nas estatais renderam muitos lucros. O processo de industrialização finalmente havia chegado ao Brasil, gerando milhões de empregos. Em 1969, quando Emílio Garrastazu Médici assumiu a presidência, o “Milagre Econômico” acontecia. O processo de industrialização finalmente havia chegado ao Brasil, gerando milhões de empregos.

Como resultado, nos anos seguintes, a classe média teve aumentos consideráveis em sua renda, enquanto aumentava o abismo social no país. O aumento das desigualdades sociais e as divida externa assumida nessa época são as principais heranças do Milagre Econômico no Brasil.

O milagre econômico brasileiro foi presidido pelo presidente Emilio Garrastazu Médici e pelo ministro das finanças Delfim Neto. O milagre econômico se apoiou a partir da II Guerra Mundial, numa expansão econômica que estava acontecendo em nível internacional, sendo assim, Delfim Neto e Médici se apoiaram nessa expansão internacional para gestar o milagre econômico brasileiro.

Entre 69 e 73 houve um grande crescimento econômico, estima-se que o crescimento médio nesse período tenha sido de 11,2% ao ano, sendo que no último ano, em 73, a economia cresceu 13%. Tal crescimento foi baseado nas exportações, que cresceu bastante nesse período, que permitiu tbm um crescimento do PIB, sendo que, o PIB mede o crescimento geral econômico do país porém não mede as disparidades sociais, não mede a eficiência nem a eficácia de programas sociais criados para a população. Ao crescimento econômico se somou tbm o baixo índice de inflação (não é tão baixa, mas controlada) comparado aos anos precedentes em governos anteriores.

Clima de euforia muito grande por parte da população a partir dos números e tbm por grandes construções no governo Médici, como a ponte Rio Niterói e a Transamazônica que tiveram custos sociais e ambientais muito altos para o Brasil e tbm a hidrelétrica de Itaipú que estava sendo construída nesse momento.

Mas o milagre econômico teve pontos contraditórios que são lembrados até hj e que estão presentes na nossa vida política social e econômica: se em curto prazo gerou um crescimento econômico espantoso, a médio e longo prazo ele gerou uma concentração de renda tbm mt grande. Lembrando que Delfim Neto já dizia que era preciso fazer o bolo crescer pra depois reparti-lo. Mas o que houve realmente foi um crescimento da disparidade entre a classe alta e a classe baixa no Brasil, havendo um enriquecimento maior das classes mais altas do Brasil e um empobrecimento maior das classes que já eram baixas no país, havendo então um grande índice nas desigualdades sociais.

Além disso, o valor real do salário mínimo foi reduzido nesse período, favorecendo o empobrecimento das classes baixas, e qd o milagre brasileiro entrou em colapso em 73 por conta da 1ª crise do petróleo o que houve foi um crescimento exagerado das taxas de inflação, nos governos de Geisel e Figueiredo.

O CRESCIMENTO EXPERIMENTADO PELO PAÍS ENTRE 64 E 85 NÃO SE TRADUZIU NUMA REDUÇÃO DE DESIGUALDADES SOCIAIS E DE UMA PROPORCIONAL DIMINUIÇÃO