O Império Sínico
Por: gabicasarim • 9/4/2017 • Dissertação • 766 Palavras (4 Páginas) • 231 Visualizações
Como a falta de competitividade, econômica e política, dos vizinhos chineses frente ao Império Sínico representou, de acordo com o autor, um estímulo ao fim deste Império milenar?
São muitos os fatores que levaram a queda do Império Sínico, existem diversas explicações e filosofias que nos levam entender este fator. Em 1500 Pequim era a cidade com maior população no mundo, das 10 cidades mais populosas, apenas uma se encontrava na Europa. Menos de um século após a construção da Cidade Proibida, que foi um dia a maior civilização do mundo, teve início o declínio do Oriente.
A ascensão da civilização Ocidental é o acontecimento mais importante da segunda metade do milênio, depois de Cristo. O filósofo Ilmac, referente aos europeus, cita que: “Eles são mais poderosos do que nós porque são mais sábios, Sir; o conhecimento sempre predominará sobre a ignorância, da mesma forma que o homem governa os outros animais. Mas por que o conhecimento deles é maior que o nosso, eu não sei que outra razão pode ser dada além do desejo insondável do Ser Supremo”. Já Max Webber diz que o que permitiu que os europeus saíssem a frente de seus pares ocidentais foi a diferença cultural existente.
Outro filósofo que escreveu a respeito disto foi Montesquieu, para ele a condição climática e a grande população Chinesa também foram fatores consideráveis ao declínio, ele cita que:
“A Ásia não tem uma zona temperada, já que os lugares situados em um clima muito frio estão lado a lado com aqueles que são excessivamente quentes [...] Na Europa, ao contrário, a zona temperada é muito extensa [...] Daí decorre que, na Ásia, as nações fortes se opõem às fracas; os povos valentes, ativos e belicosos estão lado a lado com aqueles que são indolentes, efeminados e medrosos; um deve, portanto, conquistar, e o outro, ser conquistado. Na Europa, ao contrário, nações fortes se opõem a nações fortes; e aquelas que são vizinhas têm praticamente a mesma coragem. Este é o grande motivo da fraqueza da Ásia, e da força da Europa; da liberdade da Europa, e da escravidão da Ásia”.
Outra questão de extrema relevância a decadência do Império, foi a questão de que os chineses foram incapazes de “encorajar o comércio exterior” e, portanto, segundo Adam Smith, não acolheram os benefícios da vantagem comparativa e da divisão internacional do trabalho.
Com a morte do imperador chinês, Yongle, fez com que o avanço marítimo estagnasse, visto que este era uma grande inovação chinesa, e o que fazia a China ser reconhecida, principalmente por navios de Zheng He. O império permaneceu fechado para as relações comerciais com outros países enquanto isso a Europa cresce, graças a competição entre os estados e até no interior do país.
Tais competições impulsionaram a inovação, cada estado estava atrás de novas especiarias, novas relações comerciais, diferente da China, o europeu, principalmente os portugueses, não tinham como objetivo ir a Ásia para honrar o nome do imperador de sua terra, mas sim com intuito de conseguir cada vez mais riquezas para competir com holandeses, espanhóis e franceses, recorrendo até a extrema violência em suas relações.
Entre os estados a briga acontecia entre fronteiras graças a geologia do local, que se distinguia da China. Apesar de provocar muitas mortes o trunfo dessas guerras se concentra na tecnologia desenvolvida. Como as guerras aconteciam demasiadamente as fortificações, os armamentos e as embarcações tinham que ser cada vez mais aprimoradas. Um exemplo se mostra em suas navegações, os grandes navios de Zheng He, que apesar de terem sido muito imponentes e inovadores para uma época, não foram tão eficientes na velocidade e na potência como as velas portuguesas.
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