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O realismo não morreu

Por:   •  28/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  852 Palavras (4 Páginas)  •  268 Visualizações

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O REALISMO MORREU?

Daniel Oliveira de Andrade

Aluno do curso de Relações Internacionais do Unicuritiba

Se tratando de poder, a sociedade humana é perita no assunto. Através dos séculos as civilizações vem sofrendo com governantes que se acham melhores que seus governados, em nome do Estado uns agem por interesses próprios, outros por interesses de sua classe, e há até os que agem por interesses de sua nação, mas sempre buscando a mesma coisa, poder. O homem por si próprio é egoísta, buscando sempre mais para si muitas vezes sem pensar nas consequências que poderá causar a outros, quando projetado a nível de Estado os interesses não são menos ofensivos, muitas vezes vidas pagam o preço da ambição de certos interesses, como exemplo podemos citar 1ª e 2ª guerra mundial, guerra fria, a questão iraquiana e síria…

A primeira guerra mundial tem o marco por interesses imperialista; a segunda guerra também com caráter expansionista porém visando interesses de um grupo - os nazistas, em nome de uma nação, atropelando quem estivesse pela frente sem pensar em qualquer consequência que pudesse causar aos que não pertencessem aos seus; a guerra fria com o objetivo de estabelecer quem era a hegemonia mundial entre os Estados; e hoje além de haver a questão religiosa por parte dos grupos do oriente médio ainda há de certa forma uma 2ª guerra fria indiretamente por parte das grandes potências que buscam exercer suas influências em interesses principalmente político-econômico, numa forma mais light que a guerra fria foi mas que traz resquícios de tal por haver uma competição entre ambas.

O realismo acredita na objetividade das leis da política, que são determinadas pela natureza humana, assim o comportamento político é sempre orientado pela busca da realização dos interesses. As transformações que vem acontecendo no mundo é resultado da manipulação política dos interesses, os Estados agem conforme lhes convêm podendo alegar que tal ação é em prol a sua segurança, autonomia ou para manter uma política de status quo. Por haver uma competição natural no âmbito internacional, os Estados tendem a aumentar o seu poder visando sua sobrevivência. O interesse pelo poder sempre existiu e sempre existirá, tal conceito tem validade universal que se altera ao longo do tempo, assim os interesses dos Estados que levaram a eclodir a primeira guerra não são os mesmo que levaram à segunda guerra, porem ambas baseadas na busca do mesmo objetivo, o alcance do poder.

Os Estados ao tentar manter uma posição perante a sociedade internacional defendendo o seu status quo, leva necessariamente a uma configuração que é chamada de equilíbrio de poder. Ao final da 2ª grande guerra, a balança estava em desequilíbrio pois Reino Unido e França que faziam o contra peso do poder da União Soviética estavam enfraquecidas devido as duas guerras passadas anteriormente, assim os Estados Unidos começa a surgir como um novo contra peso no cenário internacional para que a balança ocidente versus oriente não permanecesse em desequilíbrio.

A guerra fria foi basicamente levada a risca sobre o conceito de equilíbrio de poder, pois as duas

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