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Os Minerais Estratégicos

Por:   •  29/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.054 Palavras (5 Páginas)  •  170 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

INTEGRAÇÃO ECONÔMICA DA AMÉRICA LATINA E OS RECURSOS MINNERAIS ESTRATÉGICOS.

EDUARDA BOMFIM BARBOSA SALES

SÃO CRISTÓVÃO

NOV/2018

QUAIS AS RAZÕES PARA UMA REGIÃO RICA EM RECURSOS ESTRATÉGICOS POSSUIR UM DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO TÃO MOROSO?

INTRODUÇÃO

O processo geológico de formação terriorial da America Latina favoreceu os países da região no que diz respeito à quantidade de recursos naturais disponiveis para exploração econômica e consumo. Esses recursos abundantes em nossa região, com o avanço da indústria global tornaram-se essenciais na participação da acumulação capitalista, muitas vezes associados à algum tipo de indústria, como produção de máquinas, comunicação e transportes, desenvolvimento de tecnologias, geração de energia, ou até mesmo para a manutenção da vida, como a água. No entanto, a má gestão financeira sobre os recursos desencadeia graves falhas no desenvolvimento regional. Dentre os recursos naturais estratégicos que mais se destacam na região -petróleo, gás, biodiversidade, água, minerais-, a produção mineral tem recebido grande destaque por estar presente na maior parte do território e por receber crescentes investimentos no setor. No que diz respeito à produção mundial de minerais, treze países da América Latina ficam entre os 15 miores produtores do mundo, de acordo com a CEPAL. O Brasil possui uma grande produção de Ferro, O Chile é o maior produtor mundial de Cobre, Peru possui uma vasta produção de Prata, Cobre, Ouro e Chumbo, etc. No entanto, os países Sul-americanos permanecem sendo fornecedores de matéria-prima barata,  possuindo sua força de trabalho explorada e se deparando com uma estrutura de comércio desigual. Salienta-se também, que a  necessidade de potências  estabelecidas historicamente garantirem sua estabilidade economica e segurança estratégica promove o investimento internacional -principalmente dos EUA e da China- na exploração dos recursos Latino-americanos, no entanto esse processo pode acabar tornando a economia da região ainda mais vulnerável. Desse modo, pensar em soluções para a situação vigente torna-se indispensável para o desenvolvimento científico-tecnológico e econômico dos países periféricos do Sul.

Conceitos Envolvidos

Recursos Naturais Estratégicos; Exploração Econômica; Integração Econômica; Desenvolvimento Econômico; Soberania; CEPAL; Produção Mineral;

Hipótese

Além de considerar os aspectos históricos de dominação dos países Sul-americanos através do colonialismo, que proporcionou desigualdade econômica entre os países,  com o passar dos anos não se desenvolveu estratégias necessárias para a integração da região. Nesse sentido, a lucratividade das exportações ainda não são traduzidas em investimentos de desenvolvimento de longo prazo, posto que não há a elaboração de mecanismos que assegurem o investimento publico eficiente da renda da exploração dos recursos em educação, saúde, infraestrutura, inovação e desenvolvimento tecnológico.

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Analisar de forma crítica os impasses que circundam a exploração de minerais estratégicos na América Latina impedindo o seu desenvolvimento.

Objetivos Específicos

  • Mapear quais os minerais mais explorados em cada país integrante da América Latina e suas respectivas utilidades no setor industrial;
  • Entender quais as intenções dos EUA e da China ao investir em nossos recursos;
  • Avaliar a questão das Terras-Raras no Brasil;
  • Estudar a situação da exploração Lítio como meio de integração regional;
  • Pesquisar possíveis soluções de gestão pública do capital recebido com os recursos;

JUSTIFICATIVA

A análise dos impasses tangentes à exploração e o investimento na produção mineral na América Latina é imprescindível para a garantia de um desenvolvimento regional que promova a equiparação dos países do sul com as grandes potências globais. Países como Peru, Brasil, Chile, Bolívia, Argentina, Colômbia  e outros arrecadam milhões  com investimentos extrangeiros para a exploração mineral. Esse orçamento mais que triplicou dentro de um período de 2003 a 2010, passando de 566 milhões para 3,024 milhões. Nesse sentido, cabe pensar até quando os países Sul-americanos servirão de base para o acúmulo de riqueza e poder dos grandes centros de poder mundiais, ao passo que possui em suas terras os recursos estratégicos tão essenciais para o desenvolvimento econômico. Ademais, é preciso buscar métodos efetivos que promovam uma boa utilização da capitação com esses recursos, principalmente nesses períodos de alta dos preços, a fim de que essa renda extraordinária seja investida em setores importantes.  Dessa forma, o desenvolvimento científico-tecnológico, econômico, educacional e social será garantido de forma gradual.

REFERENCIAL TEÓRICO

As obras e artigos que tratam do tema da exploração dos recursos naturais estratégicos enfatizam a desigualdade referente à realidade econômica entre os países e a potencialidade de recursos presente no hemísfério sul. Ademais, abordam também do investimento de monitoramento dos países estrangeiros sobre os nossos recursos.

“O atual auge dos preços internacionais dos metais é determinado fundamentalmente pelo aumento sustentado da demanda mundial por bens primários, que se expandiu em função do crescimento econômico da China e de outros países asiáticos a partir da década de 1990 e, especialmente, na última década, quando se observaram aumentos anuais de mais de 30% no consumo de diversos minerais, como alumínio, cobre, níquel, chumbo e zinco. Cabe assinalar que a demanda por metais como ferro, cobre e alumínio, entre outros, está associada ao crescimento dos setores da construção, da infraestrutura e da manufatura (que necessitam de aço, condutores elétricos e metais industriais, entre outros). Esses setores apresentaram uma rápida expansão no âmbito do processo de aceleração do desenvolvimento econômico que as economias emergentes vêm experimentando.” (CEPAL, 2013)

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